quinta-feira, 28 de agosto de 2014

Financiadores de Marina têm acusações que vão de sonegação, trabalho escravo e assassinato

 
Natura, Copersucar, Banco Safra, Itau, construtora Andrade Gutierrez, Cosan Lubrificantes e Especialidades S/A, Arosuco Aromas e Sucos (Grupo Ambev), JBS S/A figuram como as maiores doadoras da campanha de Marina Silva. Entre pessoas físicas e jurídicas, se fizeram presentes na arrecadação da candidata, de acordo com a primeira parcial da prestação de contas eleitorais, divulgada quando Eduardo Campos ainda era vivo.
Neste ano, dos R$ 8,2 milhões arrecadados até agora pela campanha à presidência do então candidato Eduardo Campos, 81,5% foram provenientes de tais doadores. O percentual equivale a R$ 6,4 milhões.
O co-presidente da Natura e dono de 25% das ações da empresa, o candidato a vice-presidente pelo PV em 2010 Guilherme Leal doou R$ 11,8 milhões para toda a campanha. Até a divulgação da primeira parcial, que ocorre sempre a dois meses antes da eleição, o empresário havia fornecido R$ 6,3 milhões. Para a campanha de Campos, a doação foi significativamente menor, de apenas R$ 400 mil. O movimento contrário também é encontrado.
A empresa Copersucar, de comercialização de açúcar e etanol com proposta sustentável, destinou R$ 1 milhão logo no primeiro mês para a campanha de Campos, enquanto, para Marina, nas eleições passadas, concedeu apenas um total de R$ 250 mil.
Já a socióloga e empresária Maria Alice Setubal, uma das herdeiras do Itaú/Unibanco e amiga pessoal de Marina, também é uma doadora em comum nas campanhas. Ela doou R$ 573,3 mil em 2010. O montante foi reduzido para R$ 200 mil com Campos encabeçando a chapa.
A construtora Andrade Gutierrez foi outra que, a princípio, diminuiu as fichas na campanha de 2014. Para a possibilidade de Marina Silva presidente R$ 1 milhão foi doado durante todo o período eleitoral. Neste ano, o valor da primeira parcial já mostra doação de R$ 800 mil.
A Cosan Lubrificantes e Especialidades S/A destinou R$ 1 milhão para a campanha com o pessebista na disputa da presidência. Em 2010, empresa do mesmo grupo, Cosan S/A Industria e Comércio, somou R$ 250 mil em doações.
Quando registraram candidaturas, em respectivas épocas, Marina limitou seus gastos de campanha para presidente em R$ 90 milhões em 2010. Já Campos, quando concorrente destas eleições com Marina de vice, previu um gasto de R$ 150 milhões.
Faremos uma pequena investigação sobre estes grandes doadores da campanha de Marina Silva, encabeçada pelo discurso de "nova política". As empresas têm acusações que vão de sonegação, trabalho escravo e assassinato.

Neca Setúlbal (Itau) doou R$ 200 Mil

A sonegação fiscal é crime contra a ordem tributária definido pela Lei nº. 8.137/90. No Brasil, todos os anos, pequenos empresários, comerciantes e cidadãos comuns são processados e presos por não declarar rendimentos. Mas quando o assunto é banqueiro aí ninguém vai preso. O Itaú Unibanco, maior instituição financeira privada do país, foi autuado pela Receita Federal a pagar R$18,7 bilhões referentes a impostos, contribuições e multas que a empresa deixou de recolher na operação de fusão do Itaú com o Unibanco, em 2008.

Leal (Natura) doou R$ 400 Mil

A Natura, de Guiherme Leal, que foi o vice da chapa de Marina Silva à Presidência em 2010, foi autuada pela Receita Federal, com a exigência de pagamento de diferenças de R$ 627,8 milhões, por impostos alegadamente não recolhidos por uma controlada.

A Arosuco (Ambev) doou R$ 1,5 Mi

Ela pertence à Ambev do homem mais rico do Brasil, Jorge Paulo Lemann. Ele comprou a sorveteria Diletto de Verônica Serra, filha de José Serra, por 17 vezes o faturamento de uma sorveteria sem lucratividade estimada. Ele também foi investigado por um buraco de US$ 200 milhões nas contas do Banco Garantia.

JBS doou R$ 1 Mi

O dono da JBS, Joesley Batista, também um dos homens mais ricos do Brasil, é acusado de sonegação fiscal e empréstimos cruzados. Além disso, a Polícia Federal o investiga por evasão de divisas e de financiar "caixa 2" de campanha político-partidária.

Copersucar doou R$ 1 Mi

Já os proprietários da Copersucar são a família Atalla do falecido empresário Jorge Wolney Atalla, um dos financiadores da Operação Bandeirantes, organismo repressivo que torturou e assassinou estudantes, líderes sindicais e vários oposicionistas ou suspeitos de fazerem oposição ao regime militar em sua fase mais dura, nos anos 60 e 70.

Cosan doou R$ 1 Mi

O nosso campeão do crime é o dono da Cosan, Rubens Ometto Silveira Mello, a segundo empresário mais rico do mundo em "energia verde". Ele é acusado de fazer parte de um cartel para aumentar o preço de combustíveis. Além disso, ele está em outro inquérito por crime ambiental e contra o patrimônio genético. Por fim, ele é acusado de ter 28 ESCRAVOS em sua fazenda no Pará.

Banco Safra doou R$ 1 Mi

Uma das empresas investigadas na compra do jato Cessna Citation 560 XLS, que caiu matando o candidato a presidente pelo PSB, Eduardo Campos, e outras seis pessoas, a Bandeirantes Companhia de Pneus Ltda. A Bandeirantes foi criada em 2004, em Jaboatão dos Guararapes (PE) e funciona em um galpão de médio porte. A Policia Federal localizou uma movimentação de importação financiada registrada pelo Banco Central, em dezembro de 2010, de US$ 1,4 milhão, via banco Ilhas Cayman e Banco Safra.

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