Eu, mesmo cansado de viagem, vou dizer um negócio:enquanto esse governo covarde do PT não botar freio nessa concentração de mídia do Brasil, vai acontecer de tudo para calar os blogueiros independentes(nem falo de mim, porque sei que este blog não tem repercussão alguma).O que ocorreu com Azenha é o mínimo em relação ao que está por vir.Pena que grande parte dos membros do Poder Judiciário seja conivente com esse estado de coisas.O caso do juiz que condenou Amauri Júnior por causa do livro Privataria Tucana diz tudo.E não adianta os blogueiros progressistas ficarem pedindo uma Lei dos Meios de Comunicação que não vai ocorrer nunca.Primeiro, como disse no início da postagem, porque o governo do PT é frouxo.Segundo, porque o Congresso Nacional é repleto de políticos detentores de vários meios de comunicação.Esses corruptos, canalhas, traficantes, escravocratas nunca, jamais aceitarão uma lei regulamentando a mídia.Simples assim.Tenho até vontade de fazer o que Azenha fez:encerrar este blog.
domingo, 31 de março de 2013
Movimento convoca reunião em defesa do 'Viomundo'
Jornalista da Record Luiz Carlos Azenha anunciou fim do blog após ser condenado a indenizar em R$ 30 mil o diretor da Globo Ali Kamel; evento está marcado para a próxima terça-feira, em São Paulo, e propõe, além de coleta de dinheiro para saldar a dívida, acionar parlamentares para a denúncia de perseguição da Globo à blogosfera
247, com Rede Brasil Atual - Um movimento surgido neste sábado 30 nas redes sociais está convocando uma reunião em defesa do Blog Viomundo para as 17h de terça-feira (2) na sede do Centro de Estudos de Mídia Alternativa Barão de Itararé – rua Rego Freitas, 454, 1º andar, República, Centro de São Paulo.
Na sexta-feira (29) à noite, após tomar conhecimento de que perdera uma ação judicial movida por Ali Kamel, diretor da Central Globo de Jornalismo, o jornalista Luiz Carlos Azenha, responsável pelo Viomundo, anunciou o fim do blog.
Azenha argumenta que não tem como pagar os R$ 30 mil impostos pela sentença, mais os gastos que terá com advogados para recorrer em outras instâncias, e, ao mesmo tempo, manter o blog.
O ato propõe:
1 - acionar parlamentares para a denúncia da perseguição da Globo à blogosfera;
2 - campanha via internet de coleta da grana para saldar a multa de R$ 30 mil;
3 - atos na Globo contra a censura e em defesa da liberdade de expressão. 26/4 - aniversário da emissora;
4 - acionar relator da ONU para liberdade de expressão para denunciar censura da TV Globo
Blogosfera sob ataque
Hoje, os blogs, ditos progressistas, são o único contraponto à Globo & Famíglia. Enquanto o oligopólio inconstitucional deita e rola, impondo meias verdades e inteiras mentiras sobre os fatos, a realidade transborda das páginas da blogosfera e se espalha pelas redes sociais. E isso apavora os Marinho, Frias, Cívitas e Mesquitas que vêem sua hegemonia desmoronar diariamente.
Pensa bem: até o surgimento da Internet, quais eram os veículos de comunicação não nascidos do ventre da ditadura ou do início da “não ditadura” de Sarney, Collor, Itamar e FHC? Eram os chamados nanicos – que, como o nome já diz, tinham estruturas financeiras precárias e dificuldades enormes de distribuição – já que as distribuidoras também eram alinhadas ao PiG. Lidos por algumas milhares de pessoas, e olhe lá!… os nanicos eram a única voz que se contrapunha ao discurso oficialesco da quadrilha midiática instalada pela ditadura no Brasil pós 64. Movimento, Pasquim, Em Tempo, Ex, e tantos outros que fizeram a história da resistência em meio às trevas, foram sufocados financeiramente. Um por um.
Hoje o que nos salva da infame lavagem cerebral da Globo & Famiglia, são blogueiros como Luis Carlos Azenha, Paulo Henrique Amorim, Rodrigo Vianna, Eduardo Guimarães entre outros, que José Serra chama de “sujos”. Até pouco tempo, eu fazia uma romaria diária por seus blogs – leitura obrigatória para quem busca pontos de vista mais honestos e comprometidos com a verdade. Usava o Reader do Google (agora uso o Feedly) para reunir meus preferidos na mesma janela. Mas, a cada dia que passa, percebo que venho usando menos o leitor de feeds. Porque hoje, através das redes sociais, as postagens dos meus blogs favoritos vêm a mim naturalmente, repercutidas por meus “amigos” virtuais: são o meu leitor de feeds – assim como estou certo que muitos lêem textos repercutidos por mim.
Diz-me quem adicionas e dir-te-ei o que lês.
Hoje vemos um dos melhores jornalistas do país, Luis Carlos Azenha, ser vítima da máfia midiática liderada pela Globo. Chegamos ao limite da hipocrisia: uma potência midiática intercontinental como a Globo, vagabunda jornalisticamente falando, devedora do fisco aliás, e ladra do espectro eletro-magnético do povo brasileiro, segue impunemente intimidando quem não é de sua laia, arrotando SUA liberdade de expressão.
Sinto vergonha por essa imprensa rasa, gangrena imoral que infestou até o nosso judiciário e motivo de chacota da imprensa mundial. Mas aqui, nas redes sociais, todos os caríssimos e verdadeiros jornalistas sempre terão voz. Se Azenha escrever publicaremos no Face, encaminharemos por email a todos os nossos contatos e colaremos em todos os espaços possíveis.
Coronéis da informação e carrascos da pluralidade de pensamento ainda vão pagar muito caro pelo desserviço que prestam ao país. Cedo ou tarde, com a democratização ou não dos meios de comunicação, as ferramentas que nos tornam livres on line vão cumprir seu papel. A blogosfera não será intimidada. E os nossos melhores blogueiros sempre estarão presentes.
Aqui, o último e comovente post do gigante Luis Carlos Azenha. Divulguem em todos os espaços possíveis e para todos os amigos, contatos e conhecidos.
A Globo pode calar alguns por algum tempo, mas jamais calará a todos por todo o tempo.
Fonte:O que será que me dá?
Globo cala jornalista
Vou usar este espaço hoje, para solidarizar-me com Luiz Carlos Azenha, um correto e honesto jornalista, que edita um dos mais respeitados blogs da mídia alternativa brasileira, o Viomundo.
Azenha, que deixou a Globo em 2006, “enojado” com a parcialidade da emissora na cobertura da campanha eleitoral daquele ano, vinha incomodando os poderosos da antiga emissora, porque sabia demais.
Foi testemunha ocular e auditiva de um sem número de manobras praticadas no submundo do jornalismo global, cujo feitor era (e continua sendo) Ali Kamel, o homem encarregado pela família Marinho de reescrever a história recente do Brasil a partir da ótica do Jardim Botânico, numa operação destinada a limpar o passado comprometido da emissora com a ditadura militar.
