A Polícia Civil gaúcha intensificou o combate a um grupo neonazista em Porto Alegre (RS) que divulgou um vídeo com trechos de reportagens sobre a política de quotas nas universidades, cenas de violência entre agressores negros e vítimas brancas, a imagem do senador Paulo Paim (PT-RS) e da ex-ministra da Igualdade Racial Matilde Ribeiro. O material, que inclui ainda CD’s, DVD’s, fotografias, camisetas, distintivos, facas, correntes, uma soqueira e um computador portátil, foi recolhido em uma residência, sexta-feira, no Centro de Porto Alegre.
O responsável pelos objetos não foi localizado. Ele é membro do White Power Sul Skin, um dos grupos neonazistas atuantes no Sul do país que pregam a limpeza racial e a doutrina de que negros, homossexuais e judeus são inferiores.
– Isso não nos intimida. Se pensavam que iam me prejudicar no processo eleitoral, se deram mal. Pretendo fazer uma audiência pública no Congresso, chamar a CNBB, a OAB, o Ministério da Justiça, porque isso é uma situação nacional. É inadmissível, enquanto os EUA elegem um presidente negro, a Bolívia, um índio, e o Brasil, um operário e, agora, uma mulher – afirmou Paim.
Neste domingo, o senador Paulo Paim (PT-RS) divulgou uma nota na qual repudia os atos de um grupo neonazista. Na nota, Paim, que foi reeleito para um mandato de oito anos no Senado, afirma que as ameaças não o intimidarão e que sua luta para o fim de todos os preconceitos prosseguirá. O parlamentar propôs a realização de uma audiência pública para debater o tema, no dia 19 deste mês, véspera do Dia Nacional da Consciência Negra.
Leia a íntegra da nota
“Se eles pensam que com este movimento vão calar a minha voz no Congresso Nacional, que sempre foi e será, em defesa dos discriminados, sejam eles negros, brancos, índios, ciganos, evangélicos, católicos, de matriz africana, judeus, palestinos e daqueles que lutam pela livre orientação sexual, estão enganados. Pelo contrário. Continuarei a minha luta para que todos os preconceitos e discriminações sejam eliminados em nosso país. Se o material elaborado por essas pessoas foi feito para me intimidar ou prejudicar, isso não aconteceu, pois não me intimido e tampouco os gaúchos. Lembro que há oito anos fui eleito para o Senado com 2 milhões de votos e o povo gaúcho numa demonstração de repúdio a esse tipo de atitude neonazista me reelegeu com quase o dobro de votos, 3.9 milhões. Sou o único senador negro eleito e reeleito na história da República Brasileira. Sei das minhas responsabilidades perante este momento. É inadmissível que em pleno século 21, quando os Estados Unidos elegeram um negro presidente, a Bolívia um índio presidente e o Brasil uma mulher presidente, nós tenhamos que conviver com situações como a ocorrida hoje em Porto Alegre. Tenho absoluta certeza que atitudes como essa não são aceitas pelo povo gaúcho e brasileiro. Não vou exigir segurança pessoal como foi levantado. Pretendo sim, realizar uma audiência pública aqui no Senado no dia 19 de novembro, véspera do Dia Nacional da Consciência Negra com a presença da OAB, CNBB, Ministério da Justiça, Direitos Humanos, Movimento Negro.
Senador Paulo Paim”
Fonte:Correio do Brasil
O responsável pelos objetos não foi localizado. Ele é membro do White Power Sul Skin, um dos grupos neonazistas atuantes no Sul do país que pregam a limpeza racial e a doutrina de que negros, homossexuais e judeus são inferiores.
– Isso não nos intimida. Se pensavam que iam me prejudicar no processo eleitoral, se deram mal. Pretendo fazer uma audiência pública no Congresso, chamar a CNBB, a OAB, o Ministério da Justiça, porque isso é uma situação nacional. É inadmissível, enquanto os EUA elegem um presidente negro, a Bolívia, um índio, e o Brasil, um operário e, agora, uma mulher – afirmou Paim.
Neste domingo, o senador Paulo Paim (PT-RS) divulgou uma nota na qual repudia os atos de um grupo neonazista. Na nota, Paim, que foi reeleito para um mandato de oito anos no Senado, afirma que as ameaças não o intimidarão e que sua luta para o fim de todos os preconceitos prosseguirá. O parlamentar propôs a realização de uma audiência pública para debater o tema, no dia 19 deste mês, véspera do Dia Nacional da Consciência Negra.
Leia a íntegra da nota
“Se eles pensam que com este movimento vão calar a minha voz no Congresso Nacional, que sempre foi e será, em defesa dos discriminados, sejam eles negros, brancos, índios, ciganos, evangélicos, católicos, de matriz africana, judeus, palestinos e daqueles que lutam pela livre orientação sexual, estão enganados. Pelo contrário. Continuarei a minha luta para que todos os preconceitos e discriminações sejam eliminados em nosso país. Se o material elaborado por essas pessoas foi feito para me intimidar ou prejudicar, isso não aconteceu, pois não me intimido e tampouco os gaúchos. Lembro que há oito anos fui eleito para o Senado com 2 milhões de votos e o povo gaúcho numa demonstração de repúdio a esse tipo de atitude neonazista me reelegeu com quase o dobro de votos, 3.9 milhões. Sou o único senador negro eleito e reeleito na história da República Brasileira. Sei das minhas responsabilidades perante este momento. É inadmissível que em pleno século 21, quando os Estados Unidos elegeram um negro presidente, a Bolívia um índio presidente e o Brasil uma mulher presidente, nós tenhamos que conviver com situações como a ocorrida hoje em Porto Alegre. Tenho absoluta certeza que atitudes como essa não são aceitas pelo povo gaúcho e brasileiro. Não vou exigir segurança pessoal como foi levantado. Pretendo sim, realizar uma audiência pública aqui no Senado no dia 19 de novembro, véspera do Dia Nacional da Consciência Negra com a presença da OAB, CNBB, Ministério da Justiça, Direitos Humanos, Movimento Negro.
Senador Paulo Paim”
Fonte:Correio do Brasil
2 comentários:
Eu fiz campanha para Paim, Tarso e Fabiano Pereira em POA. Estou muito triste, é importante que esta ameaça seja levada muito a sério. O problema nazi / fascista existe e é grave. Solidariedade O senador Paim!
Valerio, muita grave mesmo.Mas tudo isso ainda é reflexo da baixaria do Índio e de Mônica Serra.Essa dupla causou um enorme mal ao país.
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