O momento de maior fragilidade na vida de Lula foi em 2005, véspera de ano eleitoral, quando quase sucumbiu à avalanche que se abateu sobre seu governo.
A sequência dos acontecimentos, sua velocidade e arquitetura, produziram condições técnicas de se exigir – se não o impeachment – ao menos o afastamento do presidente até que toda a verdade fosse apurada. E, se isso tivesse acontecido, Lula estaria esperando até hoje essa tal “apuração”, pois já se podia vislumbrar, nas entranhas das CPIs e nas entrelinhas do sensacionalismo midiático, que havia mais telhado de vidro sobre as cabeças do lado de fora do PT, que sobre as do lado de dentro.
Lula esteve no mesmo fio da navalha onde anos antes, Collor perdera o mandato presidencial. Mas qual foi o fator determinante que fez Lula superar e Collor renunciar em circunstâncias aparentemente semelhantes?
O povo.
O impeachmant de Collor teve apoio maciço do povo. Não era ideológico nem partidário. Os caras-pintadas invadiram as ruas, jovens, alegres e unidos, como se fosse carnaval. De Boris Casoy a Emir Sader, as vozes eram uníssonas (que me perdoe aqui o caríssimo professor por tê-lo colocado ao lado de Casoy, separados apenas por uma vogal…). O desejo de retirar Collor da presidência foi unânime, incontestável. Itamar Franco subiu ao altar e fez um gesto inédito, cheio de simbolismo: antes do juramento protocolar, entregou uma carta com a lista de todos seus bens e valores em sua conta bancária. O povo, que tanto se mobilizara pelas Diretas-Já, sentiu que, unido, finalmente venceu. E isso é raro de acontecer na vida, creiam.
Já o enorme emaranhado de acontecimentos direcionados unicamente a destituir Lula de seu cargo, antes mesmo de serem totalmente esclarecidos (até hoje!), ficou na esfera das elites paulistas e seu parceiro Porcão. Desmoralizadas pela gestão devastadora de FHC, as velhas raposas reacionárias cercavam a lebre, bradavam sua indignação aos quatro cantos da mídia mas, mesmo assim, não encontravam eco no povo. E o PSDB – que tem, SIM, telhado de vidro no chamado Mensalão (e provou isso recentemente em Minas) – atuou discretamente, na esperança de ver outras forças assumirem a voz do impeachment de Lula. A fogueira queimava toda a lenha que a mídia conseguia oferecer. Acreditaram que Lula estava acabado, que morria sozinho.
O presidente chegou a ser aconselhado pelos oportunistas sem caráter à sua volta – já posicionados para dança das cadeiras do planalto – a renunciar “dignamente”. Mas surpreendeu a todos. Vestiu os ensinamentos maternos – de não desistir jamais – e foi buscar forças nas suas origens sindicais e organizações civis da base da pirâmide social onde “é da casa”. Colheu apoio e esperanças vivos, pulsantes, que o fizeram superar a crise do seu governo, se reeleger e alavancar o projeto de transformação do país contido nos fundamentos do seu partido, na esperança dos filiados e, principalmente, na essência da nação militante do PT.
Temos paixão.
Somos uma militância convicta e contagiante; a mais numerosa do planeta. Somos autênticos, corajosos e batalhadores. Estamos impregnados de verdade e nossa causa é a maior. O que nos move passa longe da vingança, ódio a um partido ou a um candidato. O que aprendemos, não está nas manchetes das cartilhas baratas penduradas nas bancas de revistas. Nossas idéias não ecoam preconceito racial e social, individualismo e limpeza étnica. Nossos desejos não se realizam às custas do sofrimento alheio. Nossos argumentos não se baseiam em derrubar o Brasil e humilhar seu povo em nome de nossa vitória.
Não nos enganam mais os apresentadores, os locutores, os representantes, os porta-vozes, os tradutores, os comentaristas e os novelistas. Não nos interessam mais as teorias, os modelos, as tendências, as fachadas, os apelidos, a maquiagem, as máscaras e o figurino.
Sonhamos um Brasil forte, justo e soberano. Um Brasil que já quase podemos tocar; que vibra nos rostos iluminados de nossas crianças. Pela primeira vez em nossas vidas enxergamos um horizonte real, atingível, construído por cada um de nós através do governo que elegemos de forma justa e democrática. Somos nós que estamos lá e não seremos demovidos. Estamos encravados na história e no futuro deste novo Brasil.
Tudo isso nos diferencia dos mercenários da outra margem.
