Parte da lama do governo paulista, a cargo do PSDB há 16 anos, está prestes a vir à tona. O Ministério Público de São Paulo passou a investigar a contratação da empresa do genro e da mãe do engenheiro e homem-bomba tucano Paulo Vieira de Souza, conhecido como Paulo Preto, por um dos consórcios construtores do Rodoanel.
O negócio foi feito em 2009, à época em que Souza era diretor da estatal paulista Dersa (Desenvolvimento Rodoviário S.A.). O procedimento da Promotoria de Justiça do Patrimônio Público e Social tem como base reportagem de 30 de outubro que informou a realização de um pagamento de R$ 91 mil feito pelo consórcio Andrade Gutierrez/Galvão à companhia Peso Positivo, que tem como sócios os parentes de Souza.
Segundo as empresas, o valor correspondeu à remuneração pela prestação de serviços de guindastes pela Peso Positivo na área do Lote 1 do trecho Sul do Rodoanel por dois meses em 2009. Souza foi diretor de Engenharia da Dersa de 2007 a abril de 2010 e depois foi acusado de sumir com R$ 4 milhões de caixa 2 para a campanha presidencial do tucano José Serra.
O promotor Roberto Antonio de Almeida Costa é o responsável pela investigação, que poderá apurar a ocorrência de eventuais atos de improbidade administrativa, enriquecimento ilícito ou favorecimento indevido. Fernando Cremonini, genro de Souza, tem participação de 99% na Peso Positivo, e Maria Orminda Vieira de Souza, mãe do engenheiro, possui 1% das cotas. Cremonini é marido da filha de Souza, a jornalista Tatiana Cremonini, que trabalha no Palácio dos Bandeirantes desde 2007.
Folha de S.Paulo
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