Azenha - que não recebe um tostão dos anunciantes que fazem a fortuna da grande mídia - foi penalizado pela Justiça que o condenou a pagar R$ 30 mil ao subserviente Ali Kamel. Na última sexta-feira, Azenha anunciou o fechamento de seu blog, por falta de condições financeiras de brigar contra o poder da Globo.
Azenha jogou a toalha, mas estou certo de que seu exemplo de determinação e coragem vai germinar e fortalecer a luta pela democratização dos meios de comunicação no Brasil. Leia aqui a nota em que Azenha explica as razões que o levam a desistir do Viomundo.
Globo consegue o que a ditadura não conseguiu: calar imprensa alternativa
por Luiz Carlos Azenha
Meu advogado, Cesar Kloury, me proíbe de discutir especificidades sobre a sentença da Justiça carioca que me condenou a pagar 30 mil reais ao diretor de Central Globo de Jornalismo, Ali Kamel, supostamente por mover contra ele uma “campanha difamatória” em 28 posts do Viomundo, todos ligados a críticas políticas que fiz a Kamel em circunstâncias diretamente relacionadas à campanha presidencial de 2006, quando eu era repórter da Globo.
Lembro: eu não era um qualquer, na Globo, então. Era recém-chegado de ser correspondente da emissora em Nova York. Fui o repórter destacado para cobrir o candidato tucano Geraldo Alckmin durante a campanha de 2006. Ouvi, na redação de São Paulo, diretamente do então editor de economia do Jornal Nacional, Marco Aurélio Mello, que tinha sido determinado desde o Rio que as reportagens de economia deveriam ser “esquecidas”– tirar o pé, foi a frase — porque supostamente poderiam beneficiar a reeleição de Lula.
Vi colegas, como Mariana Kotscho e Cecília Negrão, reclamando que a cobertura da emissora nas eleições presidenciais não era imparcial.
Um importante repórter da emissora ligava para o então ministro da Justiça, Márcio Thomaz Bastos, dizendo que a Globo pretendia entregar a eleição para o tucano Geraldo Alckmin. Ouvi o telefonema. Mais tarde, instado pelo próprio ministro, confirmei o que era também minha impressão.
Pessoalmente, tive uma reportagem potencialmente danosa para o então candidato a governador de São Paulo, José Serra, censurada. A reportagem dava conta de que Serra, enquanto ministro, tinha autorizado a maior parte das doações irregulares de ambulâncias a prefeituras.
Quando uma produtora localizou no interior de Minas Gerais o ex-assessor do ministro da Saúde Serra, Platão Fischer-Puller, que poderia esclarecer aspectos obscuros sobre a gestão do ministro no governo FHC, ela foi desencorajada a perseguí-lo, enquanto todos os recursos da emissora foram destinados a denunciar o contador do PT Delúbio Soares e o ex-ministro da Saúde Humberto Costa, este posteriormente absolvido de todas as acusações.
Tive reportagem sobre Carlinhos Cachoeira — muito mais tarde revelado como fonte da revista Vejapara escândalos do governo Lula — ‘deslocada’ de telejornal mais nobre da emissora para o Bom Dia Brasil, como pode atestar o então editor Marco Aurélio Mello.
Num episódio específico, fui perseguido na redação por um feitor munido de um rádio de comunicação com o qual falava diretamente com o Rio de Janeiro: tratava-se de obter minha assinatura para um abaixo-assinado em apoio a Ali Kamel sobre a cobertura das eleições de 2006.
Considero que isso caracteriza assédio moral, já que o beneficiado pelo abaixo-assinado era chefe e poderia promover ou prejudicar subordinados de acordo com a adesão.
Argumentei, então, que o comentarista de política da Globo, Arnaldo Jabor, havia dito em plena campanha eleitoral que Lula era comparável ao ditador da Coréia do Norte, Kim Il-Sung, e que não acreditava ser essa postura compatível com a suposta imparcialidade da emissora. Resposta do editor, que hoje ocupa importante cargo na hierarquia da Globo: Jabor era o “palhaço” da casa, não deveria ser levado a sério.
No dia do primeiro turno das eleições, alertado por colega, ouvi uma gravação entre o delegado da Polícia Federal Edmilson Bruno e um grupo de jornalistas, na qual eles combinavam como deveria ser feito o vazamento das fotos do dinheiro que teria sido usado pelo PT para comprar um dossiê contra o candidato Serra.
Achei o assunto relevante e reproduzi uma transcrição — confesso, defeituosa pela pressa – no Viomundo.
Fui advertido por telefone pelo atual chefão da Globo, Carlos Henrique Schroeder, de que não deveria ter revelado em meu blog pessoal, hospedado na Globo.com, informações levantadas durante meu trabalho como repórter da emissora.
Contestei: a gravação, em minha opinião, era jornalisticamente relevante para o entendimento de todo o contexto do vazamento, que se deu exatamente na véspera do primeiro turno.
Enojado com o que havia testemunhado ao longo de 2006, inclusive com a represália exercida contra colegas — dentre os quais Rodrigo Vianna, Marco Aurélio Mello e Carlos Dornelles — e interessado especialmente em conhecer o mundo da blogosfera — pedi antecipadamente a rescisão de meu contrato com a emissora, na qual ganhava salário de alto executivo, com mais de um ano de antecedência, assumindo o compromisso de não trabalhar para outra emissora antes do vencimento do contrato pelo qual já não recebia salário.
Ou seja, fiz isso apesar dos grandes danos para minha carreira profissional e meu sustento pessoal.
Apesar das mentiras, ilações e tentativas de assassinato de caráter, perpretradas pelo jornal O Globo* e colunistas associados de Veja, friso: sempre vivi de meu salário. Este site sempre foi mantido graças a meu próprio salário de jornalista-trabalhador.
O objetivo do Viomundo sempre foi o de defender o interesse público e os movimentos sociais, sub-representados na mídia corporativa. Declaramos oficialmente: não recebemos patrocínio de governos ou empresas públicas ou estatais, ao contrário da Folha, de O Globo ou do Estadão. Nem do governo federal, nem de governos estaduais ou municipais.
Porém, para tudo existe um limite. A ação que me foi movida pela TV Globo (nominalmente por Ali Kamel) me custou R$ 30 mil reais em honorários advocatícios.
Fora o que eventualmente terei de gastar para derrotá-la. Agora, pensem comigo: qual é o limite das Organizações Globo para gastar com advogados?
O objetivo da emissora, ainda que por vias tortas, é claro: intimidar e calar aqueles que são capazes de desvendar o que se passa nos bastidores dela, justamente por terem fontes e conhecimento das engrenagens globais.
Sou arrimo de família: sustento mãe, irmão, ajudo irmã, filhas e mantenho este site graças a dinheiro de meu próprio bolso e da valiosa colaboração gratuita de milhares de leitores.
