domingo, 18 de outubro de 2009

João Sicsú: Alta de gastos públicos ajuda país a sair da crise


O diretor de Estudos e Políticas Macroeconômicas do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), João Sicsú, afirmou que as finanças públicas estão em situação confortável, apesar de a arrecadação ter caído este ano em relação ao resultado de 2008.

Ele observou que a queda já era esperada como efeito da crise que se agravou no fim do ano passado: "Nesse sentido, é esperado que também a receita se reduza nesse período (em 2009)", disse. Na avaliação dele, a relação dívida e Produto Interno Bruto (PIB) tem estado bem comportada, na faixa superior a 40%. Mas observou que o que explica, em grande parte, esse patamar foi a valorização cambial dos últimos meses.

O déficit nominal no acumulado de 12 meses está na ordem de 3% do PIB, o que Sicsú considerou positivo. Ele elogiou a reação do governo diante da crise, ao adotar políticas fiscais mais agressivas. "Nesse quadro, talvez o déficit pudesse crescer mais do que isso, mas estamos nessa situação porque terminamos o ano passado com um déficit bastante baixo, quase com um Orçamento equilibrado", comparou.

Sicsú sustentou ainda, com base na Carta de Conjuntura do Ipea, que a economia brasileira se recuperou no segundo trimestre do ano. Segundo ele, a recuperação e os dados já conhecidos do terceiro trimestre indicariam que a crise no Brasil já passou. Sendo, porém, preciso analisar a velocidade de recuperação da crise.

Ele enfatizou que o emprego é a variável que expressa melhor a recuperação. Mas considerou a taxa de desemprego, em torno de 8%, "bastante aceitável para períodos de recuperação econômica". A taxa, porém, está, praticamente, no mesmo patamar de antes do acirramento da crise, no fim do ano passado.

A informação é do Monitor Mercantil

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