WikiLeaks revela questionário de Hillary sobre relações Irã-América Latina
Felipe Corazza
2 de dezembro de 2010
Até onde vai a cooperação dos países latino-americanos e organizações da região com o Irã de Mahmoud Ahmadinejad? O vazamento de mais um documento no WikiLeaks mostra que a preocupação dos Estados Unidos com a questão é grande. O comunicado revelado pelo site de Julian Assange foi produzido em 2009 e deveria permanecer secreto até 2034. O texto é um questionário assinado pela secretária de estado americana, Hillary Clinton, e foi enviado a todos os embaixadores do país na América Latina, além do serviço de inteligência em Havana e aos representantes no Irã.
De acordo com o comunicado, que tem a identificação 09STATE6423, “analistas de Washington asseguram que Teerã mira países latino-americanos para tentar reduzir seu isolamento diplomático e intensificar os laços com os países esquerdistas da região”. Mais adiante, o “briefing” que precede o questionário aponta a Venezuela como o mais provável porto-seguro dos iranianos na América Latina. Tudo conforme a cartilha antichavista vigente.
Iniciando a inquirição, Hillary quer saber quais são “os países, grupos e indivíduos vistos pelo Irã como apoio na região”. Apoio, explica, tanto no sentido econômico quanto nos sentidos ideológicos e territoriais. Também é perguntado se Teerã pretende utilizar a América Latina como uma base para ataques terroristas, diretamente ou por meio de terceiros.
Outras perguntas seguem, antes que entrem as questões específicas para observadores latino-americanos: “O que a América Latina quer do Irã?”. Quatro governos são citados como dignos de atenção especial: Venezuela, Bolívia, Equador e Nicarágua. “Especialmente, mas não limitada a eles”, ressalta, vai outra pergunta: “Que tipo de auxílio financeiro ou transferências de dinheiro Teerã tem enviado a governos latino-americanos?”.
As dúvidas da secretária de Estado chegam a um ponto curioso quando fala do Irã como possível vítima de mais uma guerra: Até que ponto os países da América Latina “estão dispostos a ajudar os Estados Unidos contra o alvo Irã?”. Hillary encerra o longo questionário perguntando, ainda, se o governo iraniano estabeleceu relações com grupos indígenas na região, e se está envolvido com atividades ilícitas como o narcotráfico.
Vale lembrar que, por enquanto, as respostas dadas a tais perguntas não foram publicadas pelo WikiLeaks. A América Latina aguarda ansiosamente.
Felipe Corazza
2 de dezembro de 2010
Até onde vai a cooperação dos países latino-americanos e organizações da região com o Irã de Mahmoud Ahmadinejad? O vazamento de mais um documento no WikiLeaks mostra que a preocupação dos Estados Unidos com a questão é grande. O comunicado revelado pelo site de Julian Assange foi produzido em 2009 e deveria permanecer secreto até 2034. O texto é um questionário assinado pela secretária de estado americana, Hillary Clinton, e foi enviado a todos os embaixadores do país na América Latina, além do serviço de inteligência em Havana e aos representantes no Irã.
De acordo com o comunicado, que tem a identificação 09STATE6423, “analistas de Washington asseguram que Teerã mira países latino-americanos para tentar reduzir seu isolamento diplomático e intensificar os laços com os países esquerdistas da região”. Mais adiante, o “briefing” que precede o questionário aponta a Venezuela como o mais provável porto-seguro dos iranianos na América Latina. Tudo conforme a cartilha antichavista vigente.
Iniciando a inquirição, Hillary quer saber quais são “os países, grupos e indivíduos vistos pelo Irã como apoio na região”. Apoio, explica, tanto no sentido econômico quanto nos sentidos ideológicos e territoriais. Também é perguntado se Teerã pretende utilizar a América Latina como uma base para ataques terroristas, diretamente ou por meio de terceiros.
Outras perguntas seguem, antes que entrem as questões específicas para observadores latino-americanos: “O que a América Latina quer do Irã?”. Quatro governos são citados como dignos de atenção especial: Venezuela, Bolívia, Equador e Nicarágua. “Especialmente, mas não limitada a eles”, ressalta, vai outra pergunta: “Que tipo de auxílio financeiro ou transferências de dinheiro Teerã tem enviado a governos latino-americanos?”.
As dúvidas da secretária de Estado chegam a um ponto curioso quando fala do Irã como possível vítima de mais uma guerra: Até que ponto os países da América Latina “estão dispostos a ajudar os Estados Unidos contra o alvo Irã?”. Hillary encerra o longo questionário perguntando, ainda, se o governo iraniano estabeleceu relações com grupos indígenas na região, e se está envolvido com atividades ilícitas como o narcotráfico.
Vale lembrar que, por enquanto, as respostas dadas a tais perguntas não foram publicadas pelo WikiLeaks. A América Latina aguarda ansiosamente.
Felipe Corazza
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