Cheguei ao extremo de meu limite financeiro, o que obviamente não é o caso das Organizações Globo, que concentram pelo menos 50% de todas as verbas publicitárias do Brasil, com o equivalente poder político, midiático e lobístico.
Durante a ditadura militar, implantada com o apoio das Organizações Globo, da Folha e do Estadão— entre outros que teriam se beneficiado do regime de força — houve uma forte tentativa de sufocar os meios alternativos de informação, dentre os quais destaco os jornais Movimento e Pasquim.
Hoje, através da judicialização de debate político, de um confronto que leva para a Justiça uma disputa entre desiguais, estamos fadados ao sufoco lento e gradual.
E, por mais que isso me doa profundamente no coração e na alma, devo admitir que perdemos. Não no campo político, mas no financeiro. Perdi. Ali Kamel e a Globo venceram. Calaram, pelo bolso, oViomundo.
Estou certo de que meus queridíssimos leitores e apoiadores encontrarão alternativas à altura. O certo é que as Organizações Globo, uma das maiores empresas de jornalismo do mundo, nominalmente representadas aqui por Ali Kamel, mais uma vez impuseram seu monopólio informativo ao Brasil.
Eu os vejo por aí.
PS do Viomundo: Vem aí um livro escrito por mim com Rodrigo Vianna, Marco Aurelio Mello e outras testemunhas — identificadas ou não — narrando os bastidores da cobertura da eleição presidencial de 2006 na Globo, além de retratar tudo o que vocês testemunharam pessoalmente em 2010 e 2012.
PS do Viomundo 2: *Descreverei detalhadamente, em breve, como O Globo e associados tentaram praticar comigo o tradicional assassinato de caráter da mídia corporativa brasileira.
Eliakim AraujoAncorou o primeiro canal de notícias em língua portuguesa, a CBS Brasil. Foi âncora dos jornais da Globo, Manchete e do SBT e na Rádio JB foi Coordenador e titular de "O Jornal do Brasil Informa" Em parceria com Leila Cordeiro, possui uma produtora de vídeos jornalísticos e institucionais. Direto da Redação
quinta-feira, 28 de março de 2013
Deputado do PSDB lidera movimento 'volta Arruda'
O Ministério Público Federal anunciou nesta terça feira (26), que a denúncia contra o ex-governador do Distrito Federal (DF), José Roberto Arruda (ex DEM), e outros 36 acusados de participar do "mensalão do DEM", deve ser julgada ainda neste ano pelo Superior Tribunal de Justiça, tendo o ministro Arnaldo Esteves Lima como relator da ação. Não foi divulgada data para o início do julgamento. Com 180 páginas, além de 70 caixas com vários documentos, a denúncia relata como operavam o grupo ligado a Arruda.
Sabe-se lá quando o ex governador será julgado, mas já se articula nos bastidores da política a volta do ex-governador em 2014, uma vez que, enquanto não for julgado, sua ficha estará "limpa" perante a Justiça Eleitoral. Um dos maiores entusiastas do "Volta Arruda" é o presidente do PSDB de Brasília, Mário Machado
Detalhe: a afinidade é tão antiga quanto problemática: secretários de Arruda filiados ao PSDB também figuram na denúncia sobre o mensalão do DEM, o que rende um "puxão de orelhas" da direção nacional do tucanato a Machado.
Agora, resta saber se o PSDB vetará o apoio de Machado a Arruda, ou se a legenda tem outros planos para o ex-governador, já que houve um dia em que José Serra chegou a lançar informalmente uma chama com o colega de Brasília, cujo mote era "vote em um careca e leve dois". Em 2010 não deu. Quem sabe em 2014....?
Arruda, que passou uma razoável temporada atrás das grades, na cadeia da Policia Federal do DF, ainda mora em Brasília, mas passa boa parte do tempo em São Paulo. Amigos dizem que, além de ele fazer contatos políticos na capital paulista, estaria reunindo notas para um livro sobre o tempo em que passou no poder.
Enquadrados
O esquema de corrupção conhecido por mensalão do DEM envolveu a cúpula do governo de Arruda no entre 2007 e 2010. A denúncia veio a público no final de 2009 por meio da Operação Caixa de Pandora, da Polícia Federal (PF), tendo como base depoimentos do então secretário de Relações Institucionais do DF, Durval Barbosa, que aceitou colaborar com a PF em troca de redução da pena em caso de condenação.
Vários políticos de diversos partidos foram envolvidos no esquema dos demos, com destaque para o então governador José Roberto Arruda; o seu vice, o empresário Paulo Octávio; o então presidente da Câmara Legislativa do DF, Leonardo Prudente; o deputado distrital Júnior Brunelli (PSC); o então deputado federal Augusto Carvalho (PPS); e a então líder do governo na Câmara Legislativa na época, Eurides Brito (PMDB).
Quase três anos após a operação Caixa de Pandora, o procurador-geral da República, Roberto Gurgel, ofereceu denúncia ao Superior Tribunal de Justiça (STJ) contra 37 pessoas. Os crimes pelos quais elas serão investigadas são: corrupção – ativa e passiva –, lavagem de dinheiro e desvio de recursos públicos.
A denúncia será apreciada e julgada pelo STJ porque um dos envolvidos é Domingos Lamoglia, conselheiro de Tribunal de Contas, que embora esteja afastado, tem direito àquele foro privilegiado. Também estão envolvidos os promotores Leonardo Bandarra e Deborah Guerner, ambos igualmente do Distrito Federal.
Alguns dos envolvidos no escândalo já tiveram condenações em outros processos. A deputada Eurides Brito, foi cassada por quebra de decoro parlamentar e condenada a devolver aos cofres públicos R$ 620 mil após a Justiça ter considerado que o valor corresponde à propina que Eurides recebeu durante 31 meses para apoiar o governo de Arruda.
Além da devolução da quantia acrescida de juros e atualização monetária, a Justiça determinou que Eurides pague multa de R$ 1,86 milhão e indenização por danos morais de R$ 1 milhão. A ex-deputada teve os direitos políticos suspensos por 10 anos. No entanto, não se tem notícia de que esse valor foi ressarcido aos cofres público.
O deputado Júnior Brunelli, que ficou conhecido por ter aparecido no vídeo, fazendo a "oração da propina" foi condenado a devolver R$ 400 mil aos cofres públicos, além de pagar multa de R$ 1,2 milhão e danos morais de R$ 1,4 milhão à sociedade. Ele também nada devolveu até hoje. Além de continuar livre, leve e solto.
Serra vaza confidências de Eduardo Campos: ele seria cavalo de Tróia. Aécio, boi de piranha.
Deu no Poder Online:
No encontro que teve na semana passada com o governador pernambucano Eduardo Campos (PSB), José Serra (PSDB) ouviu, entre outras coisas, os argumentos do socialista sobre a importância da candidatura de Aécio Neves (PSDB) à presidência da República.
