29/09/2009
A ministra-chefe da Casa Civil, Dilma Rousseff, afirmou nesta terça-feira (29) que os recursos do petróleo da camada pré-sal vão acelerar a redução da pobreza no Brasil e trarão o desafio de transformar riqueza material em riqueza social e humana.
“O pré-sal vai antecipar esse fim da pobreza que iríamos fazer de qualquer jeito, mas que poderemos fazer em menos anos”, afirmou durante apresentação sobre o pré-sal em reunião extraordinária do Conselho de Desenvolvimento Econômico e Social (CDES).
A ministra destacou a geração de empregos com o pré-sal, estimada em 243 mil novos postos de trabalho até 2020, e falou sobre o impulso que isso dará ao desenvolvimento da indústria nacional. Ela citou números que mostram a necessidade da aquisição de cerca de 250 guindastes, 280 reatores e 1,8 mil tanques de armazenamento. “Isso dá a ideia do volume de demanda que o pré-sal vai representar para a indústria de serviços”.
Dilma lembrou a questão ambiental, afirmando que a descoberta do pré-sal não fará o país abandonar o compromisso com as energias renováveis. “Nos colocamos como exportadores de petróleo, mas nossa matriz de combustíveis vai continuar tendo uma força imensa de biocombustíveis”. Ela citou a expressão usada por técnicos da área de petróleo, que chamam o pré-sal de “picanha azul”.
A ministra afirmou que a estabilidade política e econômica do Brasil torna atrativa a exploração do petróleo do pré-sal, além de este ser um país que respeita contratos. “Temos economia sofisticada, regime político estável, uma democracia que respeita os direitos humanos, que não faz guerras com seus vizinhos e não tem a prática de mudar as regras no meio do jogo - respeita os contratos”.
Em sua apresentação aos integrantes do CDES, Dilma falou sobre as diretrizes definidas pelo governo para tratar a questão do pré-sal. A primeira é assegurar que a renda do petróleo fique com o povo e o Estado brasileiro, a segunda que o país se torne um produtor e não um mero importador de máquinas e equipamentos. Por último, a consciência de não gastar indiscriminadamente os recursos da exploração do pré-sal, e sim investir em áreas sociais, como a educação.
“Não podemos achar que estamos imensamente ricos e sair por aí desperdiçando os recursos, temos de apostar basicamente no futuro”. E concluiu: “com base nessas três diretrizes, estamos definindo como vamos enfrentar o desafio que é transformar riqueza material em riqueza física, em riqueza social e humana”.
ABr
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