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Do Bodega Cultural
Nós já havíamos dito aqui que a Globo estava do lado dos golpistas hondurenhos, e não duvido que Micheletti esteja sendo assessorado por ela quanto ao caso da permanência de Zelaya na Embaixada do Brasil.
A Globo sempre esteve do lado dos golpistas, isso é fato, e para corroborar conosco, ontem (24) no Jornal Nacional, apresentado pelo casal, Willian Bonner e Fátima Bernardes -- agora muito mais a vontade para ancorar com mais naturalidade na tela, longe de qualquer traço de formalidade -- eles mostraram a situação crítica em que se encontra Honduras após o Brasil ter concedido abrigo ao presidente deposto, Manuel Zelaya, e informaram que a ação contra o presidente Manuel Zelaya foi baseada na Constituição Hondurenha.
A expressão na voz de Willian Bonner era de quem queria dizer: “não sei pra que tanta polêmica”.
Os patifes, digo, editores, assim como o déspota Micheletti, defendem que não houve golpe de Estado em Honduras, e para tentar convencer entrevistaram um especialista indicado por Micheletti (tem sempre um especialista escolhido a dedo), o analista político Rosedo fraga, que mora em Buenos Aires e afirma que, pela Constituição Hondurenha, se o presidente tenta a reeleição, ele já está cometendo um delito. E que a prisão de Zelaya foi uma decisão da Suprema Corte, que tem o papel de interpretar o que diz a Constituição.
Depois mostraram o artigo 237 que diz que o período presidencial é de apenas 4 anos, sem direito a reeleição, e ainda o artigo 239 que prevê que qualquer governante que faça uma proposta de reformar a Constituição para tentar se reeleger, deve perder o mandato de forma imediata, e ficar inelegível por dez anos.
Mas a Constituição é falha porque não prevê que tipo de punição deve ser aplicada ao transgressor. Bem que podia ser fuzilamento à moda antiga, ao gosto da Globo.
Mas o melhor estava por vir. Foi quando o repórter Carlos de Lannoy foi às ruas para mostrar uma passeata de meia dúzia de pró-golpistas (a turma do Cansei de lá), e não teve a menor parcimônia em entrevistar uma empresaria que se disse indignada com a posição do Brasil por ter dado abrigo a um criminoso.
Os pró-Zelaya a Globo não mostrou, certamente porque eles estão confinados em campos de concentração sendo torturados, ou na periferia, impossibilitados de serem filmados e entrevistados por Lannoy.
* Fonte: Bodega Cultural (http://www.bodegacultural.com/)
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