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Campos disse a Serra porque considera que é fundamental para sua própria candidatura que Aécio ocupe o posto de opositor da presidente Dilma Rousseff (PT), algo que o pernambucano não quer fazer.
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E não quer porque é ligado à gestão de Dilma e porque quer se vender ao eleitor em 2014 como a continuação da Era Lula/Dilma e não como antagonista.
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Alguns tucanos ligados a Serra afirmam que o encontro dos dois também serviu como um gesto de provocação do ex-governador paulista contra Aécio.
Resumindo:
1) Pela narrativa, só pode ser a turma do Serra que vazou para a imprensa essa confidência.
2) Campos confirma querer ser o cavalo de Troia da oposição demotucana para tentar enganar o eleitorado lulista e dilmista.
3) Para isso, Campos precisa que Aécio sirva como "boi de piranha" (*) atraindo as atenções do oposicionismo para, teoricamente, o cavalo de Troia atravessar tranquilo a campanha, sem ser identificado pelo eleitor desavisado.
Na prancheta parece um bom plano, mas será que Campos ainda acha que um plano deste pode dar certo com nós, internautas, em massa mostrando os Bornhausen, Globo, os banqueiros saudosistas dos juros altos, o vendilhões da Pátria na Privataria Tucana; todos embarcados dentro do cavalo de Troia do Eduardo Campos?
(*) Expressão popular de algumas regiões do Brasil, onde boiadeiros, para atravessarem um rio com piranhas, sacrificavam o pior boi como isca para atrair e ser devorado pelas piranhas em um trecho do rio, enquanto o resto da boiada atravessava o rio tranquila em outro trecho.Os Amigos do presidente Lula
1) Pela narrativa, só pode ser a turma do Serra que vazou para a imprensa essa confidência.
2) Campos confirma querer ser o cavalo de Troia da oposição demotucana para tentar enganar o eleitorado lulista e dilmista.
3) Para isso, Campos precisa que Aécio sirva como "boi de piranha" (*) atraindo as atenções do oposicionismo para, teoricamente, o cavalo de Troia atravessar tranquilo a campanha, sem ser identificado pelo eleitor desavisado.
Na prancheta parece um bom plano, mas será que Campos ainda acha que um plano deste pode dar certo com nós, internautas, em massa mostrando os Bornhausen, Globo, os banqueiros saudosistas dos juros altos, o vendilhões da Pátria na Privataria Tucana; todos embarcados dentro do cavalo de Troia do Eduardo Campos?
(*) Expressão popular de algumas regiões do Brasil, onde boiadeiros, para atravessarem um rio com piranhas, sacrificavam o pior boi como isca para atrair e ser devorado pelas piranhas em um trecho do rio, enquanto o resto da boiada atravessava o rio tranquila em outro trecho.Os Amigos do presidente Lula
Dilma enfrenta a pátria rentista: mídia uiva
Uma dia de estupefação e revolta no circuito formado pelos professores banqueiros, os consultores e a mídia que os vocaliza.
Na reunião dos Brics, na África do Sul, nesta 4ª feira, a presidenta Dilma afirmou que não elevará a ração dos juros reivindicada pelos batalhões rentistas, a pretexto de combater a inflação.
A reação instantânea das sirenes evidencia a cepa de origem a unir o conjunto à afinada ciranda de interesses que arrasta US$ 600 trilhões em derivativos pelo planeta.
Equivale a dez voltas seguidas no PIB da Terra.
Trinta e cinco vezes o movimento das bolsas mundiais.
Os anéis soturnos desse garrote reúnem – e exercem – um poder de extorsão planetária, capaz de paralisar governos e asfixiar nações.
Gente que prefere blindar automóveis a investir em infraestrutura. O Brasil tem a maior frota de carros blindados do mundo.
E uns R$ 500 bi estocados em fundos de curto prazo; fora o saldo em paraísos fiscais.
Carros blindados, dinheiro parado, paraísos fiscais e urgências de investimento formam a determinação mais geral da luta política em nosso tempo.
Em Chipre, como lembra o correspondente de Carta Maior em Londres, Marcelo Justo, o capital a juros compunha uma bocarra equivalente a 67 bilhões de euros, uns US$ 90 bilhões de dólares.
Três vezes o PIB. De um país com população menor que a de Campinas.
A fome pantagruélica desse organismo requeria rações diárias indisponíveis no ambiente retraído da crise mundial.
A gula que quebrou Chipre é a mesma que já havia quebrado a Espanha, Portugal, Irlanda, Islândia e alquebrado o mercado financeiro dos EUA.
A falência cipriota assusta o mundo do dinheiro não por suas dimensões.
Mas porque ressoa o uivo cavernoso de uma bancarrota, só anestesiada a um custo insustentável na UTI mundial das finanças desreguladas.
No Brasil o mesmo uivo assume o idioma eleitoral ao gosto do dinheiro graúdo: ‘dá para fazer mais’.
O governo Dilma acha que sim.
Mas com a expansão do investimento produtivo. Não com arrocho e choque de juros.
O país ampliado por 12 anos de políticas progressistas na esfera da renda e do combate à pobreza, não cabe mais na infraestrutura concebida para 30% de sua gente.
A desproporção terá que ser ajustada em algum momento.
Como o foi, com viés progressista e investimento pesado, durante o ciclo Vargas.
Sobretudo no segundo Getúlio, nos anos 50.
Mas também o foi em 64.
Em versão regressiva feita de arrocho e repressão contra as reformas de base de Jango, no golpe que completa 49 anos neste 31 de março.
O que se assiste hoje guarda uma diferença política importante em relação ao passado.
Nos episódios anteriores, o conflito de classe entre as concepções antagônicas de desenvolvimento seria camuflado pela vulnerabilidade externa da economia.
Um Brasil estrangulado pelo desencontro entre a anemia das exportações e o financiamento das importações colidia precocemente com o seu teto de crescimento.
O gargalo do investimento se realimentava no funil das contas externas. E vice versa.
Era um prato cheio para o monetarismo posar de arauto dos interesses da Nação. E golpeá-la, com as ferramentas recessivas destinadas a congelar o baile.
'Quem está fora não entra; quem está dentro não sai'.
Durante séculos, essa foi a regra do clube capitalista brasileiro.
Hoje, embora a pauta exportadora se ressinta de temerária concentração em commodities, não vem daí o principal obstáculo ao investimento.
O país dispõe de reservas recordes (US$ 370 bi). Tem crédito farto no mercado internacional. O relógio econômico intertemporal é favorável ao financiamento de um ciclo pesado de investimentos em infraestrutura.
Quem, afinal, veria risco em financiar a sétima economia do planeta, que, em menos de uma década, estará refinando a pleno vapor as maiores descobertas de petróleo do século 21?
O desencontro entre o Brasil que somos e aquele que podemos ser deslocou-se do gargalo externo, dos anos 50/60/80 para o conflito aberto entre os interesses da maioria da sociedade e os dos detentores do capital a juro.
