sexta-feira, 5 de novembro de 2010

A vitória de Dilma é a nossa vitória



Por: Sérgio Nobre*

A vitória de Dilma Rousseff revela, acima de tudo, que a maioria do povo brasileiro aprova e quer a continuidade de um projeto político e de governo que, nos últimos oito anos, tornou o Brasil maior, melhor, mais igual e mais justo. Ao obter a maior parte dos votos no primeiro e segundo turnos, a companheira Dilma prova que propostas e ações estão além de pessoas e nomes, ainda mais se esses nomes nada propõem nem fazem em benefício da maioria. As pessoas passam, mas os projetos ficam e seguem. Lula seguirá nos projetos de Dilma presidente.

Sob impacto da derrota, adversários tentarão desqualificar a vitória de Dilma ao dizer que ela, apesar de herdeira política do operário que se tornou o melhor presidente da história deste País, não conseguiu tantos votos quanto Lula em 2006 (58,2 milhões), mesmo com a sua extraordinária aprovação popular (96%). Mais uma distorção a figurar na lista indigna de mentiras da campanha eleitoral da oposição.

Dilma venceu não só por ter sido a escolhida de Lula, menos ainda por ser mulher. Foi eleita porque, com competência e verdade, esteve à frente desse projeto político e de governo inclusivo implementado nos oito anos de Lula. Ao presidente, lógico, os louros pelo duplo acerto na escolha de Dilma: para tocar com ele um Brasil melhor e para disputar a sua sucessão. À eleita, o reconhecimento pela coragem de enfrentar o preconceito por ser mulher e novata na política e pela competência, fibra e dignidade com as quais atravessou a campanha e conquistou o pleito.

Mas Dilma venceu mesmo porque contra fatos e ações verdadeiras não há mentira e boatos fortes o suficiente. E os fatos se impuseram em favor da petista e do povo: crescimento do emprego; valorização do salário mínimo; respeito aos trabalhadores, sindicatos e movimentos sociais; inclusão social; investimento na educação, segurança, moradia e saúde; fim da dívida com o FMI; aumento das reservas internacionais; da soberania; fortalecimento do Estado e do mercado interno.

É credenciada pela força incontestável desse projeto político que Dilma entrará para a história em 1° de janeiro de 2011 como a primeira mulher a assumir a Presidência da República no Brasil. Feito emblemático em um País que só depois de eleger o primeiro operário ao governo central instituiu lei (Maria da Penha) que efetivamente coíbe, combate e pune a violência doméstica contra as mulheres.

Dilma Rousseff tem a partir de agora a tarefa de proteger e ampliar o legado que Lula deixará para a população brasileira. Ao contrário do operário que assumiu em 2002 um Brasil com cenário de terra arrasada pelo desemprego, privatizações e endividamento externo, ela subirá a rampa do Palácio do Planalto levando nas mãos a colheita dos frutos semeados por Lula e sua equipe, ela à frente. Um legado que combinou, com sucesso reconhecido internacionalmente, crescimento econômico, distribuição de renda e justiça social.

A exemplo do que ocorreu duas vezes com Lula, a classe trabalhadora comemora a vitória de Dilma Rousseff com a certeza de que ela fará pela população brasileira, em especial a mais necessitada, tanto quanto fez este ex-metalúrgico do ABCD, pois ambos comungam o mesmo ideal de um Brasil mais igual e mais justo.

* Sérgio Nobre, presidente do Sindicato dos Metalúrgicos do ABC


Fonte:ABCD Maior

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