sábado, 22 de janeiro de 2011

Dilma muda rotina na próxima semana



São Paulo, Porto Alegre e Buenos Aires estão na agenda da presidente, que normalmente tem se dedicado a reuniões no Planalto, com raras aparições públicas

Por: Redação da Rede Brasil Atual


São Paulo – A presidente da República, Dilma Rousseff, quebra na próxima semana a rotina que vem desenhando nas primeiras semanas de mandato, com três viagens em sete dias. Até agora, Dilma realizou apenas uma viagem, para a região serrana do Rio de Janeiro, afetada pela chuva que matou mais de 750 pessoas até agora.

A viagem do dia 13 foi, também, uma das poucas ocasiões em que a presidente fez declarações desde sua posse, no dia 1º deste ano. "A moradia em zona de risco é regra, e não exceção. Não há como revolver o problema se não oferecer alternativas. A política habitacional que nós fizemos foca em quem precisa mais", declarou à ocasião.

Agora, se não houver alteração na agenda fornecida pelo Palácio do Planalto, Dilma passará por São Paulo, Porto Alegre e Buenos Aires em um espaço de sete dias. Na terça-feira (25), de acordo com a assessoria de imprensa presidencial, haverá uma solenidade em homenagem ao ex-vice-presidente José Alencar durante as comemorações do aniversário de São Paulo. O assessor de Alencar confirma a intenção de que se realize o evento, mas a presença do político mineiro ainda depende da evolução de seu quadro de saúde.

Na quinta-feira (27), Dilma participa de homenagem em memória das vítimas do Holocausto. O evento será realizado na capital gaúcha pela Confederação Israelista do Brasil (Conib) atendendo a resolução da Organização das Nações Unidas (ONU) que lembra a libertação dos prisioneiros do campo de extermínio de Auschwitz, na Polônia.

Depois disso, em sua primeira viagem internacional, a presidente visita a Argentina. Ao postergar as missões a nações europeias e aos Estados Unidos e confirmar também visitas a Uruguai, Paraguai e Peru, Dilma sinaliza que vai manter a ênfase de sua política externa nas relações com a América do Sul e, em especial, com as nações pobres ou emergentes. Ao mesmo tempo, será uma visita à única mulher, além da própria brasileira, que atualmente exerce a chefia de um Estado da região.

Um dos temas centrais da passagem por Buenos Aires serão as políticas sociais desenvolvidas pelo Brasil na última década, indicando que este é o caminho para um desenvolvimento equilibrado da região.

Quando visitou a capital argentina, no último dia 17, o ministro das Relações Exteriores, Antonio Patriota, informou que devem ser tratadas ainda propostas de integração nas áreas energética e econômica. Para isso, Dilma deve levar pelo menos quatro ministros. O assunto mais concreto até o momento é a construção do complexo hidrelétrico de Garabi, entre a província de Corrientes e o estado do Rio Grande do Sul. A usina, cujas obras serão iniciadas em 2012, tem previsão de gerar 2.900 megawatts.

Se há aresta a ser aparada, trata-se da questão do Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas (ONU). O Brasil almeja uma reforma do máximo órgão da ONU para ocupar um dos novos assentos permanentes a serem criados, mas parte da diplomacia argentina acredita que o ideal seria obter um assento a ser revezado entre os países sul-americanos.

Um comentário:

GILBERTO disse...

É de vital importância geopolítica a visita da nossa presidenta a Cristina Kirchner.

A reeleição dela é fundamental para a manutenção das forças progressistas no Cone Sul e uma afirmação do nosso papel de liderança na América Latina.