Assim como em Chipre, na Espanha, nos EUA ou em Paris, o rentismo aqui prefere repousar num colchão de juros reais generosos, blindado por esférico monetarismo ortodoxo.
Migrar para a esfera do investimento produtivo, sobretudo de longo prazo, como requer o país agora, não integra o seu repertório de escolhas espontâneas.
É essa prerrogativa estéril que os professores banqueiros do PSDB cobram pela boca e pelo teclado do jornalismo econômico, escandalizado com a assertiva defesa do desenvolvimento feita pela presidenta Dilma.
Presidenciáveis risonhos que se oferecem untados em molhos palatáveis às papilas monetaristas e plutocráticas vão aderir ao jogral.
“Esse receituário que quer matar o doente em vez de curar a doença está datado; é uma política superada", fuzilou Dilma.
Previsível, o dispositivo midiático tentou desqualificar o revés como se fora uma demonstração de ‘negligência com a inflação’.
Um governo que trouxe 50 milhões de pessoas para o mercado de consumo minimizaria a vigilância sobre a inflação?
Seria o mesmo que sacar contra o seu maior patrimônio político.
O governo Dilma optou por abortar as pressões de preços de curto prazo com desonerações. E enfrentar o desequilíbrio estrutural com um robusto ciclo de investimentos.
São lógicas dissociadas da receita rentista.
Aqui e alhures, a obsessão mórbida pela liquidez descolou-se da esfera patrimonial para a dos rendimentos financeiros. Não importa a que custo social ou político.
Sua característica fundamental é a preferência parasitária pelo acúmulo de direitos sobre a riqueza, sem o ônus do investimento físico na economia.
A maximização de ganhos se faz à base da velocidade e da mobilidade dos capitais, sendo incompatível com o empenho fixo em projetos de longa maturação em ferrovias, hidrelétricas ou portos.
Durante a década de 90, as mesmas vozes que hoje disparam contra o que classificam como ‘intervencionismo da Dilma’, colocaram o Estado brasileiro a serviço dessa engrenagem.
A ração dos juros oferecida no altar da rendição nacional chegou a 45%, em 1999.
Um jornalismo rudimentar no conteúdo, ressalvadas as exceções de praxe, mas prestativo na abordagem, impermeabilizou essa receita de Estado mínimo com uma camada de verniz naval de legitimidade incontrastável.
A supremacia dos acionistas e dos dividendos sobre o investimento –e a sociedade-- tornou-se a regra de ouro do noticiário econômico.
Ainda é.
A crise mundial instaurou a hora da verdade nessa endogamia entre o circuito do dinheiro e o da notícia.
Trata-se de uma crise dos próprios fundamentos daquilo que o conservadorismo entende como sendo ‘os interesses dos mercados’. Que a mídia equipara aos de toda a sociedade.
Dilma, de forma elegante, classificou essa ilação como uma fraude datada e vencida. De um mundo que trincou e aderna, desde setembro de 2008.
A pátria rentista uiva, range e ruge diante de tamanha indiscrição.
Na reunião dos Brics, na África do Sul, nesta 4ª feira, a presidenta Dilma afirmou que não elevará a ração dos juros reivindicada pelos batalhões rentistas, a pretexto de combater a inflação.
A reação instantânea das sirenes evidencia a cepa de origem a unir o conjunto à afinada ciranda de interesses que arrasta US$ 600 trilhões em derivativos pelo planeta.
Equivale a dez voltas seguidas no PIB da Terra.
Trinta e cinco vezes o movimento das bolsas mundiais.
Os anéis soturnos desse garrote reúnem – e exercem – um poder de extorsão planetária, capaz de paralisar governos e asfixiar nações.
Gente que prefere blindar automóveis a investir em infraestrutura. O Brasil tem a maior frota de carros blindados do mundo.
E uns R$ 500 bi estocados em fundos de curto prazo; fora o saldo em paraísos fiscais.
Carros blindados, dinheiro parado, paraísos fiscais e urgências de investimento formam a determinação mais geral da luta política em nosso tempo.
Em Chipre, como lembra o correspondente de Carta Maior em Londres, Marcelo Justo, o capital a juros compunha uma bocarra equivalente a 67 bilhões de euros, uns US$ 90 bilhões de dólares.
Três vezes o PIB. De um país com população menor que a de Campinas.
A fome pantagruélica desse organismo requeria rações diárias indisponíveis no ambiente retraído da crise mundial.
A gula que quebrou Chipre é a mesma que já havia quebrado a Espanha, Portugal, Irlanda, Islândia e alquebrado o mercado financeiro dos EUA.
A falência cipriota assusta o mundo do dinheiro não por suas dimensões.
Mas porque ressoa o uivo cavernoso de uma bancarrota, só anestesiada a um custo insustentável na UTI mundial das finanças desreguladas.
No Brasil o mesmo uivo assume o idioma eleitoral ao gosto do dinheiro graúdo: ‘dá para fazer mais’.
O governo Dilma acha que sim.
Mas com a expansão do investimento produtivo. Não com arrocho e choque de juros.
O país ampliado por 12 anos de políticas progressistas na esfera da renda e do combate à pobreza, não cabe mais na infraestrutura concebida para 30% de sua gente.
A desproporção terá que ser ajustada em algum momento.
Como o foi, com viés progressista e investimento pesado, durante o ciclo Vargas.
Sobretudo no segundo Getúlio, nos anos 50.
Mas também o foi em 64.
Em versão regressiva feita de arrocho e repressão contra as reformas de base de Jango, no golpe que completa 49 anos neste 31 de março.
O que se assiste hoje guarda uma diferença política importante em relação ao passado.
Nos episódios anteriores, o conflito de classe entre as concepções antagônicas de desenvolvimento seria camuflado pela vulnerabilidade externa da economia.
Um Brasil estrangulado pelo desencontro entre a anemia das exportações e o financiamento das importações colidia precocemente com o seu teto de crescimento.
O gargalo do investimento se realimentava no funil das contas externas. E vice versa.
Era um prato cheio para o monetarismo posar de arauto dos interesses da Nação. E golpeá-la, com as ferramentas recessivas destinadas a congelar o baile.
'Quem está fora não entra; quem está dentro não sai'.
Durante séculos, essa foi a regra do clube capitalista brasileiro.
Hoje, embora a pauta exportadora se ressinta de temerária concentração em commodities, não vem daí o principal obstáculo ao investimento.
O país dispõe de reservas recordes (US$ 370 bi). Tem crédito farto no mercado internacional. O relógio econômico intertemporal é favorável ao financiamento de um ciclo pesado de investimentos em infraestrutura.
Quem, afinal, veria risco em financiar a sétima economia do planeta, que, em menos de uma década, estará refinando a pleno vapor as maiores descobertas de petróleo do século 21?
