A direção nacional do PCdoB realizará na tarde do dia 8 de abril no Centro de Convenções Ulysses Guimarães, em Brasília, um ato político no qual vai comunicar a filiados e simpatizantes a indicação de apoio à pré-candidata do PT à Presidência, Dilma Roussef. O presidente do Partido, Renato Rabelo, revelou que já vem conversando com a ministra da Casa Civil “há cerca de oito meses” e observou que há uma convergência de opiniões sobre muitos temas que estarão em pauta nas eleições.
Por Umberto Martins
“Identificamos uma convergência muito grande de opiniões entre o PCdoB e Dilma”, sublinhou o dirigente comunista. “Para apoiar uma pré-candidatura, como é o caso, é indispensável uma plataforma clara com pontos de vista comuns. Essas conversas permitiram maior conhecimento mútuo e a revelação da identidade de objetivos.”
Projetos antagônicos
O último congresso do PT também aproximou os dois partidos no que diz respeito a ideias e concepções programáticas. “Eles demonstraram uma compreensão essencial sobre alguns pontos fundamentais”, sublinhou Rabelo, citando “a avaliação de que no pleito teremos dois campos opostos e dois projetos antagônicos”.
De um lado, conforme o presidente do PCdoB, há o campo que pode ser definido como neoliberal, embora mascarado e mitigado. É o campo do retrocesso, com um projeto privatizante, subordinado ao imperialismo americano e hostil aos interesses do povo e da nação.
Neoliberalismo mitigado
“A base social e os compromissos políticos da candidatura tucana são os mesmos que orientaram o governo FHC, não houve mudança”, sustentou. Já o bloco alinhado com a pré-candidatura de Dilma “está buscando uma alternativa ao neoliberalismo, defende um projeto de nação soberana e democrática, a integração com os vizinhos latino-americanos, a inclusão social. É outro projeto.”
A recente contenda comercial entre Brasil e EUA ajuda a desmascarar e identificar o campo neoliberal, que não conseguiu disfarçar sua subordinação ao império do norte. A disputa em torno das ilhas Malvinas entre Argentina e Inglaterra também despertou reações reveladoras, de acordo com o líder comunista. Os neoliberais querem a neutralidade do Brasil no conflito, posição que serve aos interesses do velho e agressivo imperialismo britânico.
Identidade programática
Rabelo elogiou o programa aprovado recentemente pelo PT, que passou a defender um novo projeto de desenvolvimento nacional, com caráter democrático e popular. “Há muita coisa comum com o projeto que aprovamos no 12º Congresso do PCdoB, incluindo o diagnóstico de que o mundo vive hoje uma fase de transição econômica e política.”
Ele ressaltou o fato de que a pré-candidata Dilma Rousseff (que vai comparecer ao ato do Partido junto com o presidente nacional do PT, José Eduardo Dutra, e outras lideranças) “defende, como nós, iniciativas que promovam o crescimento da taxa de investimentos na economia nacional em curto prazo pelo menos para 21% do PIB. Isto é essencial para o desenvolvimento nacional.”
“Ela também entende, como nós, que o papel do Estado na promoção do desenvolvimento deve ser reforçado. O Estado não deve ser apenas o condutor do desenvolvimento, mas também empresário em setores estratégicos da economia e ramos importantes nos quais a chamada iniciativa privada não atende os interesses populares, como (nas telecomunicações) a garantia de acesso universal à banda larga; investimentos em ciência e tecnologia para viabilizar uma produção com maior valor agregado; prioridade à educação e outras iniciativas. Para o PCdoB é muito importante mostrar o apoio à pré-candidatura de Dilma, que vai se colocando à altura dos desafios”, finalizou.
Leia abaixo a nota à imprensa sobre o ato divulgada nesta quinta (11) pela Direção Nacional do PCdoB:
“Em Ato partidário, o PCdoB indicará apoio à pré-candidatura de Dilma Rousseff
“A direção nacional do PCdoB realizará um evento partidário no qual comunicará a seus filiados e lideranças a posição de indicar apoio à pré-candidata do PT à presidência da República, Dilma Rousseff. O ato acontecerá no dia oito de abril, às 17h00min horas, em Brasília, no Centro de Convenções Ulysses Guimarães e contará com a participação de Dilma e do presidente da legenda petista, José Eduardo Dutra. Entre outras lideranças e personalidades também devem estar presentes artistas como Martinho da Vila, Netinho de Paula, Leci Brandão e Jorge Mautner.
