Rede Brasil Atual
Por Anselmo Massad
Para percorrer os 42 municípios visitados pelo tucano em campanha, é necessário gastar R$ 1.058 com pedágios. Levantamento considera agenda divulgada pela campanha
Quatro dos nove candidatos registrados na disputa ao governo de São Paulo gastaram R$ 2,9 mil em pedágios para percorrer 28,6 mil quilômetros em campanha. O levantamento produzido pela Rede Brasil Atual considera os compromissos anunciados nas agendas dos candidatos. Geraldo Alckmin (PSDB), candidato da situação, aparece como o recordista, com R$ 1058,75 consumidos em praças de cobrança de rodovias paulistas para comparecer a 42 cidades.
Depois de Alckmin, que também lidera as pesquisas de intenção de votos, Aloízio Mercadante (PT) é o segundo em volume de gastos com pedágio. Para percorrer 45 municípios, foram R$ 874,30 deixados como pedágio. Enquanto o tucano percorreu 9,9 mil quilômetros, o petista andou 9,5 mil. Celso Russomano (PP) gastou R$ 623,25 e Paulo Skaf (PSB), R$ 366,80.
O preço do pedágio é um dos temas recorrentes da campanha eleitoral no estado. O modelo oneroso de concessão de rodovias, adotado pelas gestões do PSDB – há 16 anos no Palácio dos Bandeirantes – exige o pagamento pela exploração das rodovias por parte das empresas ao governo paulista. Esse montante tem papel de destaque na definição do vencedor do leilão. Segundo críticos da fórmula, esse valor é repassado às tarifas de pedágio, o que explica os altos valores cobrados.
O cálculo das distâncias e do valor pago em pedágios durante a campanha baseou-se na agenda dos candidatos disponível no site de campanha ou fornecido pela assessoria de imprensa de campanha. As distâncias e o valor dos pedágios foram obtidos por meio do Mapeia.com.br.
Foi considerada a despesa de apenas um veículo de passeio por deslocamento, o que significa que a despesa pode ter sido maior. Para todos os compromissos, o levantamento considerou que o transporte foi feito por meio rodoviário.
A agenda de Alckmin fornecida pela página do candidato abarca os compromissos de 16 de julho a 15 de agosto. As atividades anteriores não foram listadas pela assessoria, apesar de pedidos da Rede Brasil Atual. A agenda de Mercadante conta com compromissos desde o primeiro dia de campanha oficial, 6 de julho, até domingo (15). O candidato do PP teve compromissos desde 15 de julho e Skaf, a partir de 23 do mês passado, segundo as respectivas campanhas.
No período, o ex-presidente da Federação da Indústria do Estado de São Paulo (Fiesp) teve 15 dias sem agenda de campanha. No caso de Russomano, foram nove ocasiões sem compromissos para angariar votos. Alckmin teve apenas dois dias sem agenda de campanha; Mercadante, três – incluindo dois dias dedicados a atividades parlamentares no Senado Federal.
Prioridades
Todos os quatro candidatos já passaram por duas vezes em municípios da região do ABCD. Santo André, São Bernardo do Campo, São Caetano do Sul e Diadema esteve na rota, em geral em compromissos de um mesmo dia. Os candidatos com menos destaque nas pesquisas priorizaram ainda mais as áreas da Grande São Paulo.
A região metropolitana tem a maior densidade populacinal e de eleitores. Além da capital, Guarulhos, São Bernardo e Santo André figuram entre os 20 maiores colégios do país.
A região do Vale do Paraíba, a nordeste do estado, esteve na agenda de três concorrentes, com destaque para São José dos Campos. A sede da Embraer também já foi visitada pelos presidenciáveis mais bem posicionados nas pesquisas eleitorais. Bauru e Marília, na região central, e Presidente Prudente, a oeste do estado, também receberam pelo menos três candidatos cada.
Por Anselmo Massad
Para percorrer os 42 municípios visitados pelo tucano em campanha, é necessário gastar R$ 1.058 com pedágios. Levantamento considera agenda divulgada pela campanha
Quatro dos nove candidatos registrados na disputa ao governo de São Paulo gastaram R$ 2,9 mil em pedágios para percorrer 28,6 mil quilômetros em campanha. O levantamento produzido pela Rede Brasil Atual considera os compromissos anunciados nas agendas dos candidatos. Geraldo Alckmin (PSDB), candidato da situação, aparece como o recordista, com R$ 1058,75 consumidos em praças de cobrança de rodovias paulistas para comparecer a 42 cidades.
Depois de Alckmin, que também lidera as pesquisas de intenção de votos, Aloízio Mercadante (PT) é o segundo em volume de gastos com pedágio. Para percorrer 45 municípios, foram R$ 874,30 deixados como pedágio. Enquanto o tucano percorreu 9,9 mil quilômetros, o petista andou 9,5 mil. Celso Russomano (PP) gastou R$ 623,25 e Paulo Skaf (PSB), R$ 366,80.
O preço do pedágio é um dos temas recorrentes da campanha eleitoral no estado. O modelo oneroso de concessão de rodovias, adotado pelas gestões do PSDB – há 16 anos no Palácio dos Bandeirantes – exige o pagamento pela exploração das rodovias por parte das empresas ao governo paulista. Esse montante tem papel de destaque na definição do vencedor do leilão. Segundo críticos da fórmula, esse valor é repassado às tarifas de pedágio, o que explica os altos valores cobrados.
O cálculo das distâncias e do valor pago em pedágios durante a campanha baseou-se na agenda dos candidatos disponível no site de campanha ou fornecido pela assessoria de imprensa de campanha. As distâncias e o valor dos pedágios foram obtidos por meio do Mapeia.com.br.
Foi considerada a despesa de apenas um veículo de passeio por deslocamento, o que significa que a despesa pode ter sido maior. Para todos os compromissos, o levantamento considerou que o transporte foi feito por meio rodoviário.
A agenda de Alckmin fornecida pela página do candidato abarca os compromissos de 16 de julho a 15 de agosto. As atividades anteriores não foram listadas pela assessoria, apesar de pedidos da Rede Brasil Atual. A agenda de Mercadante conta com compromissos desde o primeiro dia de campanha oficial, 6 de julho, até domingo (15). O candidato do PP teve compromissos desde 15 de julho e Skaf, a partir de 23 do mês passado, segundo as respectivas campanhas.
No período, o ex-presidente da Federação da Indústria do Estado de São Paulo (Fiesp) teve 15 dias sem agenda de campanha. No caso de Russomano, foram nove ocasiões sem compromissos para angariar votos. Alckmin teve apenas dois dias sem agenda de campanha; Mercadante, três – incluindo dois dias dedicados a atividades parlamentares no Senado Federal.
Prioridades
Todos os quatro candidatos já passaram por duas vezes em municípios da região do ABCD. Santo André, São Bernardo do Campo, São Caetano do Sul e Diadema esteve na rota, em geral em compromissos de um mesmo dia. Os candidatos com menos destaque nas pesquisas priorizaram ainda mais as áreas da Grande São Paulo.
A região metropolitana tem a maior densidade populacinal e de eleitores. Além da capital, Guarulhos, São Bernardo e Santo André figuram entre os 20 maiores colégios do país.
A região do Vale do Paraíba, a nordeste do estado, esteve na agenda de três concorrentes, com destaque para São José dos Campos. A sede da Embraer também já foi visitada pelos presidenciáveis mais bem posicionados nas pesquisas eleitorais. Bauru e Marília, na região central, e Presidente Prudente, a oeste do estado, também receberam pelo menos três candidatos cada.
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