quinta-feira, 4 de novembro de 2010

Dilma Presidente do Brasil




Mulher, cidadã, militante marxista, eleita pelo povo contra a vontade da direita elitista.


A vitória é imensa e ultrapassa os limites nacionais, abrindo caminho no mundo, entre todos os povos e todas as culturas, ao vencer os arraigados preconceitos usados pelas elites poderosas e antidemocráticas que até agora dominaram os rumos da História. A América Latina com os seus recentes exemplos de mulheres Presidentes das Repúblicas que defendem a democracia oferece solo fértil para a consolidação desta conquista brasileira. E o espírito de integração latino-americana será reforçado com mais essa vitória que constroi a unificação dos povos no combate a todo tipo de segregação social e política.

A solidariedade cidadã é mais necessária agora, quando a vitória conquistada espicaça os rancores e perfídias que compõem os velhos preconceitos. A realidade não nos tranqüiliza, pois foram tais bandeiras, do sutil preconceito, que dividiram os votos no primeiro turno eleitoral e ainda deram mais de 40 mil votos ao candidato de oposição. A ignorância social e cultural, somada ao oportunismo político, ainda permanecem semeados no país e no mundo e recebem o continuado adubo do sistema capitalista que tem por essência a dominação elitista, escravista e anti-democrática, que faz permanente uso dos preconceitos, das calúnias, e dos medos abstratos para impedir o desenvolvimento da consciência cidadã libertadora.

Dilma mostrou ser forte e decidida em todos os períodos da sua vida, em que cresceu participando ativamente da história brasileira. Quiseram atribuir-lhe uma imagem de dureza desumana e insensível para defini-la como uma construção política de Lula. Toda a sua trajetória nesta campanha eleitoral desrespeitosa que a oposição esbanjou revelou o que uma mulher militante de esquerda é capaz de construir: o controle das emoções mais profundas, o equilíbrio racional fundamentado na ética, no respeito humano, no amor pelos seres que a cercam, no compromisso com o desenvolvimento da vida sem misérias e opressões. Dilma, como assinalou o Presidente Chaves, agigantou-se como líder latino-americana. E nós, no Brasil, assistimos ao seu caminho de crescimento como mulher brasileira, jovem cidadã militante, corajosa, criativa, que não esmorece perante a doença ou as mais sórdidas e falsas acusações que se sintonizam com as torturas que sofreu sob o tacão ditatorial. Torna-se um exemplo de mulher com sentimentos humanos e força sobre-humana, como as heroínas da história da humanidade.

No seu discurso de vitória no pleito nacional, prometeu honrar as mulheres brasileiras cumprindo a vocação que todas as cidadãs, todas as mães, todas as militantes sociais alimentam: o combate aos obstáculos existentes no caminho do desenvolvimento social, a miséria, a desnutrição, o atraso, a ausência de recursos para uma vida saudável e de liberdade para realizar os seus mais legítimos anseios de ser humano. As mulheres brasileiras que compreenderem este projeto gigante de libertação social vão se comprometer a honrar com a sua solidariedade, sentimentos e forças, colaborando com Dilma na governação da sociedade brasileira, participando das atividades sociais populares em prol do desenvolvimento democrático nacional.

* Cientista Social, consultora do Cebrapaz. Tem experiência de vida e trabalho no Chile, Portugal e Cabo Verde.

.

Nenhum comentário: