quarta-feira, 2 de fevereiro de 2011

Dilma propõe 'pacto de avanço social' para erradicar miséria


Do G1, em Brasília

A presidente Dilma Rousseff reafirmou nesta quarta (2), na mensagem do governo ao Congresso Nacional, o compromisso que havia assumido no discurso de posse: o de erradicar a miséria. Ela conclamou os governantes municipais e estaduais a se unirem em um "pacto de avanço social" para eliminar a miséria. Mas ressalvou que a missão não se restringe ao governo. "É uma missão de todos os brasileiros", afirmou.



"O Brasil não pode aceitar mais que milhares de pessoas continuem vivendo na miséria, que não tenham alimentação suficiente, que não tenham um teto para viver. É vergonhoso que, em um país capaz de produzir no ano passado 149,5 milhões de toneladas de cereais, leguminosas e oleaginosas, ainda haja cidadãos que passem fome. ", afirmou no plenário da Câmara, sob o aplauso dos congressistas.


Segundo a presidente, o governo "não permitirá" que a inflação e prejudique os mais pobres. "Manteremos a estabilidade da economia como valor absoluto. Reafirmo que não permitiremos em nenhum hipótese que a inflação volte a corroer nosso tecido econômico e a penalizar os mais pobres", declarou.


Educação


A presidente destacou a educação como uma das "prioridades centrais" do governo. Ela prometeu apoio aos municípios para ampliar a oferta de creches e pré-escola e disse que irá ampliar a oferta de vagas pelo Programa Universidade para Todos (Prouni).


Chuvas


Ela afirmou que o governo investirá "pesado" em prevenção para evitar tragédias como a das chuvas na Região Serrana do Rio de Janeiro.


"Determinei a implementação de um sistema de alerta e prevenção de desastres naturais, será possível alertar para que as populações sejam retiradas das áreas de risco . O que aconteceu na região serrana do Rio mostra que isso não pode continuar, investiremos pesado para a prevenção. Juntamente com os municípios faremos obras de prevenção e oferecemos novas habitações por meio do Minha Casa Minha Vida", disse.


Saúde


A presidente estipulou uma meta de criação de 500 Unidades de Pronto-Atendimento (UPAs) com investimentos de R$ 2,6 bilhões. Segundo ela, serão aplicados ainda R$ 2,5 bilhôes em unidades básicas de saúdes e na criação de infraestrutura de apoio para as equipes de saúde da família.


PAC


"Retomamos com o PAC a capacidade de planejar a longo prazo, a determinação do governo em induzir o crescimento do país que será aprofundado já em 2011 com o PAC 2 e com a segunda fase do programa Minha Casa minha Vida", declarou.


Crescimento econômicoDilma disse que o governo vai manter a política macroeconômica combinada com equilíbrio fiscal como instrumento para a inclusão social. “O crescimento econômico – combinado com uma ampla rede de proteção social – possibilitou nos últimos oitos anos que 27 milhões e 900 mil brasileiros obtivessem uma renda maior e ultrapassassem a linha da pobreza. A manutenção de uma política macroeconômica compatível com o equilíbrio fiscal – com ações firmes de controle da inflação e rigor no uso do dinheiro do contribuinte – será um dos pilares fundamentais do nosso governo”, afirmou.

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