“No último dia 5 a Comissão Política Nacional (CPN) do PCdoB adotou esse posicionamento pró-Dilma que, agora, deverá ser referendado pelo Comitê Central, órgão maior de deliberação da legenda, em reunião marcada, no mesmo dia 8 de abril. Devido à relevância dessa indicação orientadora dos debates da Convenção eleitoral–que acontecerá nos mês de Junho e a quem cabe tomar a decisão oficial dos comunistas– decidiu-se por esse evento para fomentar a discussão interna quanto à importância da sucessão presidencial. Nesse sentido, o presidente do PCdoB, Renato Rabelo, endereçou uma mensagem ao conjunto das organizações do Partido para que enviem suas representações de dirigentes e lideranças de todas as áreas de atuação.
O confronto de dois polos
“Na análise dos comunistas, a sucessão está marcada pelo confronto entre dois campos políticos antagônicos. De um lado, a aliança liderada pelo presidente Lula constituída por partidos, movimentos populares, setores sociais e empresariais democráticos. De outro, o bloco oposicionista das legendas que sustentaram o governo neoliberal de FHC e que levou o Brasil a uma crise profunda. O resultado garantirá a continuidade do ciclo político aberto pelo presidente Lula ou será o retrocesso com o retorno da direita neoliberal que estagnou o país nos anos 90. Este cenário assim configurado confirmou para o PCdoB o seu prognóstico quanto ao caráter plebiscitário do pleito e a necessária unidade do campo democrático, patriótico e popular.
O porquê da escolha de Dilma
“O PCdoB avalia que nas reuniões que manteve com Dilma nos últimos meses ficou nítida a afinidade programática entre a pré-candidata e a legenda comunista e, de igual modo, com a direção recém-eleita do PT. O Partido acrescenta que além da convergência de ideias e do pacto pelo progresso do país, há as qualidades da pré-candidata, uma mulher de valor cuja personalidade política se forjou na luta democrática. Outro fator assinalado para a escolha decorre da competência, liderança e compromisso com o Brasil e o povo que Dilma demonstrou ter à frente de importantes funções públicas e, sobretudo, como ministra do atual governo.
“O diálogo positivo com Dilma, suas qualidades políticas e o caráter plebiscitário do pleito, possibilitaram ao PCdoB amadurecer a convicção de que ela está credenciada para disputar, vencer e governar com pleno êxito. O Partido defende que a campanha se realize alicerçada na força do povo, com um programa audacioso, e sustentada por uma coligação ampla, mas sublinha que é imprescindível o papel destacado da esquerda. Desse modo, mais do que garantir a continuidade do ciclo aberto por Lula, Dilma, na visão dos comunistas, poderá garantir um desenvolvimento ainda mais arrojado. Com este entendimento foi lançada a palavra-de-ordem: "PCdoB com Dilma. Para o Brasil Avançar." Portal Vermelho.
Por Umberto Martins
“Identificamos uma convergência muito grande de opiniões entre o PCdoB e Dilma”, sublinhou o dirigente comunista. “Para apoiar uma pré-candidatura, como é o caso, é indispensável uma plataforma clara com pontos de vista comuns. Essas conversas permitiram maior conhecimento mútuo e a revelação da identidade de objetivos.”
Projetos antagônicos
O último congresso do PT também aproximou os dois partidos no que diz respeito a ideias e concepções programáticas. “Eles demonstraram uma compreensão essencial sobre alguns pontos fundamentais”, sublinhou Rabelo, citando “a avaliação de que no pleito teremos dois campos opostos e dois projetos antagônicos”.
De um lado, conforme o presidente do PCdoB, há o campo que pode ser definido como neoliberal, embora mascarado e mitigado. É o campo do retrocesso, com um projeto privatizante, subordinado ao imperialismo americano e hostil aos interesses do povo e da nação.
Neoliberalismo mitigado
“A base social e os compromissos políticos da candidatura tucana são os mesmos que orientaram o governo FHC, não houve mudança”, sustentou. Já o bloco alinhado com a pré-candidatura de Dilma “está buscando uma alternativa ao neoliberalismo, defende um projeto de nação soberana e democrática, a integração com os vizinhos latino-americanos, a inclusão social. É outro projeto.”
A recente contenda comercial entre Brasil e EUA ajuda a desmascarar e identificar o campo neoliberal, que não conseguiu disfarçar sua subordinação ao império do norte. A disputa em torno das ilhas Malvinas entre Argentina e Inglaterra também despertou reações reveladoras, de acordo com o líder comunista. Os neoliberais querem a neutralidade do Brasil no conflito, posição que serve aos interesses do velho e agressivo imperialismo britânico.
Identidade programática
Rabelo elogiou o programa aprovado recentemente pelo PT, que passou a defender um novo projeto de desenvolvimento nacional, com caráter democrático e popular. “Há muita coisa comum com o projeto que aprovamos no 12º Congresso do PCdoB, incluindo o diagnóstico de que o mundo vive hoje uma fase de transição econômica e política.”
