Recife tem a cesta básica mais barata do País
Publicado em 07.01.2009,
Do Jornal do Commercio
A cesta básica vendida no Recife foi a mais barata do País em dezembro do ano passado. De acordo com a pesquisa mensal realizada pelo Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese), o recifense teve que desembolsar, em média, R$ 183,61 para ter os 12 itens essenciais na sua mesa, enquanto que em Porto Alegre, capital onde a cesta foi mais cara, foi preciso arcar com R$ 254,86. No entanto, na comparação com o mês de novembro, houve um aumento de 4,79% no valor da cesta na capital pernambucana. O principal item responsável pelo encarecimento foi o tomate, que subiu 120% de preço. A variação só não foi maior porque itens mais consumidos tiveram queda, como feijão (-35,37%) e arroz (-2,30%). Quando é comparado todo o ano de 2008 ante 2007, a cesta básica do Recife ficou 18,15% mais cara.
Ainda que tenha sido a cesta básica mais barata das 17 capitais pesquisadas pelo Dieese, o consumidor recifense não considera baixo o valor gasto com os itens. A agente de saúde Adriana Ferreira da Silva afirma gastar R$ 330 por mês com sua feira. “Isso porque consumo outros itens. Mas para aqueles que dependem exclusivamente da cesta básica, R$ 180 é muito caro”, comenta. Adriana confirma ainda ter sentido o impacto do preço do tomate. “Chegou a ser vendido por R$ 3 o quilo. E não é como alguns produtos que a gente pode optar por outra marca em busca de preços mais baixos”, diz.
A psicopedagoga Lídia Farias também considera o valor da cesta básica muito alto. “No meu caso, o impacto maior é do leite e da carne, que são produtos que não podem faltar e que por isso tento equilibrar o custo das minhas compras cortando outros itens supérfluos. Mas a saída mesmo é pesquisar preços e ir em busca das promoções”, afirma.
O aumento do tomate é um reflexo da queda drástica na oferta do produto no País, pois os principais centros produtores tiveram problemas graves nas colheitas no final do ano. “Os produtores de Santa Catarina sofreram com as inundações que antes haviam prejudicado também os agricultores do Rio de Janeiro e Minas Gerais. Além disso, a colheita de Estados nordestinos foi comprometida pela estiagem. Como o tomate é um produto muito mais perecível que o feijão e arroz, que podem ser estocados, precisa ser reposto com maior frequência, fazendo com que seu impacto tenha sido grande no preço da cesta”, justificou o coordenador do Dieese, Jairo Santiago.
Já a redução no preço do feijão, que foi o vilão da cesta básica no começo de 2008, se deve pelo movimento contrário ao do tomate. “A safra do primeiro semestre já deu sinais de recuperação. Mas foi a dos últimos seis meses que fez a diferença, com um detalhe importante que foi o crescimento da área de plantio do grão no País, o que aumentou ainda mais a oferta”, comentou Santiago.
Comentário.
Bem, dia desses, conforme postado aqui, o Terrornews foi às ruas do Recife e constatou que a "crise" tão propalada pelo consórcio PSDB-DEMO-PIG não havia chegado aqui na capital pernambucana. E não é que o DIEESE confirma o que o Terrornews detectara em meado de novembro de 2008.O Terror bem que avisou.
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