sexta-feira, 28 de agosto de 2015

Resposta do BNDES à Rachel Sherazade

Foto de Fernanda Pires.
Sobre o editorial da jornalista Rachel Sherazade no Jornal da Manhã desta terça-feira, 21, o BNDES informa o seguinte:

Não é correto afirmar que o BNDES “financia obras bilionárias fora do Brasil a juros desconhecidos, com prazos misteriosos e condições secretas”, uma vez que as informações referentes a juros, prazos e condições de todos os financiamentos contratados com o Banco estão disponíveis à consulta de qualquer cidadão na plataforma BNDES Transparente, no site do Banco.

Nesse tipo de operação, o BNDES não envia nenhum recurso para fora do País. O desembolso é feito no Brasil, em reais, à empresa brasileira exportadora, e o pagamento é feito ao Banco pelo importador, o que garante entrada de divisas no Brasil. De 2007 a 2014 o retorno dessas operações para o BNDES foi de R$ 2,4 bilhões. É importante lembrar que a inadimplência nessas operações é zero. Ou seja: o Banco nunca deixou de receber, com juros, os recursos financiados.

Também não é fato que “sobra dinheiro para as nações amigas quando falta para o Brasil”. Uma olhada nos números de 2014 mostra o contrário: os desembolsos do BNDES ano passado foram de R$ 188 bilhões, liderados pelos desembolsos a projetos de infraestrutura no Brasil, que atingiram R$ 69 bilhões. Os desembolsos para exportação de bens e serviços para obras no exterior atingiram R$ 3 bilhões, ou 1,6% do total desembolsado pelo Banco no período.

Em São Paulo, por exemplo, os financiamentos contratados pelo BNDES para obras do metrô somam R$ 11,2 bilhões, que estão sendo utilizados em projetos como a expansão das Linhas 2 (Vila Prudente-Durta) e 5 (Largo do Treza – Chácara Klabin) e implantação das Linhas 15 (monotrilho Vila Prudente – Cidade Tiradentes), 6 (Brasilândia-São Joaquim) e 18 (Monotrilho Tamanduateí-Djama Dutra).

Também foi aprovado agora, no final de junho, financiamento de R$ 747,45 milhões à Sabesp para apoiar a interligação das represas Jaguari (Bacia do Paraíba do Sul) e Atibainha (Sistema Cantareira) e aumentar a disponibilidade hídrica na Região Metropolitana de São Paulo"

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