sexta-feira, 19 de março de 2010

O jeito Serra de governar:manifestação de professores em SP fecha avenida Paulista


A manifestação de professores da rede estadual de São Paulo, concentrada no vão do Masp (Museu de Arte Moderna de São Paulo) na tarde desta sexta-feira (19), paralisa, desde às 15h05, o tráfego da avenida Paulista. A assembleia irá decidir a continuidade da greve dos docentes, que já está no 12º dia.

De acordo com o tenente coronel Cerqueira, responsável pela operação, é estimado que o movimento tenha 8 mil participantes. Ja a Apeoesp (Sindicato dos Professores do Ensino Oficial de São Paulo) afirma que a manifestação já tem 20 mil docentes.


Segundo Maria Izabel Azevedo Noronha, presidente do sindicato, espera-se que o protesto tenha mais de 40 mil pessoas até o final. "Até o momento não há abertura de negociações com o Estado", diz ela.

No carro de som, entre as palavras de ordem, dirigentes fazem perguntas tais como: "Que notas damos ao Serra? E ao Paulo Renato?" Os manifestantes respondem: "Zero". "E aos professores?" "Dez". Houve, inclusive, uma performance de docentes maquiados de palhaço, que, segurando um caixão, simbolizavam o sepultamento da "paz financeira" dos docentes.

De acordo com a secretaria de Educação do Estado, a greve atinge menos de 1% dos docentes da rede. Não há previsão de encontro entre a pasta e o sindicato para negociação. O secretário da Educação, Paulo Renato Souza, em entrevista de 16 de março ao jornal O Estado de S. Paulo, disse que o movimento é "eminentemente eleitoral". Ontem (18), o governador José Serra havia afirmado ao jornal que a greve era um "trololó".

Reivindicações

De acordo com a Apeoesp, o movimento "busca reforçar a luta da categoria pelo atendimento das reivindicações na defesa da dignidade profissional".

Entre as principais bandeiras dos professores estão: reajuste salarial de 34,3%; incorporação de todas as gratificações, extensiva aos aposentados; plano de carreira; garantia de emprego; fim de avaliações para temporários; e realização de concursos públicos para a efetivação dos docentes.

A rede de São Paulo conta com mais de 220 mil professores e 5 milhões de alunos. Segundo a Apeoesp, os professores que compõem o comando de greve estão visitando as escolas para conversar com pais, alunos e professores, explicando o porquê da paralisação. Uol.

3 comentários:

Anônimo disse...

Entre as principais bandeiras dos professores estão: reajuste salarial de 34,3% (VARIAÇÂO DO PIB 2009=> -0,2%); incorporação de todas as gratificações, extensiva aos aposentados (INSS (Federal) ignora aposentados); plano de carreira; garantia de emprego (ESSA SACADA É BOA EM TEMPOS DE CRISE); fim de avaliações para temporários e realização de concursos públicos para a efetivação dos docentes (AFINAL, QUALIDADE É SÓ UM DETALHE!)

Anônimo disse...

Tem que ser mesmo muito imbecil para postar o comentário acima. Quer dizer que agora os professores é que são culpados pela falta de qualidade do ensino paulista. Os que enviaram para as escolas mapas errados e até livros pornográficos não tem nenhuma culpa! Seu raciocínio é fenomenal!

Anônimo disse...

Fenomenal é o SEU raciocínio!
O projeto valoriza professores competentes e dedicados, inclusive com pagamento de bônus. Quem não quer avaliação privilegia o comodismo e a falta de comprometimento. Entendeu agora? Será que o imbecil sou eu?