Ana Dubeux
Faltam apenas cinco dias para nos despedirmos de 2010. O que podemos esperar do próximo ano, da década que se anuncia? São tantas perspectivas, tantas formas de se comunicar, de chegar ao outro, de alcançar o mundo e de encontrar a si próprio. A preponderância da tecnologia como principal motor das transformações continua, mas não precisamos ir muito longe para enxergar que há outros importantes catalisadores de mudanças. Basta saltar uns dias e antever o momento da posse da primeira mulher a assumir a Presidência do Brasil. Essa é a marca de um novo tempo.
A eleição de Dilma Rousseff, por si só, não faz o Brasil melhor ou pior. Tampouco faz dele um país mais justo e menos violento em relação às mulheres. Mas ter uma presidente fará o Brasil diferente do que já foi. E isso é um fato incontestável. Será um comando mais ou menos bem-sucedido? Não sabemos. Mais ou menos próximo dos mais pobres, famintos e minorias? Também não se sabe. Não se trata aqui de atribuir uma nota antecipada de sucesso ou fracasso pelo simples fato de termos eleito uma mulher para o mais alto cargo de comando da hierarquia pública de poder. Ainda que as hostes feministas possam comemorar o feito, a demarcação de território não encerra a conquista. Há grandes desafios pela frente.
Mais do que uma apoteose feminina, a eleição de Dilma tem o peso da pluralidade, um sinal absoluto dos novos tempos. Sim, o país ganha uma feição diferente. Não necessariamente mais bonita, mais plácida, mais raivosa ou mais competente. Certamente, mais feminina — basta observar a composição do ministério. É possível que temas antes desprezados ganhem maior relevância e outras prioridades apareçam. Dilma já dedicou sua vitória às mulheres e se comprometeu com os miseráveis. Quem apostou que ela vai fazer um governo apenas de continuidade pode pecar pela visão mais superficial. Ela pode continuar um projeto, já que herdou os votos de Lula. Mas é possível que subverta prioridades e contrarie opiniões. São detalhes importantes que já garantem uma diferença substancial.
O caso brasileiro é só mais um aceno de uma transformação mundial. A próxima década, dizem os especialistas, terá uma presença mais constante das mulheres em postos de poder. Diferentemente de tratar a questão de forma sexista, quem entende do assunto faz uma análise que ultrapassa a discussão de gênero e poder. Fala-se de uma nova forma de ver, de perceber, de mandar e de governar. Agora, de fato, vamos ver o que é viver num mundo mais feminino.
Faltam apenas cinco dias para nos despedirmos de 2010. O que podemos esperar do próximo ano, da década que se anuncia? São tantas perspectivas, tantas formas de se comunicar, de chegar ao outro, de alcançar o mundo e de encontrar a si próprio. A preponderância da tecnologia como principal motor das transformações continua, mas não precisamos ir muito longe para enxergar que há outros importantes catalisadores de mudanças. Basta saltar uns dias e antever o momento da posse da primeira mulher a assumir a Presidência do Brasil. Essa é a marca de um novo tempo.
A eleição de Dilma Rousseff, por si só, não faz o Brasil melhor ou pior. Tampouco faz dele um país mais justo e menos violento em relação às mulheres. Mas ter uma presidente fará o Brasil diferente do que já foi. E isso é um fato incontestável. Será um comando mais ou menos bem-sucedido? Não sabemos. Mais ou menos próximo dos mais pobres, famintos e minorias? Também não se sabe. Não se trata aqui de atribuir uma nota antecipada de sucesso ou fracasso pelo simples fato de termos eleito uma mulher para o mais alto cargo de comando da hierarquia pública de poder. Ainda que as hostes feministas possam comemorar o feito, a demarcação de território não encerra a conquista. Há grandes desafios pela frente.
Mais do que uma apoteose feminina, a eleição de Dilma tem o peso da pluralidade, um sinal absoluto dos novos tempos. Sim, o país ganha uma feição diferente. Não necessariamente mais bonita, mais plácida, mais raivosa ou mais competente. Certamente, mais feminina — basta observar a composição do ministério. É possível que temas antes desprezados ganhem maior relevância e outras prioridades apareçam. Dilma já dedicou sua vitória às mulheres e se comprometeu com os miseráveis. Quem apostou que ela vai fazer um governo apenas de continuidade pode pecar pela visão mais superficial. Ela pode continuar um projeto, já que herdou os votos de Lula. Mas é possível que subverta prioridades e contrarie opiniões. São detalhes importantes que já garantem uma diferença substancial.
O caso brasileiro é só mais um aceno de uma transformação mundial. A próxima década, dizem os especialistas, terá uma presença mais constante das mulheres em postos de poder. Diferentemente de tratar a questão de forma sexista, quem entende do assunto faz uma análise que ultrapassa a discussão de gênero e poder. Fala-se de uma nova forma de ver, de perceber, de mandar e de governar. Agora, de fato, vamos ver o que é viver num mundo mais feminino.
Correio Brasiliense.
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