Ação quer recolher revista que define cariocas como “máquina de sexo
”Uma publicação que chama as cariocas “popozudas” de “máquina de sexo” é alvo de uma ação movida pela AGU (Advocacia-Geral da União) a pedido da Embratur (Empresa Brasileira de Turismo) na Justiça Federal do Rio de Janeiro. O objetivo é retirar de circulação o guia “Rio for Parties” (Rio para festeiros), que estimula a exploração sexual e denigre a imagem das brasileiras.Além de definir o carnaval como “festas ao ar livre com atividades de semi-orgia” e indicar locais para os turistas que buscam sexo no Rio, a revista classifica as cariocas em quatro tipos.
As “popozudas” seriam um bom investimento, já que “o motel é sempre uma possibilidade com essas maravilhas”.Na ação contra a Editora Solcat, que produz a revista, a AGU afirma que a publicação viola os princípios da Política Nacional de Turismo e a dignidade humana, “tendo em vista a exposição vexatória do povo brasileiro com o intuito de promover a exploração sexual”. Segundo informações da AGU, a ação pede que o guia seja retirado de circulação sob pena de multa diária de R$ 10 mil e ainda o pagamento de danos morais e materiais por utilizar indevidamente o símbolo Brasil Sensational, do Ministério do Turismo, criado para divulgar a imagem do turismo na país.
O procurador Federal Marco Di Iulio, autor da ação, ressalta que o artigo 12 da Lei de Imprensa estabelece que “aqueles que, através dos meios de informação e divulgação, praticarem abusos no exercício da liberdade de manifestação do pensamento e informação ficarão sujeitos às penas desta lei e responderão pelos prejuízos que causarem”.
Leia a íntegra da ação aqui.
Estereótipos
Além das “popozudas”, as cariocas são classificadas como “Britney Spears”, “hippie/raver” e “Balzac”.As “Britneys” seriam as filhinhas de papai, que se vestem como a cantora, mas não deixam ninguém cantá-las. “Pode esquecê-las a menos que seja apresentado a uma”. Já as “hippies/ravers” são “garotas divertidas, fáceis de se aproximar, fáceis de conversar, difíceis de beijar, fáceis de ir para a balada”. A “Balzac” é a mulher que “quer se divertir, dançar, beber e beijar”. O guia sugere tratá-la “como uma dama, que elas te tratarão como um rei, talvez não hoje à noite, mas amanhã com certeza”.
Sexta-feira, 9 de janeiro de 2009, Última Instância.
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