terça-feira, 20 de outubro de 2009

Berzoine:oposição está com inveja

O PT vai evitar chamar de “coordenação de campanha” o grupo de líderes petistas que tem se reunido semanalmente para discutir estratégias do partido na disputa pela Presidência, que tem a ministra Dilma Rousseff (Casa Civil) despontando como candidata. A cautela veio depois das ameaças da oposição de entrar com ação na Justiça para questionar suposto uso de dinheiro público para campanha eleitoral antecipada durante viagem do presidente Lula e Dilma Rousseff para “vistoriar” as obras de transposição do Rio São Francisco. O presidente do PT, deputado Ricardo Berzoini (SP), disse ao R7 que “não é razoável” falar em coordenação de campanha ainda em 2009.


Berzoni afirma que o partido vai fazer as coisas dentro da lei, mas reconhece uma pontinha de inveja da oposição em não participar da inauguração e supervisão de grandes obras como a do São Francisco e os projetos do PAC (Programa de Aceleração do Crescimento).

- Não acredito que haja qualquer motivo nessa viagem do São Francisco para ser questionado do ponto de vista legal. Não houve qualquer ato eleitoral. O que houve foi um ato político. Obviamente quem está excluído daquela atividade está no direito de ter opinião contrária, mas o fato é que foram atos puramente administrativos, de quem tem uma obra grande para mostrar.

Grande parte das obras do PAC será inaugurada no segundo semestre de 2010, e Berzoini defende que o presidente Lula esteja à frente de todas as inaugurações. Dilma, no entanto, terá que ter cuidado para não entrar em conflito com a Justiça Eleitoral.

- Naquilo que a lei permite inauguração de obras pelo presidente Lula ela fará. Não é evento eleitoral, é um evento de administração, Lula não é candidato a nada. Evidentemente que a ministra Dilma terá que respeitar os prazos da Justiça Eleitoral.

O PT vai apostar nos Estados em que Lula tem maior popularidade para apresentar Dilma como candidata da continuação. O desafio da ministra agora, segundo Berzoini, é tornar-se mais próxima dos movimentos sociais.

- Nós acreditamos que é preciso trabalhar nesse período uma inserção forte da Dilma no movimento social e também em áreas estratégicas onde o presidente Lula tem grande reconhecimento. Claro que tudo isso tem que ser feito com muito cuidado, porque não é campanha, por enquanto é um processo de pré-campanha. Também sabendo que é preciso se movimentar na política. Quem não se desloca não aparece.

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