O desencontro entre o Brasil que somos e aquele que podemos ser deslocou-se do gargalo externo, dos anos 50/60/80 para o conflito aberto entre os interesses da maioria da sociedade e os dos detentores do capital a juro.
Assim como em Chipre, na Espanha, nos EUA ou em Paris, o rentismo aqui prefere repousar num colchão de juros reais generosos, blindado por esférico monetarismo ortodoxo.
Migrar para a esfera do investimento produtivo, sobretudo de longo prazo, como requer o país agora, não integra o seu repertório de escolhas espontâneas.
É essa prerrogativa estéril que os professores banqueiros do PSDB cobram pela boca e pelo teclado do jornalismo econômico, escandalizado com a assertiva defesa do desenvolvimento feita pela presidenta Dilma.
Presidenciáveis risonhos que se oferecem untados em molhos palatáveis às papilas monetaristas e plutocráticas vão aderir ao jogral.
“Esse receituário que quer matar o doente em vez de curar a doença está datado; é uma política superada", fuzilou Dilma.
Previsível, o dispositivo midiático tentou desqualificar o revés como se fora uma demonstração de ‘negligência com a inflação’.
Um governo que trouxe 50 milhões de pessoas para o mercado de consumo minimizaria a vigilância sobre a inflação?
Seria o mesmo que sacar contra o seu maior patrimônio político.
O governo Dilma optou por abortar as pressões de preços de curto prazo com desonerações. E enfrentar o desequilíbrio estrutural com um robusto ciclo de investimentos.
São lógicas dissociadas da receita rentista.
Aqui e alhures, a obsessão mórbida pela liquidez descolou-se da esfera patrimonial para a dos rendimentos financeiros. Não importa a que custo social ou político.
Sua característica fundamental é a preferência parasitária pelo acúmulo de direitos sobre a riqueza, sem o ônus do investimento físico na economia.
A maximização de ganhos se faz à base da velocidade e da mobilidade dos capitais, sendo incompatível com o empenho fixo em projetos de longa maturação em ferrovias, hidrelétricas ou portos.
Durante a década de 90, as mesmas vozes que hoje disparam contra o que classificam como ‘intervencionismo da Dilma’, colocaram o Estado brasileiro a serviço dessa engrenagem.
A ração dos juros oferecida no altar da rendição nacional chegou a 45%, em 1999.
Um jornalismo rudimentar no conteúdo, ressalvadas as exceções de praxe, mas prestativo na abordagem, impermeabilizou essa receita de Estado mínimo com uma camada de verniz naval de legitimidade incontrastável.
A supremacia dos acionistas e dos dividendos sobre o investimento –e a sociedade-- tornou-se a regra de ouro do noticiário econômico.
Ainda é.
A crise mundial instaurou a hora da verdade nessa endogamia entre o circuito do dinheiro e o da notícia.
Trata-se de uma crise dos próprios fundamentos daquilo que o conservadorismo entende como sendo ‘os interesses dos mercados’. Que a mídia equipara aos de toda a sociedade.
Dilma, de forma elegante, classificou essa ilação como uma fraude datada e vencida. De um mundo que trincou e aderna, desde setembro de 2008.
A pátria rentista uiva, range e ruge diante de tamanha indiscrição.
Saul Leblon-Carta Maior
IBGE: taxa de desemprego segue estável e é a menor da série para fevereiro
São Paulo – A taxa média de desemprego medida pelo IBGE passou de 5,4%, em janeiro, para 5,6% no mês passado, variação que mostra estabilidade, segundo o instituto, que divulgou os resultados na manhã de hoje (27). O índice também fica estável ante fevereiro do ano passado (5,7%) e é o menor para o mês na série histórica da pesquisa, iniciada em março de 2002. A taxa de janeiro deste ano também é a menor da série.
O número de desempregados nas seis regiões metropolitanas foi estimado em 1,356 milhão, o que novamente é considerado estável tanto em relação a janeiro (1,331 milhão) como a fevereiro de 2012 (1,378 milhão). Os ocupados somam 22,974 milhões, 0,7% a menos do que em janeiro (-170 mil) e crescimento de 1,6% em 12 meses, o correspondente a 362 mil a mais nesse período. O emprego formal no setor privado mantém tendência positiva, com estabilidade no mês e aumento de 2,3% em um ano, um acréscimo de 254 mil vagas com carteira assinada, para um total de 11,496 milhões, metade da população ocupada nas seis regiões.
Estimado em R$ 1.849,50, o rendimento médio cresceu 1,2% sobre janeiro e 2,4% na comparação com fevereiro de 2012. A massa de rendimentos (R$ 42,8 bilhões) ficou estável no mês e teve expansão de 4,2% em 12 meses.
Entre as regiões metropolitanas, o IBGE não constatou variação mensal significativa em nenhuma, mas em todas a situações a taxa de desocupação foi a menor da série para favereiro. Já na comparação com fevereiro de 2012, a taxa subiu em Recife (de 5,1% para 6,5%) e caiu no Rio de Janeiro (de 5,7% para 4,6%) e em Salvador (de 7,8% para 6,2%). Foi considerada estável em Belo Horizonte (de 4,7% para 4,2%), Porto Alegre (de 4,1% para 3,9%, a menor taxa) e São Paulo (de 6,1% para 6,5%).
Na indústria de transformação, o emprego variou 0,8% no mês (28 mil) e 3,5% em 12 meses (126 mil). Esse setor concentra 3,745 milhões de ocupados. A construção civil teve variações de 0,5% (8 mil) e -1% (-17 mil), respectivamente, e reúne 1,74 milhão de empregados. No comércio, com 4,275 milhões, o nível de ocupação caiu 3,2% de janeiro para fevereiro (141 mil a menos) e não variou em 12 meses.
Em serviços prestados a empresas (3,715 milhões de ocupados), houve pequena queda, em resultado considerado estável pelo IBGE, de 0,8% no mês (31 mil a menos) e variação de 0,9% em 12 meses (34 mil a mais). No segmento de serviços domésticos, que concentra 1,389 milhão, ou 6% da população ocupada, o emprego caiu 1,8% no mês (25 mil a menos) e 8,7% em 12 meses (menos 133 mil).
É essa a Justiça do Brasil:juiz condena Amaury Jr por entender que a Privataria Tucana foi oportunismo eleitoral
Veja só como é o Poder Judiciário do Brasil.Julga-se uma ação penal, em plena eleição municipal, no entanto os senhores ministros não levaram em consideração o oportunismo eleitoral do processo.Agora, um juiz, mesmo não tendo capacidade de dizer se o conteúdo do livro é verdadeiro ou não, condenou Amaury Jr em danos morais, porque, segundo o douto magistrado, o livro teve a "inequívoca a intenção dos réus de atingir a imagem de Serra".O magistrado vai mais além na sua sentença teratológica: "Se o interesse era preservar a imagem, o pedido deveria ser de impedir a venda do material ofensivo."Ora, se é assim, por que, então, o nobre magistrado não julgou a ação improcedente?
