Haroldo Lima desmente Folha; genro de FHC contratou o araponga
Haroldo Lima, presidente da ANP (Agência Nacional de Petróleo), escreveu ao diretor de redação da Folha de S.Paulo, Otávio Frias Filho, esclarecendo que "não estão distorcidas, são inteiramente falsas" as "informações" do jornal sobre o araponga que forjou o 'dossiê da corrupção' na agência. A Folha se deu mal: o araponga Wilson Ferreira Pinna foi contratado quando a ANP era presidida por David Zylbersztajn, genro do então presidente Fernando Henrique Cardoso...
Haroldo Lima comentou com o Vermelho que a matéria é "inteiramente inverossímel" e "provocativa". Ofende a lógica que um personagem acusado pelo MInistério Público e a Polícia Federal como responsável pelo falso dossiê da corrupção nos royaltes da ANP seja ao mesmo tempo "homem de confiança"... do presidente da agência fraudulentamente acusada.
Segundo lembrou Haroldo, o mesmo dossiê, hoje reconhecido como falsificado, "por meses ocupou as colunas da grande mídia, sendo a base de campanha de desmoralização da ANP e de um de seus diretores, Vitor Martins". Por conta dele a oposição introduziu a agência como alvo da CPI da Petrobras, hoje agonizando no Senado.
Além da correspondência em caráter pessoal, Haroldo remeteu à Folha uma nota da ANP sobre o episódio. Veja as íntegras:
"Senhor diretor de redação, Otávio Frias Filho
A matéria hoje (25/9) publicada na Folha, e assinada por Márcio Aith, referente ao “falso dossiê” sobre royalties - que tanta publicidade acrítica teve nos últimos tempos pela grande imprensa do país – traz falsas informações, talvez porque não tenha procurado a ANP antes de publicar a matéria:
1. diz que Wilson F. Pinna, acusado de autor do “falso dossiê”, ´”é homem de confiança do presidente do órgão Haroldo Lima”;
2. diz que “Pinna foi recrutado por Lima em agosto de 2005”;
3. que “até quatro meses atrás despachava semanalmente com Lima”.
Essas informações não estão distorcidas, são inteiramente falsas.
Nos seis anos em que estou na ANP o senhor Pinna, não só não freqüentou semanalmente meu gabinete, como nunca foi chamado por mim para conversa sobre qualquer assunto, em meu gabinete ou fora dele, inclusive porque não era subordinado diretamente a mim.
A ideia de que o referido senhor era pessoa de minha confiança pessoal e que despachava semanalmente comigo revela que o jornalista não apurou a matéria como deveria, ouvindo a ANP, e terminou desinformando os leitores de seu jornal.
A notícia de que Pinna “foi recrutado por Lima em agosto de 2005” revela outra falha de apuração, uma vez que omite que o referido Pinna ingressou na ANP em 27 de setembro de 2001, quando nenhum dos atuais diretores da ANP aqui estavam, tendo sido então lotado no Núcleo de Fiscalização da Agência, hoje Superintendência de Fiscalização do Abastecimento.
Para terminar. Acabo de assinar a exoneração do Sr. Wilson F. Pinna de suas funções na ANP.
De Haroldo Lima."
A seguir, a nota da ANP
"O diretor-geral da ANP, Haroldo Lima, ad referendum da diretoria colegiada, assinou portaria que exonera, a partir de hoje, o agente da PF, aposentado, Wilson Ferreira Pinna, do cargo de assistente administrativo desta Agência. A portaria já foi enviada para publicação no Diário Oficial da União.
A decisão foi tomada após o diretor-geral ter sido informado na tarde de ontem, por ofício da Assessoria de Inteligência, segundo o qual o servidor “foi denunciado pelo Ministério Público Federal (MPF) como o autor de falso dossiê a respeito da distribuição de royalties”.
A ANP esclarece ainda que o servidor ingressou na Agência em 27/9/2001 no Núcleo de Fiscalização da Agência, saindo em 11/9/2003. Após sua aposentadoria na PF, voltou à Agência em 5/9/2005 na condição de nomeado sem vinculo como assistente administrativo na Assessoria de Inteligência.
A ANP nega as informações publicadas hoje (25/9) pela Folha de São Paulo, sem ouvir a ANP, de que Wilson Ferreira Pinna 'é homem de confiança do presidente do órgão Haroldo Lima', 'que despachava semanalmente com Lima' e que tivesse por atribuições 'proteger a Agência de grampos e coibir a corrupção interna'."
