A cidade de São Paulo tem um subprefeito novo a cada 11 dias. Essa é a média encontrada por um levantamento feito pelo jornal O Estado de S. Paulo no Diário Oficial da Cidade desde o início da atual gestão de Gilberto Kassab (DEM), em janeiro de 2009.
Nesse período, foram 48 substituições no comando das subprefeituras do município. O número é considerado extremamente alto por especialistas, que acreditam que a rotatividade pode afetar aos serviços prestados pela Prefeitura.
Apenas cinco das 31 subprefeituras da cidade não tiveram o comando substituído neste intervalo. A campeã de trocas é a de M"Boi Mirim, que cobre uma das regiões mais podres da cidade. No entanto, a subprefeitura tem o maior orçamento entre as regionais. Lá, foram quatro trocas em cerca de um ano e meio — ou seja, cada subprefeito ficou no cargo por menos de cinco meses, em média.
A situação não é muito diferente em Parelheiros, Santo Amaro e Vila Mariana, também na zona sul, e Pinheiros, na zona oeste. No período, cada uma teve três trocas — ou um subprefeito por semestre.
De 2007 para cá, enquanto o orçamento municipal aumentou de R$ 22,3 bilhões para R$ 27 bilhões, a quantia repassada às subprefeituras diminuiu R$ 30 milhões. Assim, funções antes realizadas por elas, como a reforma de escolas e hospitais e o recapeamento de ruas, por exemplo, passaram a ser feitas diretamente pelas secretarias.
O coordenador de Projetos Especiais da Prefeitura, Sérgio Rondino, quer esvaziar o poder das subprefeituras — uma conquista legada do governo Marta. “O subprefeito é um delegado da Prefeitura que está lá para cumprir o programa proposto pelo próprio prefeito. Não tem sentido ele ter autonomia para inverter essa autoridade", tergiversa.
Da Redação Vermelho, com informações do O Estado de S. Paulo
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