E é por tudo isso que venceremos!
A sequência dos acontecimentos, sua velocidade e arquitetura, produziram condições técnicas de se exigir – se não o impeachment – ao menos o afastamento do presidente até que toda a verdade fosse apurada. E, se isso tivesse acontecido, Lula estaria esperando até hoje essa tal “apuração”, pois já se podia vislumbrar, nas entranhas das CPIs e nas entrelinhas do sensacionalismo midiático, que havia mais telhado de vidro sobre as cabeças do lado de fora do PT, que sobre as do lado de dentro.
Lula esteve no mesmo fio da navalha onde anos antes, Collor perdera o mandato presidencial. Mas qual foi o fator determinante que fez Lula superar e Collor renunciar em circunstâncias aparentemente semelhantes?
O povo.
O impeachmant de Collor teve apoio maciço do povo. Não era ideológico nem partidário. Os caras-pintadas invadiram as ruas, jovens, alegres e unidos, como se fosse carnaval. De Boris Casoy a Emir Sader, as vozes eram uníssonas (que me perdoe aqui o caríssimo professor por tê-lo colocado ao lado de Casoy, separados apenas por uma vogal…). O desejo de retirar Collor da presidência foi unânime, incontestável. Itamar Franco subiu ao altar e fez um gesto inédito, cheio de simbolismo: antes do juramento protocolar, entregou uma carta com a lista de todos seus bens e valores em sua conta bancária. O povo, que tanto se mobilizara pelas Diretas-Já, sentiu que, unido, finalmente venceu. E isso é raro de acontecer na vida, creiam.
Já o enorme emaranhado de acontecimentos direcionados unicamente a destituir Lula de seu cargo, antes mesmo de serem totalmente esclarecidos (até hoje!), ficou na esfera das elites paulistas e seu parceiro Porcão. Desmoralizadas pela gestão devastadora de FHC, as velhas raposas reacionárias cercavam a lebre, bradavam sua indignação aos quatro cantos da mídia mas, mesmo assim, não encontravam eco no povo. E o PSDB – que tem, SIM, telhado de vidro no chamado Mensalão (e provou isso recentemente em Minas) – atuou discretamente, na esperança de ver outras forças assumirem a voz do impeachment de Lula. A fogueira queimava toda a lenha que a mídia conseguia oferecer. Acreditaram que Lula estava acabado, que morria sozinho.
O presidente chegou a ser aconselhado pelos oportunistas sem caráter à sua volta – já posicionados para dança das cadeiras do planalto – a renunciar “dignamente”. Mas surpreendeu a todos. Vestiu os ensinamentos maternos – de não desistir jamais – e foi buscar forças nas suas origens sindicais e organizações civis da base da pirâmide social onde “é da casa”. Colheu apoio e esperanças vivos, pulsantes, que o fizeram superar a crise do seu governo, se reeleger e alavancar o projeto de transformação do país contido nos fundamentos do seu partido, na esperança dos filiados e, principalmente, na essência da nação militante do PT.
Temos paixão.
Somos uma militância convicta e contagiante; a mais numerosa do planeta. Somos autênticos, corajosos e batalhadores. Estamos impregnados de verdade e nossa causa é a maior. O que nos move passa longe da vingança, ódio a um partido ou a um candidato. O que aprendemos, não está nas manchetes das cartilhas baratas penduradas nas bancas de revistas. Nossas idéias não ecoam preconceito racial e social, individualismo e limpeza étnica. Nossos desejos não se realizam às custas do sofrimento alheio. Nossos argumentos não se baseiam em derrubar o Brasil e humilhar seu povo em nome de nossa vitória.
Não nos enganam mais os apresentadores, os locutores, os representantes, os porta-vozes, os tradutores, os comentaristas e os novelistas. Não nos interessam mais as teorias, os modelos, as tendências, as fachadas, os apelidos, a maquiagem, as máscaras e o figurino.
Sonhamos um Brasil forte, justo e soberano. Um Brasil que já quase podemos tocar; que vibra nos rostos iluminados de nossas crianças. Pela primeira vez em nossas vidas enxergamos um horizonte real, atingível, construído por cada um de nós através do governo que elegemos de forma justa e democrática. Somos nós que estamos lá e não seremos demovidos. Estamos encravados na história e no futuro deste novo Brasil.
Tudo isso nos diferencia dos mercenários da outra margem.
E é por tudo isso que venceremos!
Mais uma contribuição do amigo Roni Chira. do Blog O que Será que me Dá, visitem este blog
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