quinta-feira, 7 de agosto de 2008

ALIADO DE DANIEL DANTAS FEZ DOAÇÃO PARA O DEPUTADO MARCELO ITAGIBA, EX-ASSESSOR DE JOSÉ SERRA


Aliado de Daniel Dantas doou a presidente da CPI dos Grampos

Reportagem de Rubens Valente, publicada na edição de hoje da Folha informa que o executivo Dório Ferman fez em 2006 uma doação eleitoral de R$ 10 mil para o presidente da CPI dos Grampos, o deputado Marcelo Itagiba (PMDB-RJ). Ferman aparece nos registros oficiais como o dono do banco Opportunity, de Daniel Dantas --que é investigado pela Polícia Federal na Operação Satiagraha contra crimes financeiros.

Itagiba indeferiu anteontem o pedido do delegado Protógenes Queiroz para adiar seu depoimento na comissão, que aconteceu ontem. Preso pela PF, Ferman foi indiciado por Protógenes no relatório final da Operação Satiagraha sob acusação de gestão fraudulenta.
De acordo com a reportagem, Ferman é uma espécie de testa-de-ferro de Dantas, para a PF. O executivo é dono de 99% das cotas do Opportunity.

A reportagem informa que a campanha do deputado Raul Jungmann (PPS-PE), suplente da CPI dos Grampos, redecebeu R$ 4.000 de Ferman. Jungmann afirmou que a doação ocorreu durante um jantar de apoio à sua candidatura promovido pelo ex-presidente do Banco Central Armínio Fraga.

Prorrogação

Depois de ouvir por mais de seis horas Protógenes Queiroz, a CPI das Escutas Clandestinas da Câmara aprovou nesta quarta-feira requerimento que prorroga os trabalhos da comissão por mais 120 dias. As atividades da CPI estão previstas para encerrar no dia 5 de setembro, mas se o requerimento for aprovado pelo plenário da Câmara, a comissão poderá estender suas atividades até o final do ano.

A comissão também aprovou requerimento para requisitar à 6ª Vara Federal Criminal, em São Paulo, cópia do mandado judicial que autorizou o monitoramento de ligações de assinantes das companhias telefônicas pela PF.

"Na Operação Satiagraha, o delegado Protógenes Queiroz e sua equipe receberam, com autorização da Justiça, senhas para acessar o cadastro completo e monitorar o histórico de ligações de qualquer assinante das companhias de telefonia. Esse tipo de permissão não está previsto na lei que disciplina o uso de escutas telefônicas nas investigações criminais", argumentou o deputado Nelson Pellegrino (PT-BA).
Fonte: Folha Online.
Comentários do Terror.
Em primeiro lugar, não vejo, à primeira vista, nada ilegal na doação, todavia, não acredito que que o deputado Itagiba tenha condições morais para ouvir na CPI dos Grampos Daniel Dantas e seus aliados.
Em segundo lugar, a Folha de S; Paulo, num monumental silêncio eloquente, esqueceu de dizer que o delegado Marcelo Itagiba(PMDB-RJ) foi assessor de José Serra, quando este ocupou o cargo de Ministro da Saúde no governo FHC.
Vejamos:

"Telemar: de novo na PF

O afastamento do delegado Deuler Rocha do inquérito que investiga a privatização da Telebrás, ocorrida em 1998, não deverá tirar do foco das investigações Ricardo Sérgio de Oliveira, ex-diretor da Área Internacional do Banco do Brasil e amigo do pré-candidato do PSDB à sucessão presidencial, senador José Serra.
O Ministério Público Federal devolveu ontem à Polícia Federal os autos da investigação, com uma requisição para que sejam tomados os depoimentos de Oliveira e de dois acionistas da Telemar — o dono do Banco Opportunitty, Daniel Dantas, e o empresário Carlos Jereissati, do grupo La Fonte.
O Ministério Público pediu a abertura do inquérito no ano passado para apurar se Oliveira cometeu crime na privatização, quando ajudou a montar o consórcio vencedor com recursos da Previ, o fundo de pensão dos empregados do Banco do Brasil. O ex-diretor do Banco do Brasil foi acusado pelo ex-senador Antonio Carlos Magalhães (PFL-BA) de ter recebido R$ 90 milhões por sua atuação nos bastidores da privatização.
A saída de Rocha do inquérito decorreu da troca da equipe da Delegacia de Combate ao Crime Organizado e Inquéritos Especiais (Delecoie) pelo superintendente da PF no Rio, Marcelo Itagiba, ex-assessor de Serra no Ministério da Saúde.
A PF alega que a troca de delegados foi ‘‘ato de rotina’’. Especializado em inquéritos sobre escândalos financeiros, como o do caso Marka, Rocha foi surpreendido pela mudança. O delegado Marcelo Itagiba disse que não é ‘‘amigo nem inimigo de Serra’’.
Segundo ele, sua relação com o ex-ministro era ‘‘profissional’’. ‘‘Não freqüento a casa dele e ele não freqüenta a minha.’’ Itagiba disse também que não conhece Ricardo Sérgio Oliveira. O delegado enviou ofício ao Ministério Público Federal, pedindo que fiscalize com rigor as investigações sobre a privatização da Telemar. Para não ter de comentar o caso com a imprensa, Serra deixou pela porta dos fundos o Club São Paulo onde teve reunião com empresários italianos, em São Paulo.

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