terça-feira, 8 de novembro de 2011

Herança bendita de Lula

ONU exportará modelo brasileiro de combate à fome para América Latina e África
 

O Programa Mundial de Alimentos da ONU (PMA) pretende aproveitar a experiência do Brasil na luta contra a fome e exportar o modelo para regiões da África, Ásia e América Latina. "O Brasil é um magnífico exemplo, principalmente para o continente africano, porque nos últimos anos tirou 30 milhões de pessoas da pobreza e da fome", disse a diretora do PMA, Josette Sheeran, em entrevista à agência "EFE".

O PMA inaugurou nesta segunda-feira (7) em Salvador um "centro de excelência contra a fome" orientado a promover a cooperação entre países com o propósito de desenvolver planos nacionais de alimentação escolar e fomentar a segurança alimentar. Josette ressaltou o investimento do governo brasileiro para impulsionar planos como o Fome Zero, criado em 2003 para garantir a alimentação diária de milhões de pessoas, e o Bolsa Família.

"Queremos exportar para outros países a fortaleza demonstrada pelo Brasil na luta contra a fome e a desnutrição. Essa experiência deve ser aproveitada", acrescentou. A iniciativa colaborará com governos como o de Moçambique e o de Mali com o objetivo de fomentar programas de troca de informação sobre as merendas escolares e práticas de alimentação nas escolas.

A visita de Josette ao Brasil coincide com a realização da 4ª Conferência Nacional de Segurança Alimentícia e Nutricional, que desde esta segunda-feira reúne em Salvador mais de duas mil pessoas para avançar no compromisso de garantir o direito a uma alimentação adequada e saudável.

A diretora do PMA externou sua preocupação pela crise alimentícia no Chifre da África e defendeu o aumento do investimento com o objetivo de garantir a ajuda humanitária na região.

"Em países como a Somália existe uma situação muito delicada. É preciso atuar e trabalhar juntos", destacou a diretora do PMA.

No último mês de julho, a ONU declarou oficialmente o estado de crise de fome em duas regiões do sul da Somália que afeta cerca de quatro milhões de pessoas, o que provocou o deslocamento de 100 mil deles a outros locais do país na busca por comida e água.

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