Paulo Emílio_PE247 - O governador
de Pernambuco e potencial candidato à Presidência da República pelo PSB em
2014, Eduardo Campos, atribuiu os protestos contra o preço das tarifas dos
ônibus urbanos – e que se estendeu pela moralização política e por mais
recursos para a saúde e educação – ao desejo de “brasileiros que querem mudar o
Brasil” e a “uma negação às lideranças do movimento social e da política”.
Campos anunciou, nesta terça-feira (18), a redução das tarifas na Região
Metropolitana do Recife (RMR) com percentuais
variando entre 3,65% e 6%, dependendo do anel utilizado. A queda geral
foi de R$ 0,10. Mesmo com o anúncio, o protesto previsto para esta quinta-feira
e alinhado com a movimentação que acontecerá de forma simultânea em várias
capitais do país está mantido.
De acordo com o governador,
as manifestações são feitas por pessoas “que têm sonhos, utopias, desejos,
encontros no seu dia a dia e que são como nós, que merecem da nossa parte todo
respeito”, disse. Campos defendeu que as pessoas podem até discordar do posicionamento
umas das outras, mas que todos ser respeitados.
“Acho que, claro que nesse
processo, aparece no primeiro momento como uma negação às lideranças do
movimento social e da política. Mas não são todos do movimento social e todos
da política que estão desconectados com esse sentimento. Alguns, efetivamente,
estão completamente desconectados, tanto no movimento social como na política.
Outros não. Têm até algum contato ou muito contato com esse ambiente que está
nas ruas”, avaliou durante a entrevista em que anunciou a redução do preço das
passagens dos ônibus na RMR.
No início do mês, Campos
havia dito que as tarifas, que haviam sofrido aumento de 5,5% no começo deste
ano, não seriam alteradas. A mesma posição foi defendida pelos empresários do
setor, sob a alegação de que os custos com combustível e pessoal, por exemplos,
haviam sido elevados e o reajuste era necessário para o equilíbrio do sistema.De uma hora para outra Campos mudou de lado.
Da redação.
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