sábado, 6 de dezembro de 2008

DORMINDO COM O PRESIDENTE LULA

Sábado, 6 de dezembro de 2008


Estadão.

Governo prepara arsenal de medidas para enfrentar a crise

Para Planalto, crédito disponível e solidez do sistema não justificam taxas de risco altas cobradas pelos bancos


BRASÍLIA - O governo está montando um arsenal de medidas para enfrentar a virada deste ano e o primeiro semestre de 2009, período que ele trata internamente como os "seis meses terríveis" da crise mundial de crédito. A primeira das medidas de curto prazo é um ataque ao spread cobrado pelos bancos nos empréstimos ao setor produtivo. Na avaliação do Planalto e da equipe econômica, o crédito disponível no País, a demanda por esse dinheiro e a solidez do sistema financeiro não justificam as taxas de risco altíssimas (spread) cobradas em cima dos gordos juros já fixados pelo Banco Central na Selic (hoje de 13,75%).

Ministros ouvidos pelo Estado ao longo da semana passada, todos do círculo que discute cotidianamente a crise com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, consideram que os bancos "estão demorando" a baixar os spreads. Para o governo, "o Banco do Brasil e a Caixa Econômica Federal têm capacidade de liderar um processo de baixas dos spreads, para que essas taxas de risco voltem aos níveis normais, tanto em valor quanto em prazo". Juntos, os dois bancos públicos respondem por cerca de 40% do crédito, montante considerado suficiente para influenciar o sistema financeiro.

Além da exorbitância cobrada das pessoas físicas no cheque especial, com taxas que chegam a 188% ao ano, o governo estocou exemplos recentes do que considera spreads despropositais, mesmo em tempo de crise. A Petrobrás quis tomar dinheiro no mercado e lhe foi oferecida uma taxa de 135% acima do CDI. A Caixa emprestou a 108% do CDI.

"Não há justificativa para os bancos receberem dinheiro do compulsório e emprestar a custo tão elevado", resumiu um ministro ao Estado. Segundo ele, "há consenso" no governo para atacar essas taxas. Procurada, a Federação Brasileira de Bancos (Febraban) não quis se manifestar sobre os planos do governo nem sobre os spreads praticados.
Comentário.
Tai uma noticia dada pelo imprensalão que eu quero que seja verdadeira.Mas, peraí, será que os autores desta matéria andam dormindo com o presidente Lula, hein?

3 comentários:

necolima disse...

Lula enfrenta um dilema:

Como "vender" a crise e seus efeitos para o Brasileiro?

O caminho inicial, de pura e simples negação ( crise do bush),rapidamente se mostrou inviavel.
Optou-se pela minimização dos efeitos ( fase "marolinha"). Também está, com pertubadora rapidez, se mostrando equivocado.
Ontem o presidente deu mostras que pode optar por um outro caminho: cavalgando os altos indices de aprovação, radicalizar o discurso até recentemente considerado ultrapassado, messianico, populista: A culpa Mercado.

Tudo isso porque o presidente entrou num caminho errado desde o inicio. Tomou para si, como se fora algo pessoal, a "peleja" contra a grande crise. Temeu ser considerado "culpado" por eventuais ( e mais que provaveis) efeitos perversos que virão com a crise. Mais uma vez se pos no centro dos acontecimentos. Depois, quando recebe criticas, reclama do PIG.
Ele não precisaria passar por isso. Está agora no que se chama "sinuca de bico".
Veremos os proximos lances....

necolima disse...

Sobre as pesquisas, a crise e o "lulismo".

Conforme já comentei em outras ocasiões, tenho serias restrições ao governo atual. Pelo presidente, entretanto, continuo tendo uma certa simpatia, talvez decorrente da conterraneidade, dos votos dados até 2002, ou mesmo pela figura um tanto amigavel, até foclorica em muitas vezes.
Comparando, por exemplo, com o antecessor (FHC) Lula é anos luz mais "simpatico"; mais "gente como a gente"; mais "amistoso". Não há qualquer dúvida quanto a isso.
O perigo mora aí....

Cada vez mais temo o "lulismo".
Observo que vem se formando, ao longo desses anos, a nova seita dos "devotos de São luiz".
Para esses "fieis", tudo que vier de lula é bom. Tudo que ele fizer é certo. Qualquer critica é "golpismo"; coisa do "PIG", ou torcida contra o Brasil.
Como já tenho mais de cinquenta me lembro ( e viví) um triste periodo de nossa história em que os discordantes eram tachados de "subversivos", presos, torturados e até expulsos do país ( quando não mortos...)
Criou-se até uma tristemente celebre expressão: "Brasil: Ame-o ou deixe-o".
Acreditem! cada vez mais temo a volta de tempos parecidos. E esta crise pode servir de trampolim para saltos e malabarismos do novo "salvador da patria".
Tomara que eu esteja errado.... tomara!

O TERROR DO NORDESTE disse...

Sr. Neco Lima, VADE RETRO!