Haroldo Lima não fez uma revelação ao apontar que o falsificador do dossiê entrou na ANP no período em que esta era presidida por David Zylbersztajn – indicado para presidir a agência por seu então sogro e então presidente, Fernando Henrique Cardoso. O Portal Luis Nassif (http://colunistas.ig.com.br/luisnassif), que vem acompanhando o caso, foi quem deu primeiro a informação, na quinta-feira (24), graças ao bem documentado comentário de um colaborador. Em tempos de internet, as pernas da mentira ficaram consideravelmente mais curtas. Continue lendo
Haroldo Lima comentou com o Vermelho que a matéria é "inteiramente inverossímel" e "provocativa". Ofende a lógica que um personagem acusado pelo MInistério Público e a Polícia Federal como responsável pelo falso dossiê da corrupção nos royaltes da ANP seja ao mesmo tempo "homem de confiança"... do presidente da agência fraudulentamente acusada.
Segundo lembrou Haroldo, o mesmo dossiê, hoje reconhecido como falsificado, "por meses ocupou as colunas da grande mídia, sendo a base de campanha de desmoralização da ANP e de um de seus diretores, Vitor Martins". Por conta dele a oposição introduziu a agência como alvo da CPI da Petrobras, hoje agonizando no Senado.
Além da correspondência em caráter pessoal, Haroldo remeteu à Folha uma nota da ANP sobre o episódio. Veja as íntegras:
"Senhor diretor de redação, Otávio Frias Filho
A matéria hoje (25/9) publicada na Folha, e assinada por Márcio Aith, referente ao “falso dossiê” sobre royalties - que tanta publicidade acrítica teve nos últimos tempos pela grande imprensa do país – traz falsas informações, talvez porque não tenha procurado a ANP antes de publicar a matéria:
1. diz que Wilson F. Pinna, acusado de autor do “falso dossiê”, ´”é homem de confiança do presidente do órgão Haroldo Lima”;
2. diz que “Pinna foi recrutado por Lima em agosto de 2005”;
3. que “até quatro meses atrás despachava semanalmente com Lima”.
Essas informações não estão distorcidas, são inteiramente falsas.
Nos seis anos em que estou na ANP o senhor Pinna, não só não freqüentou semanalmente meu gabinete, como nunca foi chamado por mim para conversa sobre qualquer assunto, em meu gabinete ou fora dele, inclusive porque não era subordinado diretamente a mim.
A ideia de que o referido senhor era pessoa de minha confiança pessoal e que despachava semanalmente comigo revela que o jornalista não apurou a matéria como deveria, ouvindo a ANP, e terminou desinformando os leitores de seu jornal.
A notícia de que Pinna “foi recrutado por Lima em agosto de 2005” revela outra falha de apuração, uma vez que omite que o referido Pinna ingressou na ANP em 27 de setembro de 2001, quando nenhum dos atuais diretores da ANP aqui estavam, tendo sido então lotado no Núcleo de Fiscalização da Agência, hoje Superintendência de Fiscalização do Abastecimento.
Para terminar. Acabo de assinar a exoneração do Sr. Wilson F. Pinna de suas funções na ANP.
De Haroldo Lima."
A seguir, a nota da ANP
"O diretor-geral da ANP, Haroldo Lima, ad referendum da diretoria colegiada, assinou portaria que exonera, a partir de hoje, o agente da PF, aposentado, Wilson Ferreira Pinna, do cargo de assistente administrativo desta Agência. A portaria já foi enviada para publicação no Diário Oficial da União.
A decisão foi tomada após o diretor-geral ter sido informado na tarde de ontem, por ofício da Assessoria de Inteligência, segundo o qual o servidor “foi denunciado pelo Ministério Público Federal (MPF) como o autor de falso dossiê a respeito da distribuição de royalties”.
A ANP esclarece ainda que o servidor ingressou na Agência em 27/9/2001 no Núcleo de Fiscalização da Agência, saindo em 11/9/2003. Após sua aposentadoria na PF, voltou à Agência em 5/9/2005 na condição de nomeado sem vinculo como assistente administrativo na Assessoria de Inteligência.
A ANP nega as informações publicadas hoje (25/9) pela Folha de São Paulo, sem ouvir a ANP, de que Wilson Ferreira Pinna 'é homem de confiança do presidente do órgão Haroldo Lima', 'que despachava semanalmente com Lima' e que tivesse por atribuições 'proteger a Agência de grampos e coibir a corrupção interna'."
Haroldo Lima não fez uma revelação ao apontar que o falsificador do dossiê entrou na ANP no período em que esta era presidida por David Zylbersztajn – indicado para presidir a agência por seu então sogro e então presidente, Fernando Henrique Cardoso. O Portal Luis Nassif (http://colunistas.ig.com.br/luisnassif), que vem acompanhando o caso, foi quem deu primeiro a informação, na quinta-feira (24), graças ao bem documentado comentário de um colaborador. Em tempos de internet, as pernas da mentira ficaram consideravelmente mais curtas. Continue lendo
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