quinta-feira, 15 de janeiro de 2009

BUSH ESTÁ NESSA

Trecho da entrevista que Yasser Arafat, líder palestino morto em 2004 concedeu em julho daquele ano, praticamente enclausurado em seu escritório.

"[...]
Terrorismo

(Eleva o tom da voz, que falha como quem tem um nó da garganta.) Vocês estão se esquecendo da ocupação. Os palestinos são o único povo do mundo que vive sob ocupação. Vocês se esqueceram disso? O que fez George Washington na ocupação britânica? Lutou contra ela, resistiu. Os americanos têm de se lembrar. Não estou falando de outros, mas de George Washington. Oferecemos desde o início um Estado único e democrático, antes de Oslo. Eles não quiseram. Aceitamos dois países, apenas 22% da Palestina histórica para ser nossa área. E agora estão nos destruindo. Você acha que isso pode promover a paz na área? Definitivamente não. Não é só para os palestinos, é a Terra Santa para o mundo todo."


REALMENTE A MEMÓRIA HUMANA É MUITO FRACA QUANDO CONVÉM!

Mesmo para aqueles que se negam a ver, que as "justificativas" usadas pelo estado nazi-sionista variarão de acordo com seus interesses de momento. Quando o Hamás não existia, foi preciso inventá-lo para acabar com o inimigo daquelo momento (Yasser Arafat e a OLP), e vai ser sempre assim.


Um telefonema de Olmert fez Bush alterar voto na ONU
13-Jan-2009

O primeiro-ministro de Israel, Ehud Olmert, telefonou ao presidente George W.. Bush, dos EUA, fazendo-o interromper um discurso em Filadélfia, para lhe dizer que os Estados Unidos não podiam votar a favor da resolução do Conselho de Segurança da ONU, aprovada no último dia 9, a pedir um cessar-fogo em Gaza. "Ele imediatamente falou com a Secretária de Estado e disse-lhe para não votar a favor da resolução", relatou Olmert. Condoleezza Rice ficou embaraçada por ter de se abster numa resolução que tinha negociado pessoalmente.


A revelação foi feita pelo próprio Ehud Olmert num discurso esta segunda-feira na cidade de Ashkelon, relatado pela agência AFP. A abstenção dos Estados Unidos apanhou de surpresa os restantes 14 membros do Conselho de Segurança, que esperavam um voto unânime, até pelo papel activo que Condoleezza Rice teve nas negociações da resolução. "Ela ficou envergonhada", vangloriou-se Olmert. "Uma resolução que ela tinha preparado e negociado, e no fim não votou a favor."

Olmert relatou da seguinte forma o telefonema: "Na noite entre quinta e sexta-feira, quando a Secretária de Estado queria liderar a votação sobre o cessar-fogo no Conselho de Segurança, nós não queríamos que ela votasse a favor. Eu disse: 'chamem o presidente Bush ao telefone.' Responderam-me que ele estava no meio de um discurso em Filadélfia. Disse que não queria saber. 'Preciso falar com ele já'. Ele saiu da tribuna e veio falar comigo. Disse-lhe que os Estados Unidos não podiam votar a favor. Não podiam votar a favor de uma resolução como essa. Ele imediatamente falou com a Secretária de Estado e disse-lhe para não votar a favor."

Israel tinha dito que a resolução era inaceitável porque não garantia a segurança de Israel. Rice diria, depois da votação, que os Estados Unidos apoiavam plenamente a resolução, mas que se abstinham porque pensavam ser importante ver os resultados da mediação egípcia.

Israel ignorou a resolução e prosseguiu - e prossegue - a invasão de Gaza.

Faltam sete dias para Bush sair da presidência. Ontem, ele deu a última conferência de imprensa.

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