domingo, 6 de novembro de 2011

FHC, os tucanos e sua tradição “republicana”


Desculpem voltar ao tema do post anterior, mas não posso deixar de ajudar os leitores com o exemplo de prática republicana e moral que prega o senhor Fernando Henrique Cardoso.


Já nem vou falar na entrega criminosa que fez do patrimônio e das riquezas naturais deste país, porque não há mais nada a dizer sobre isso que agrave a sua condição de vendilhão da pátria.


Quero apenas mostrar o cinismo com que apregoa sua própria honradez e aponta nos outros o fisiologismo.


Era abril de 1992. Os escândalos de corrupção já pipocavam no Governo Collor. Alguns falsos, como o que, meses antes, derrubara o então Ministro da Saúde Alceni Guerra, pelos “crimes” de dialogar com Leonel brizola, governador do Rio de Janeiro, e comprar bicicletas da marca Caloi e não as Monark, onde a Globo tinha interesses. Outros, não, como as denúncias envolvendo Paulo Cesar Farias, que vinham desde outubro do ano anterior.


Naqueles dias, a cúpula do PSDB negociava com o governo Collor sua entrada no Governo, que estava enfraquecido. As condições não eram políticas públicas ou decisões programáticas, mas entregar o Itamaraty, uma ocupação ao gosto do senhor Fernando Henrique Cardoso e a Secretaria de Desenvolvimento Regional, uma “secretaria que fura poço” à ala menos cult do partido, comandada por Tasso Jereissati.


Dois tucanos, para a sorte de FHC, se opuseram ao plano: Mario Covas e Ciro Gomes, que não queria ver o partido acusado de fisiológico.


Sorte porque, um mês depois, começava o movimento pelo impeachment do presidente ao qual a emplumada tucanada estava louca por aderir.


Claro, cheia de razões republicanas, não é?


Fonte:Tijolaço

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