Está a todo vapor o lobby do Instituto Brasileiro do Petróleo (IBP) contra os projetos do governo Lula para o pré-sal. Nesta quarta-feira (30), O Estado de S. Paulo convidou o instituto, que organiza as empresas privadas do setor, para o debate "O Futuro do Pré-Sal 2". O senador Tasso Jereissati (PSDB-CE), também presente e em dobradinha com o IRB, defendeu a tese de que "petróleo não levou desenvolvimento e prosperidade a nenhuma parte do mundo".
"A meu entender, a exploração de petróleo não levou desenvolvimento e prosperidade a nenhuma parte do mundo. Nós brasileiros, pelo contrário, estaremos tirando recursos da nação da educação, por exemplo", disse o senador cearense e ex-presidente nacional do PSDB.
"Vamos desprezar todos os outros setores"
Jereissati condenou em especial a capitalização da Petrobras por meio da subscrição de ações, estimada em aproximadamente R$ 100 bilhões, aumentando a participação estatal no capital da empresa. Durante o governo Fernando Henrique Cardoso, a fatia do Estado nas ações da Petrobras se reduziram de 54% para 39% (32% da União e 7% do BNDES).
O senador tucano procurou opor o investimento no pré-sal a outros segmentos da indústria: "Por meio do processo de capitalização da Petrobras, que deve custar entre R$ 120 bilhões e R$ 130 bilhões, vamos desprezar todos os outros setores da produção nacional. Não teremos recursos suficientes para nenhum outro tipo de indústria no país, principalmente em termos de financiamento", afirmou.
De Luca, o homem da Repsol no Brasil
O ímpeto anti-Petrobras de Jereissati, e do Estadão, que promoveu o debate, ficou mais compreensível quando a palavra foi dada appresidente do IBP, João Carlos de Luca. Embora tenha trabalhado na estatal por 20 anos, de Lula hoje é também presidente da filial no Brasil da multinacionall espanhola Repsol, cujo maior feito na América Latina foi arrebatar em leilão a petroleira argentina YPF, privatizada no governo Carlos Menem.
O executivo da Repsol questionou o conjunto do modelo enviado ao Congresso pelo Executivo. Mas grande parte da crítica se concentrou no projeto que faz da Petrobras a única operadora dos campos do pré-sal. "Não achamos que o modelo seja bom nem para a Petrobras", afirmou de Luca, argumentando como se o seu foco fosse o interesse da estatal brasileira e não o da multinacional espanhola.
João Carlos de Luca ressaltou que é preciso "desonerar" a Petrobras e defendeu para isso uma maior participação da iniciativa privada. "Queremos preservar o espaço para a iniciativa privada também ter uma participação complementar (na exploração do pré-sal) de 15% a 20%, como hoje", disse, referindo-se ao atual modelo de concessão adotado no Brasil, qie segundo o desejo do IBP deveria se reproduzir na megajazida em águas ultraprofundas.
O presidente do IBP, também criticou o que chamou de "poder excessivo" da Petro-Sal – a empresa 100% estatal proposta por Lula – na decisão sobre a exploração do pré-sal. O projeto de Lei que prevê a criação da nova estatal dá à Petro-Sal uma participação mínima de metade dos assentos dos comitês dos consórcios que vão coordenar a exploração na região, indignou-se o executivo da Repsol.
O "lobby preguiçoso" em ação
O presidente da Petrobras, José Sérgio Gabrielli, também participou do debate do Estadão. Ele sustentou que a decisão do governo federal de garantir à estatal o direito de ser a única operadora dos projetos do pré-sal é positiva para a empresa, diferentemente do que argumentaram João Carlos de Luca e Jeireissati. "Avaliamos que há inúmeras vantagens em ser a única operadora do pré-sal. Não há nada negativo nisso", disse Gabrielli.
O lobby privatista montado pelo IBP, fara influir na tramitação dos projetos do pré-sal no Congresso, veio à tona no último dia 18. Foi quando a Folha de S.Paulo informou que pelo menos três deputados federais – José Carlos Aleluia (DEM-BA), Eduardo Gomes (PSDB-TO) e Eduardo Sciarra (DEM-PR) – "clonaram" emendas ao projeto com conteúdos idênticos, tirados de textos produzidos pelo instituto de de Luca.
