sábado, 19 de junho de 2010

UJS, em campanha pró-Dilma, planeja "passar por cima do Serra"



"Se segura, José Serra, porque nós vamos passar por cima de você e eleger Dilma Rousseff presidente do Brasil", desafiou Marcelo Gavião neste sábado (19) em Salvador, no ato político do Congresso da UJS (União da Juventude Socialista). Com a presença do governador da Bahia, Jacques Wagner, e de várias organizações juvenis de partidos, o ato foi uma proclamação de engajamento da UJS na campanha presidencial de Dilma Rousseff.


Dilma, impossibilitada de vir ao Congresso da UJS por estar cumprindo agenda de contatos na Europa, enviou uma mensagem em vídeo, saudada pelo público do auditório do Centro de Convenções de Salvador com um animado coro de "Brasil, prá frente, Dilma presidente!".

A candidata de Lula afirma na mensagem que "iniciamos uma jornada que vai exigir todo o nosso empenho". E então se dirige especificamente à militância da UJS: "É neste momento que, nas escolas, nas urnas e no espaço da internet, eu conto com vocês. Vamos conquistar juntos a vitória do terceiro governo democrático-popular do Brasil."

Gavião: "A ofensiva é nossa"

"Nós somos de uma geração que tem tido uma oportunidade ímpar. Neste momento, a ofensiva é nossa", destacou Marcelo Gavião em sua fala. Com o "prazo de validade esgotado", como se diz na gíria da UJS, por ter atingido aidade-limite de 29 anos, ale anunciou ao microfone que volta para sua Bahia natal para continuar na luta. Seu sucessor deve ser o goiano André Tokarski ("Está tudo combinado? Quase tudo? Só falta votar?"

Gavião recorreu às proezas e peripécias dos 25 anos de história da UJS, desde a conquista do voto aos 16 anos, o 'Fora Collor!' e a resistência ao governo neoliberal de Fernando Henrique Cardoso, para argumentar que o cenário é 'ímpar' porque mudou com o governo Lula. "Nós construimos, em apenas oito anos, o Brasil dasa oportunidades, avaliou.

Wagner: "Tem que explicar por que é Dilma"

O governador Jacques Wagner foi recebido pela numerosa bancada local do Congresso com um coro de "Eu sou baiano, com muito amor", e começou o discurso brincando com os brios da militância da UJS: "Então, a farra foi boa ontem à noite? Tá todo mundo com uma cara de sono arretada..."

Fundador do PT e ex-ministro de Lula, Wagner busca em outubro a reeleição e falou ao Congresso com um olho na plateia vinda de todo o Brasil e outro na bancada baiana, empenhada em sua vitória. Ele lembrou que, no mesmo Centro de Convenções onde a UJS realiza o seu 15º Congresso, a UNE reorganizou-se em 1979. E mencionou a força simbólica da "liturgia" que reconstruirá a sede da UNE na Praia do Flamengo, Rio de Janeiro, incendiada e demolida durante a ditadura militar. Disse que recuperava estas passagens da história porque "tem muita gente aqui que é mais nova do que a democracia brasileira".

O governador baiano também argumentou que, "mais do que defender a Dilma presidente, a gente tem que explicar por que é Dilma presidente". Deu ao governo Lula a dimensão de uma "vitória dos oprimidos contra os opressores".

Uma boa parte dos oradores do ato político falou em nome de outras organizações de juventude, que coexistem com a UJS sobretudo no movimento estudantil. Estavam representadas na mesa as organizações de juventude do PT, PDT, PRB e PPL. Severine Macedo, secretária nacional de Juventude do PT, reforçou a "capacidade de diálogo" da UJS e a "importância da parceria" com ela.

Bernardo Joffily

2 comentários:

Roberto Ilia disse...

Caro Gilvan e leitores,

Leiam no blog Terra Goyazes: Para entender a elite separatista de São Paulo

O TERROR DO NORDESTE disse...

Roberto, pois é.