O Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) divulgou hoje (19) análise técnica com um balanço sobre a crise financeira internacional, deflagrada em setembro de 2008, e seus possíveis desdobramentos. O trabalho, feito por pesquisadores do Ipea, destaca o reconhecimento mundial de que o Brasil saiu maior do episódio.
Ao divulgar o trabalho, o pesquisador Milko Matijascic, integrante do grupo técnico que o elaborou, disse que o Brasil reagiu à crise de maneira exemplar, principalmente porque deu prioridade a ações de cunho social, como a garantia de crédito pessoal por meio dos bancos públicos e a redução do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI), sobretudo para material de construção.
“O Brasil venceu as etapas mais difíceis da crise”, afirmou Matijascic. Ele reconheceu, entretanto, que “a fatura ainda não está ganha”, porque é possível que ainda haja reflexos da crise com impacto negativo para os países emergentes, em especial, por causa da deflação provocada nos Estados Unidos, no Japão, na China e em parte da União Europeia.
Na deflação, ocorre uma redução do nível geral de preços de um país e a moeda em circulação ganha valor relativamente às mercadorias, serviços e moedas estrangeiras. Isso é quase sempre lesivo à promoção de um nível mais sólido de atividade econômica, diz o Ipea. Em outras palavras, prejudica os países exportadores, pois os preços de seus produtos perdem competitividade.
Matijascic salientou que o Brasil é visto lá fora como exemplo de recuperação sustentada, tendo hoje uma situação mais cômoda, do ponto de vista macroeconômico, do que a maioria dos países. Ele enfatizou, contudo, que não se pode "deixar de monitorar a situação de turbulência ainda vivida pelos países desenvolvidos”.
O estudo do Ipea ressalta a existência de uma nova ordem econômica mundial pós-crise, com consolidação do Grupo dos 20 (G20) como foro privilegiado, no qual o Brasil, a China e a Índia passam a ser ouvidos de forma direta e a ter influência decisiva. Com isso, o outrora fechado grupo dos oito países mais desenvolvidos (G8) deverá ser naturalmente ampliado.
Agência Brasil
Ao divulgar o trabalho, o pesquisador Milko Matijascic, integrante do grupo técnico que o elaborou, disse que o Brasil reagiu à crise de maneira exemplar, principalmente porque deu prioridade a ações de cunho social, como a garantia de crédito pessoal por meio dos bancos públicos e a redução do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI), sobretudo para material de construção.
“O Brasil venceu as etapas mais difíceis da crise”, afirmou Matijascic. Ele reconheceu, entretanto, que “a fatura ainda não está ganha”, porque é possível que ainda haja reflexos da crise com impacto negativo para os países emergentes, em especial, por causa da deflação provocada nos Estados Unidos, no Japão, na China e em parte da União Europeia.
Na deflação, ocorre uma redução do nível geral de preços de um país e a moeda em circulação ganha valor relativamente às mercadorias, serviços e moedas estrangeiras. Isso é quase sempre lesivo à promoção de um nível mais sólido de atividade econômica, diz o Ipea. Em outras palavras, prejudica os países exportadores, pois os preços de seus produtos perdem competitividade.
Matijascic salientou que o Brasil é visto lá fora como exemplo de recuperação sustentada, tendo hoje uma situação mais cômoda, do ponto de vista macroeconômico, do que a maioria dos países. Ele enfatizou, contudo, que não se pode "deixar de monitorar a situação de turbulência ainda vivida pelos países desenvolvidos”.
O estudo do Ipea ressalta a existência de uma nova ordem econômica mundial pós-crise, com consolidação do Grupo dos 20 (G20) como foro privilegiado, no qual o Brasil, a China e a Índia passam a ser ouvidos de forma direta e a ter influência decisiva. Com isso, o outrora fechado grupo dos oito países mais desenvolvidos (G8) deverá ser naturalmente ampliado.
Agência Brasil
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