Da redação Vermelho, com informações do Estadão Online
"A meu entender, a exploração de petróleo não levou desenvolvimento e prosperidade a nenhuma parte do mundo. Nós brasileiros, pelo contrário, estaremos tirando recursos da nação da educação, por exemplo", disse o senador cearense e ex-presidente nacional do PSDB.
"Vamos desprezar todos os outros setores"
Jereissati condenou em especial a capitalização da Petrobras por meio da subscrição de ações, estimada em aproximadamente R$ 100 bilhões, aumentando a participação estatal no capital da empresa. Durante o governo Fernando Henrique Cardoso, a fatia do Estado nas ações da Petrobras se reduziram de 54% para 39% (32% da União e 7% do BNDES).
O senador tucano procurou opor o investimento no pré-sal a outros segmentos da indústria: "Por meio do processo de capitalização da Petrobras, que deve custar entre R$ 120 bilhões e R$ 130 bilhões, vamos desprezar todos os outros setores da produção nacional. Não teremos recursos suficientes para nenhum outro tipo de indústria no país, principalmente em termos de financiamento", afirmou.
De Luca, o homem da Repsol no Brasil
O ímpeto anti-Petrobras de Jereissati, e do Estadão, que promoveu o debate, ficou mais compreensível quando a palavra foi dada appresidente do IBP, João Carlos de Luca. Embora tenha trabalhado na estatal por 20 anos, de Lula hoje é também presidente da filial no Brasil da multinacionall espanhola Repsol, cujo maior feito na América Latina foi arrebatar em leilão a petroleira argentina YPF, privatizada no governo Carlos Menem.
O executivo da Repsol questionou o conjunto do modelo enviado ao Congresso pelo Executivo. Mas grande parte da crítica se concentrou no projeto que faz da Petrobras a única operadora dos campos do pré-sal. "Não achamos que o modelo seja bom nem para a Petrobras", afirmou de Luca, argumentando como se o seu foco fosse o interesse da estatal brasileira e não o da multinacional espanhola.
João Carlos de Luca ressaltou que é preciso "desonerar" a Petrobras e defendeu para isso uma maior participação da iniciativa privada. "Queremos preservar o espaço para a iniciativa privada também ter uma participação complementar (na exploração do pré-sal) de 15% a 20%, como hoje", disse, referindo-se ao atual modelo de concessão adotado no Brasil, qie segundo o desejo do IBP deveria se reproduzir na megajazida em águas ultraprofundas.
O presidente do IBP, também criticou o que chamou de "poder excessivo" da Petro-Sal – a empresa 100% estatal proposta por Lula – na decisão sobre a exploração do pré-sal. O projeto de Lei que prevê a criação da nova estatal dá à Petro-Sal uma participação mínima de metade dos assentos dos comitês dos consórcios que vão coordenar a exploração na região, indignou-se o executivo da Repsol.
O "lobby preguiçoso" em ação
O presidente da Petrobras, José Sérgio Gabrielli, também participou do debate do Estadão. Ele sustentou que a decisão do governo federal de garantir à estatal o direito de ser a única operadora dos projetos do pré-sal é positiva para a empresa, diferentemente do que argumentaram João Carlos de Luca e Jeireissati. "Avaliamos que há inúmeras vantagens em ser a única operadora do pré-sal. Não há nada negativo nisso", disse Gabrielli.
O lobby privatista montado pelo IBP, fara influir na tramitação dos projetos do pré-sal no Congresso, veio à tona no último dia 18. Foi quando a Folha de S.Paulo informou que pelo menos três deputados federais – José Carlos Aleluia (DEM-BA), Eduardo Gomes (PSDB-TO) e Eduardo Sciarra (DEM-PR) – "clonaram" emendas ao projeto com conteúdos idênticos, tirados de textos produzidos pelo instituto de de Luca.
Da redação Vermelho, com informações do Estadão Online
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