sábado, 10 de julho de 2010

Vacarezza:"o governo Lula vai eleger Dilma"


A transferência de votos do presidente Lula para a candidata Dilma Rousseff (PT), considerada um dos fatores definidores das eleições 2010, começa a apresentar limitações nas últimas pesquisas eleitorais. Segundo o Datafolha, o potencial de transferência caiu de 14% para 8%, entre dezembro de 2009 e julho deste ano. Mas lideranças petistas ouvidas pelo Terra, em eventos recentes da candidatura Dilma, não acreditam na redução do manancial de votos lulistas. INTERESSANTE COMO O PIG ACEITA O DATAFOLHA COMO INSTITUTO INFALÍVEL, INCORRUPTÍVEL.

"Por que reduziu o número de eleitores que votariam no candidato indicado por Lula? Porque já transferiu. Isso só comprova a transferência", avalia José Eduardo Cardozo, coordenador jurídico da campanha. Líder do governo na Câmara, o deputado federal Cândido Vaccarezza avalia que "o governo Lula vai eleger Dilma". "Quem diz o contrário é mais torcedor do que analista. Serra ficou na oposição durante os oito anos de governo, enquanto Dilma esteve na Casa Civil. É lógico que os votos vão para ela".

O resultado da pesquisa espontânea do Ibope, realizada entre 27 e 30 de junho, aponta Lula com 12% das intenções de voto. Alguns petistas usam esse percentual para sustentar que ainda existe uma parcela lulista a ser atraída, desde que a sucessora se faça reconhecer como tal.

Articulador político de Dilma, e um dos mais influentes petistas junto à candidata, o ex-ministro da Fazenda Antonio Palocci se desvia de palpites. "Não há analista capaz de saber o potencial de transferência de votos. Só a realidade. Se é maior ou menor, não há ciência que te dê essa resposta", analisa Palocci.

Há ainda a teoria da comoção, esboçada pelo candidato do PT ao governo de São Paulo, o senador Aloizio Mercadante. "Quando o presidente Lula for à TV e começar a se despedir do povo brasileiro, vai haver uma comoção nacional e isso vai se traduzir numa transferência da popularidade para Dilma e para mim", aposta Mercadante.

Na primeira semana de campanha, no Sul e Sudeste do País, Dilma deu mostras de que dependerá da presença de Lula para empolgar a militância em mobilizações de rua. Tanto em Porto Alegre quanto em São Paulo, a petista ainda não demonstrou traquejo nos discursos e nas passeatas. Os dois podem estar outra vez no mesmo palanque na próxima semana, em Curitiba (PR), numa agenda em comum com o candidato do PDT ao governo do Paraná, Osmar Dias.

Terra Magazine

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