segunda-feira, 6 de dezembro de 2010

Reforma política de verdade, já!


Fala-se muito em reforma política no Brasil.


Concordo que se deve falar mesmo, afinal, do jeito que está não pode ficar.


Agora, reforma politica sem o fim do instituto da reeleição, sem a imposição de fidelidade partidária de verdade, sem proibição de prefeito itinerante, sem redução do número de partido, sem proibição do nepotismo, sem a proibição de um candidato eleito exercer o mandato na sua integralidade, sem a limitação de número de mandato, não é considerada reforma política.É um arremedo de reforma, nada mais.


Primeiro, já está provado que a reeleição é um câncer que precisa ser extirpado do nosso Sistema Eleitoral.Atualmente, o político vence uma eleição e já fica pensando na sua reeleição, enquanto isso deixa de fazer as coisas importantes que têm de fazer em prol da população.Isso ocorre nas três esferas da federação.O grande causador da instituição desse câncer no Brasil foi o nefasto FHC.


Segundo, grande parte das mazelas que ocorre neste país se deve a ausência de fidelidade partidária.Hoje, um político vence uma eleição, na outra eleição se candidata por um outro partido.Pela reforma politica que sonho, se o candidato sair de um partido tem que, obrigatoriamente, renunciar ao cargo conquistado.A traíra Marina da Silva é exemplo claro dessa verdadeira putaria.A maldita conquistou a eleição pelo PT, saiu, na maior cara de pau, do partido e foi ser oposição ao partido que o elegeu, mais, uniu-se aos demotucanos para derrotar uma candidata que havia pouco tempo tinha sido sua colega no ministério do estadista Lula.Isso não existe, é falta de ética total. Um político que se pretende honesto não compactua com uma safadeza dessas.Há outros exemplos de trairagem por este meu Brasil afora.


Terceiro, a figura do prefeito itinerante tem que acabar.Nos dias atuais, alguns prefeitos, sem um mínimo caráter, sai pulando de cidade em cidade para se manter no cargo indefinidamente.Aqui em Pernambuco há casos exemplares.Conheço dois prefeitos que já rodaram toda Região Metropolitana do Recife exercendo o cargo de prefeito.Um já vai governando seis prefeituras, o outro, duas.Um é do PSB, o outro, para não fugir à regra, é do PSDB.A lei podia alargar a proibição de prefeito intinerante a político que pretende um outro cargo que não o de prefeito.Em sendo estendido a referida proibição, Roberto Freire estaria sem mandato.Para que não sabe, Roberto Freire, vendo que o povo pernambucano não votaria mais nele, concorreu ao cargo de deputado pelo estado de São Paulo, o mesmo que elegeu Tiririca, e venceu folgadamente a eleição.


Quarto, urge que se dê um basta nessa danação de partido hoje existente.Na minha opinião, bastaria catalogar os partidos por ideologia:Esquerda, centro esquerda, centro direita, extrema esquerda.Direita, centro, extrema direita.Não faz sentido o PT, PC do B, PV, PDT, PSB ficarem em siglas separadas.Assim como não faz sentido o Psol, o PSTU, o PCO ficarem também em partidos separados.No lado da direita vale o mesmo raciocínio.Não faz sentido o DEM, o PPS, o PMDB, o PTB, o PP, o PR ficarem em siglas distintas.Em sendo adotado esse critério, essas brigas entre partidos aliados não mais existiriam ou diminuiriam muito.O cientista político Roberto Shimitt defende uma posição semelhante à minha.


Quinto, já que foi implantado no Brasil o nepotismo para servidor que ingressa no serviço público através de filiação parentesca, é chegada a hora de estender essa proibição para aquele que pretende seguir a carreira política do parente.Para mim, tanto é aético um filho de um prefeito exercer o cargo no Poder Executivo, como também é aético esse mesmo filho seguir a carreira política do pai.Com esta proibição, os Maias, os Efrains, os Magalhães, os Neves, os Simons, os Garotinhos, os Virgílio, os Arraes de Alencar, os Alcântaras, os Malufs, os Jeffersons,os Cavalcantis, os Mendonças, os Negromontes, os Vasconcelos, os Costas, os Calheiros seriam varridos do mapa.


Sexto, a lei deve obrigar o candidato eleito exercer o mandato na sua inteireza.Nada justifica o político receber o voto do povo para desempenhar o cargo de prefeito e esse político cafajeste depois renuncia e vai concorrer ao cargo de governador.Serra é exemplo eloquente dessa safadeza.O vampiro venceu a eleição para prefeito de São Paulo, assinou um documento em cartório dizendo que governaria até o fim do mandato, depois, sem nenhum escrúpulo, candidatou-se ao cargo de governador.Para completar a safadeza, renunciou ao cargo de governador para se candidatar ao cargo de presidente.Ainda bem que o povo mandou esse mau-caráter para puta que pariu.


Sétimo, na minha opinião, o exercício do mandato dever ter limite.Ninguém poderia se candidatar mais de duas vezes ao cargo de prefeito, deputado, presidente, vereador, senador, governador.Hoje há políticos que exercem mandatos desde a época do Império.Isso não existe.A política, assim como o lixo, precisa ser reciclada.


É verdade que medidas como essas não acabariam totalmente com as nossas mazelas, mas, seguramente, iriam melhorar, e muito, nosso Sistema Eleitoral.

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