Ele ressaltou o fato de que a pré-candidata Dilma Rousseff (que vai comparecer ao ato do Partido junto com o presidente nacional do PT, José Eduardo Dutra, e outras lideranças) “defende, como nós, iniciativas que promovam o crescimento da taxa de investimentos na economia nacional em curto prazo pelo menos para 21% do PIB. Isto é essencial para o desenvolvimento nacional.”
“Ela também entende, como nós, que o papel do Estado na promoção do desenvolvimento deve ser reforçado. O Estado não deve ser apenas o condutor do desenvolvimento, mas também empresário em setores estratégicos da economia e ramos importantes nos quais a chamada iniciativa privada não atende os interesses populares, como (nas telecomunicações) a garantia de acesso universal à banda larga; investimentos em ciência e tecnologia para viabilizar uma produção com maior valor agregado; prioridade à educação e outras iniciativas. Para o PCdoB é muito importante mostrar o apoio à pré-candidatura de Dilma, que vai se colocando à altura dos desafios”, finalizou.
Leia abaixo a nota à imprensa sobre o ato divulgada nesta quinta (11) pela Direção Nacional do PCdoB:
“Em Ato partidário, o PCdoB indicará apoio à pré-candidatura de Dilma Rousseff
“A direção nacional do PCdoB realizará um evento partidário no qual comunicará a seus filiados e lideranças a posição de indicar apoio à pré-candidata do PT à presidência da República, Dilma Rousseff. O ato acontecerá no dia oito de abril, às 17h00min horas, em Brasília, no Centro de Convenções Ulysses Guimarães e contará com a participação de Dilma e do presidente da legenda petista, José Eduardo Dutra. Entre outras lideranças e personalidades também devem estar presentes artistas como Martinho da Vila, Netinho de Paula, Leci Brandão e Jorge Mautner.
“No último dia 5 a Comissão Política Nacional (CPN) do PCdoB adotou esse posicionamento pró-Dilma que, agora, deverá ser referendado pelo Comitê Central, órgão maior de deliberação da legenda, em reunião marcada, no mesmo dia 8 de abril. Devido à relevância dessa indicação orientadora dos debates da Convenção eleitoral–que acontecerá nos mês de Junho e a quem cabe tomar a decisão oficial dos comunistas– decidiu-se por esse evento para fomentar a discussão interna quanto à importância da sucessão presidencial. Nesse sentido, o presidente do PCdoB, Renato Rabelo, endereçou uma mensagem ao conjunto das organizações do Partido para que enviem suas representações de dirigentes e lideranças de todas as áreas de atuação.
O confronto de dois polos
“Na análise dos comunistas, a sucessão está marcada pelo confronto entre dois campos políticos antagônicos. De um lado, a aliança liderada pelo presidente Lula constituída por partidos, movimentos populares, setores sociais e empresariais democráticos. De outro, o bloco oposicionista das legendas que sustentaram o governo neoliberal de FHC e que levou o Brasil a uma crise profunda. O resultado garantirá a continuidade do ciclo político aberto pelo presidente Lula ou será o retrocesso com o retorno da direita neoliberal que estagnou o país nos anos 90. Este cenário assim configurado confirmou para o PCdoB o seu prognóstico quanto ao caráter plebiscitário do pleito e a necessária unidade do campo democrático, patriótico e popular.
O porquê da escolha de Dilma
“O PCdoB avalia que nas reuniões que manteve com Dilma nos últimos meses ficou nítida a afinidade programática entre a pré-candidata e a legenda comunista e, de igual modo, com a direção recém-eleita do PT. O Partido acrescenta que além da convergência de ideias e do pacto pelo progresso do país, há as qualidades da pré-candidata, uma mulher de valor cuja personalidade política se forjou na luta democrática. Outro fator assinalado para a escolha decorre da competência, liderança e compromisso com o Brasil e o povo que Dilma demonstrou ter à frente de importantes funções públicas e, sobretudo, como ministra do atual governo.
“O diálogo positivo com Dilma, suas qualidades políticas e o caráter plebiscitário do pleito, possibilitaram ao PCdoB amadurecer a convicção de que ela está credenciada para disputar, vencer e governar com pleno êxito. O Partido defende que a campanha se realize alicerçada na força do povo, com um programa audacioso, e sustentada por uma coligação ampla, mas sublinha que é imprescindível o papel destacado da esquerda. Desse modo, mais do que garantir a continuidade do ciclo aberto por Lula, Dilma, na visão dos comunistas, poderá garantir um desenvolvimento ainda mais arrojado. Com este entendimento foi lançada a palavra-de-ordem: "PCdoB com Dilma. Para o Brasil Avançar." Portal Vermelho.
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