O tema que vou falar neste tópico é um pouco espinhoso, pois mexe com os interesses de uma penca de amigos meus.
Mas, como não tenho papas na língua, vou falar.
Como sabido, o STF proferiu uma decisão proibindo, em tese, o nepotismo nos três Poderes da República.
Digo em tese porque a proibição se refere apenas à contratação direta dos parentes, restando aos senhores Juízes, deputados, presidente, governadores e senadores usarem o artifício do nepotismo cruzado. Por falar nisso, tomei conhecimento que decisão de proibir o nepotismo nos três poderes não atingiu a secretária-geral do TSE, Guiomar Feitosa Mendes, mulher do presidente do STF, Gilmar Mendes.
Mas, de todo modo, foi um avanço, uma pena, como disse Maurício Dias, no artigo ai debaixo, que a ordem da proibição partiu do Supremo Tribunal Federal e não do Poder Legislativo.
Contudo, há outro tipo de nepotismo que é tão indecente como o nepotismo proibido pelo STF.
E este estar nas mãos de nós eleitores o poder de extirpá-lo do Brasil, não depende do Poder Judiciário a sua extinção.
Falo do nepotismo eleitoral.
Esse, tal qual o outro, é um cranco.
Não é mais possível o poder no Brasil ficar de avó para o pai, filho, sobrinho, primo.
Não há democracia que se sustente com uma pouca-vergonha dessas.
O Poder é do povo, na sua acepção ampla, não de meia dúzia de coronel, oligarca.
Chega das famílias Maia (do RN e RJ), Arraes, Silva, Cavalcanti, Magalhães(da BA e de PE), Virgílio, Montoro, Covas, Cabral, Oliveira, Jeferson, Henry, Vasconcelos, Sarney, Brizola, Braga, Efraim, Barbalho, Mendes, Campos, Mão Santa, Collor, Calheiros, Fortes, Gomes, e outras tantas, se perpetuaram no Poder.
É chegada a hora de darmos um basta neste estado de coisas.
Depende de nós.
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