O ex-governador de São Paulo, José Serra, não ficou satisfeito com a indenização de R$ 1 mil pela publicação do livro "A Privataria Tucana"
Leia na coluna de Mônica Bergado, da Folha:
Indenização simbólica
José Serra ganhou indenização de R$ 1.000 por danos morais pelo "oportunismo eleitoral" do livro "A Privataria Tucana", de Amaury Ribeiro Júnior. O autor e a editora Geração Editorial foram condenados pelo juiz André Pasquale Scavone, da 10ª Vara Cível, em sentença publicada em 1º de março.
INDENIZAÇÃO 2
Na decisão, o juiz declara que "não é este o juízo que vai dizer se os fatos narrados são ou não verdadeiros". Diz, no entanto, que é "inequívoca a intenção dos réus de atingir a imagem de Serra". Scavone considera "curioso" o caráter indenizatório da ação. "Se o interesse era preservar a imagem, o pedido deveria ser de impedir a venda do material ofensivo."
INDENIZAÇÃO 3
Ao fixar a indenização, o juiz afirma ser o valor "simbólico (para fins de paraísos fiscais)", uma referência às denúncias do livro, lançado às vésperas das eleições de 2010, contra o candidato tucano à Presidência.
INDENIZAÇÃO 4
Serra e os réus devem recorrer da decisão. "O livro foi considerado ofensivo, mas entramos com recurso para ampliar a condenação", afirma Ricardo Penteado, advogado do tucano. "Também vamos recorrer. Para nós, R$ 1.000 é muito", diz o editor Luiz Fernando Emediato.
A Globo não tem do que reclamar
2012 foi ano de "pibão" para a Globo
Com um faturamento desse a Globo não tem do que reclamar é a sociedade, que não aguenta mais as merdas que vêm da Globo.Pior: financiada pelo governo do PT.
Na contramão da crise, as Organizações Globo, grupo de comunicação que controla a TV Globo, TVs por assinatura, revistas As e veículos de internet, fecharam o ano de 2012 com um crescimento de 16% nas receitas líquidas e chegaram a R$ 12,7 bilhões.
Segundo o Teletime, as receitas publicitárias obtidas pela empresa, em TV aberta, paga e nos veículos impressos e de internet, cresceram 10% em 2012, somando R$ 9 bilhões em 2012. O segmento representa 71% do faturamento total do grupo, ante 25% do segmento "conteúdo e programação" e 4% de outras receitas.
O salto ultrapassou a média do mercado publicitário no ano, que cresceu 6%, totalizando um faturamento de R$ 44,8 bilhões, segundo o projeto Inter-Meios, do grupo Meio&Mensagem.
Para Carlos Henrique Schroder, diretor-geral do canal, a internet tem funcionado como uma alavanca da audiência. "Vimos no Oscar que quem comentava a cerimônia na internet ia assisti-la na TV", disse.
Da redação, com informaçõesdo Brasil 247
quarta-feira, 27 de março de 2013
Tucano virou pavão e “imortal” da Academia
FHC agradece penhoradamente a imortalidade concedida pela ABL, instituição elitista e preocupada com o chá das cinco. Ele vai ser imortal, e quem vai recebê-lo é o jornalista Merval Pereira
Fernando Henrique Cardoso — o Neoliberal — é o que podemos chamar de "o bom burguês". Respeitado e considerado nos salões de festas e reuniões, bem como nas casas da burguesia quatrocentona paulista, o ex-marxista que foi presidente da República durante oito anos quer ter também em sua biografia a "glória" de ser "imortal".
FHC é candidato a uma cadeira na conservadora e vetusta Academia Brasileira de Letras (ABL), instituição privada ajudada pelo poder público, que é composta por representantes de nossa burguesia que se dedicam às letras. A burguesia que cria seus espaços para homenagear, premiar e elevar o nome de seus integrantes, pois sabem que jamais receberiam homenagens do segmento popular.
A Academia divorciada do povo e que, por intermédio de suas nomeações "imortais", agracia os donos do dinheiro ou os seus empregados de confiança, como forma concreta e evidentemente simbólica de manter a hegemonia de classe social sobre o restante da sociedade, no que diz respeito ao mundo literário e suas inúmeras escolas e vertentes — oficiais ou não.
A ABL sempre causa má impressão às pessoas quando barra na porta de seu baile à black tie escritores e poetas da grandeza de Mário Quintana e Antônio Torres, somente para exemplificar esses, porque muitos outros talentos literários tiveram de ficar na porta da comezaina dos nobres da Academia.
Homens e mulheres que se comportam como "peruas" ou socialites, porque a modéstia, a humildade e a verdadeira sabedoria passam longe desses proeminentes das letras eleitos por eles mesmos, já que fazem parte de um clube restrito, fechado cujas sedes se localizam nos endereços dos salões e dos escritórios de nossa burguesia sedenta de glória e de reconhecimento, mas que, para seu desalento, vazia de ideias, além de ser estéril no poder, quando se trata de elaborar estratégias, programas e projetos para transformar o Brasil em um País independente habitado por um povo emancipado.
FHC quer completar sua biografia. Em sua modéstia comovente e humildade exemplar, o político tucano e neoliberal afirmou, por e-mail, à presidenta da ABL, Ana Maria Machado, que "Depois de tantos amigos insistindo comigo tantas vezes, acabei cedendo. Minha reticência sempre foi a de que não sou homem de letras e não queria criar constrangimentos por ter sido presidente da República. Mas agora, passados tantos anos da presidência e mantida, se não mesmo que ampliada, a convicção de vários membros da ABL de que eu deveria juntar-me a eles, acabei por concordar".
Comovente, não? Sempre tive a impressão de que FHC — o Neoliberal — é, sobretudo, a modéstia em pessoa e a despretensão em toda sua essência. Esta realidade me causa profundo mal-estar e uma preocupação que me deixa insone. Afinal, FHC, como bem informa em sua carta eletrônica, quase se viu obrigado a se tornar "imortal" da ABL, o que lhe causou e ainda lhe causa sérias consequências de ordem psicológica e social quanto a seu status de "príncipe" dos sociólogos, apelido este dado por um monte de jornalistas abestalhados e puxa-sacos da imprensa de mercado.
Jornalistas que aderiram aos interesses de seus patrões e que viam na pessoa de FHC um Brasil culto e que, até que enfim (ufa!), poderia se reportar, em termos institucionais, culturais e acadêmicos, com os dirigentes dos países considerados por essa gente de cabeça colonizada e vitimada por um imenso complexo de vira-lata como as sociedades perfeitas, pelo menos até o ano de 2008, quando a crise financeira e imobiliária derreteu suas economias como sorvete em dia de 40 graus.
