quinta-feira, 3 de novembro de 2011

Dilma defende proposta da OIT para 'Bolsa Família' global


DA BBC BRASIL



A presidente Dilma Rousseff defendeu nesta quinta-feira (3), durante a reunião de cúpula do G20 em Cannes, na França, uma antiga proposta da OIT (Organização Internacional do Trabalho) para estabelecer uma espécie de programa de renda mínima global, em moldes semelhantes ao programa brasileiro do Bolsa Família.


Dilma disse que "o Brasil tem uma experiência exitosa de enfrentar a crise com inclusão social e geração de empregos" e sugeriu que esse seria um caminho possível para o combate às crises econômicas.


"A inclusão de 40 milhões de pessoas na classe média foi não somente um impositivo moral, mas também uma questão de eficiência econômica", afirmou.


Segundo ela, é por essa razão que o país "apoia a tese da OIT de que um piso único de renda global não é filantropia, mas é uma rede de proteção mundial fundamental para enfrentar a crise e que tem um efeito inequívoco contra a crise".


De acordo com a OIT, a proposta oficialmente chamada de Piso de Proteção Social "prevê que cada país deveria incluir na oferta de serviços básicos de saúde, independentemente de contribuição, o pagamento de um benefício básico para famílias com crianças --a exemplo do que o governo brasileiro garante com o pagamento do Bolsa Família, benefícios assistenciais para pobres e desempregados e a manutenção das políticas de garantia de renda para idosos, viúvos, órfãos e inválidos".


A proposta da OIT já havia sido endossada pelo presidente francês, Nicolas Sarkozy, anfitrião do encontro, no início do ano.


TAXA


A presidente brasileira disse ainda em seu discurso que apoia outra proposta defendida pela França, da criação de uma taxa global sobre operações financeiras para bancar programas sociais, desde que ela venha em conjunto com a aprovação da proposta do piso global.


"O Brasil não se opõe a uma taxa financeira mundial se isso (a proposta da OIT) for consenso entre os países a favor da ampliação dos investimentos sociais", afirmou Dilma.


Em um pronunciamento após o encontro, Sarkozy, na condição de presidente de turno do G20, se disse animado com o apoio declarado à proposta da taxa financeira global e citou especificamente os apoios manifestados por Dilma e pela presidente da Argentina, Cristina Kirchner, durante a reunião.

3 comentários:

Neto disse...

E a mídia+oposição insite na velha tese da corrupção para colocar essa pecha no governo da presidente Dilma.

Nem a oposição, nem a mídia financiada por eles, estão preocupadas com a questão ética no país (a tal da faxina). É só papo furado deles. Corrupção que nada! Eles estão brigando é por 2014. Mas vão perder de novo.

ADRIANO ALMEIDA disse...

O bando de abutre da mídia venal fez insinuações em seus portais como sendo uma suposta gafe de Dilma no G20.
A sociedade terá que se mobilizar para que possamos nos livrar dessa ditadura da mentira e descalabro. Por uma lei de regulação da mídia o mais breve possível.

Maria Amélia Martins Branco disse...

O melhor de tudo foi que o Sarkosy disse para a Presidenta Dilma que a França ama Lula,foi uma paulada na cabeça dessa gentalha,enquanto a França ama Lula essa "gente diferenciada" morre de inveja, de despeito do reconhecimento do nosso Lula. Lei de Mídias URGENTE.