Seus apoiadores da ABL — igualmente de almas simples tal qual a do tucano FHC — são também a mais autêntica expressão da simplicidade, despojados de vaidade e orgulho, e nunca ou jamais farão política de interesse ou de agrado àqueles que habitam o pico da pirâmide social ou os meandros do poder, no caso do ex-presidente tucano, que tem influência em São Paulo, Estado da Federação controlado há 18 anos pelo PSDB e governado pelo governador direitista, Geraldo Alckmin, considerado por muitos como um membro da Opus Dei.
Os asseclas dos jornalões de negócios privados e porta-vozes da direita brasileira já se mobilizam em um frenesi de satisfação e confraternização incontrolável, afinal o seu ídolo, o neoliberal FHC, aquele que quebrou o Brasil três vezes porque foi exatamente três vezes ao FMI pedir esmolas de joelhos e com o pires na mão, vai se tornar "imortal".
O reconhecimento artificial e a "imortalidade" burguesa para os burgueses compromissados com as classes dominantes, porém, sem talento literário, tanto no que concerne à literatura ou a outros estilos de obras, como, por exemplo, as escritas pelo político trabalhista e antropólogo Darcy Ribeiro, intelectual e pensador de peso, e não apenas um escritor medíocre — a realidade nua e crua de FHC.
O tucano tem, visivelmente, dificuldade para se expressar, além de escrever mal, pois seus textos são desconcatenados no que diz respeito ao pensamento e ao assunto que ele aborda, ao ponto de não se compreender o que o futuro "imortal" pensa ou deixa de pensar. Quem não acredita no que eu afirmo que leia um livro do grão-tucano. FHC tem fama de ser intelectual; e esta fama ele tem de agradecer, encarecidamente, ao sistema midiático corporativo e privado, que sempre fez questão de colocar a cereja em seu bolo.
A Academia Brasileira de Letras mais uma vez se curva ao sistema, ou seja, a aqueles a quem a instituição serve, como serviu, sem titubear e despida de ética, à ditadura militar. O sistema de poderes das classes dominantes premia a quem lhe serviu e ainda lhe serve. É o caso de FHC. O tucano pretende ocupar a cadeira nº 36, que está vaga desde a morte do jornalista João de Scantimburgo, ex-diretor dos Diários Associados, umbilicalmente ligados às nossas elites econômicas, cujo jornal Correio Braziliense é a empresa mais forte desse grupo.
Como se observa, os membros, mortos ou vivos da ABL, no decorrer e após a ditadura militar são títeres e porta-vozes de nossa burguesia provinciana e lamentavelmente herdeira da escravidão. Segundo alguns "imortais", o ex-presidente neoliberal que vendeu o patrimônio público brasileiro que ele não construiu já conta com 38 votos. Seu companheiro de Governo, o ex-ministro de Relações Exteriores, Celso Lafer, foi responsável por levar a carta de candidatura de seu chefe.
Não convém esquecer. O diplomata Lafer, responsável por uma política externa de punhos de renda e subalterna, tirou os sapatos no aeroporto de Nova York a mando de agentes de segurança ocupantes de cargos subalternos. O ex-ministro, autoridade máxima da diplomacia brasileira, curvou-se à sua insignificância e mostrou para quem quisesse ver o quão subalternas são as nossas burguesias, vergonhosamente colonizadas e com um incomensurável complexo de vira-latas. Chique é o povo trabalhador brasileiro, que sustenta a Nação.
FHC agradece penhoradamente a imortalidade concedida pela ABL, instituição elitista e preocupada com o chá das cinco. Ele vai ser imortal, e quem vai recebê-lo é o jornalista Merval Pereira, autor de três livros, sendo que dois não passam de uma compilação do que ele escreveu em sua coluna em O Globo, cujo tema é sistematicamente o ex-presidente trabalhista, o principal político da América Latina, conhecido mundialmente e que atende pelo nome de Lula.
Fernando Henrique gosta de ter o ego massageado. É sua índole e personalidade — o seu caráter. Vaidoso ao extremo, mendiga medalhas, diplomas, moções e aplausos. Ávido por reconhecimento, abandona a plumagem de tucano e a troca por uma de pavão. Mais um pavão "imortal" da ABL. É isso aí.
Gaspari deu uma dentro
Por Elio Gaspari
Eduardo Campos é candidato a presidente da República. É ou não é? Ele está na base de apoio do governo de Dilma Rousseff. Está ou não está? Segundo o senador Jarbas Vasconcelos, o simples fato de ele ter dito que "dá para fazer muito mais" mostra que é um dissidente. Mostra ou não mostra?
Nenhuma dessas perguntas foi respondida pelo governador. Seria cedo para fazê-lo, mas indo-se às ideias que Eduardo Campos defendeu desde a sua transformação em fenômeno federal, vai-se a um abissal silêncio. Ele poderia ter ido a uma universidade com um plano para fazer melhor na educação. Poderia ter ido a um seminário sobre saúde pública. Nada. Foi a São Paulo reunir-se com empresários. Se levou ideias ou buscou apoios, não ficou claro, pois nem ele expôs propostas nem os empresários mostraram suas oferendas. Até agora, o governador cumpriu uma agenda político-gastronômica da qual resultou uma única informação de conteúdo: o cozido que o senador Jarbas Vasconcelos lhe ofereceu leva carnes de segunda com pirão de farinha de mandioca.
Suas propostas são um acúmulo de platitudes. Diz coisas assim:
"Não há grande incômodo nas grandes massas. Não há na classe média esse sentimento, nem de forma generalizada no empresariado. Mas há, nesse instante, nas elites, grande preocupação com o futuro. Há o sentimento de que as coisas podem piorar."
Seu melhor momento deu-se quando citou o avô, Miguel Arraes:
"Na política, você encontra 90% dos políticos atrás de ser alguma coisa. Dificilmente eles sabem para quê."
Não era citação, mas carapuça. Nenhum comensal de Eduardo Campos enunciou o "para quê" e muito menos ele ofereceu uma pista.
Campos propõe-se a "renovar a política". Durante a passagem da doutora Dilma por seu Estado um veículo do Instituto de Tecnologia de Pernambuco distribuía faixas louvando-o e uma jovem desempregada de 24 anos contou que prometeram-lhe R$ 20 para carregar a propaganda. Nas suas últimas campanhas presidenciais o PSDB alternou marquetagens, platitudes e cruzadas religiosas. Deu no que deu.
Um candidato que está na base do governo mas não está é uma contradição em termos, coisa de uma época que passou. Candidatos que se fizeram de rogados foram fritos. Na última eleição municipal deu-se em São Paulo um fenômeno que merece ser estudado por quem pretenda vencer uma eleição majoritária. Depois de uma campanha na qual o PT tinha um poste e o PSDB um candidato relutante, o asteroide Celso Russomanno tinha 46% das preferências na zona leste da cidade. Em duas semanas, caiu para 24%, um desfalque estimado em 270 mil votos. Ele tinha fama como apresentador de programa de TV, sem partido forte ou tempo de propaganda gratuita. Na reta final, propôs uma tarifa de ônibus diferenciada: quem fizesse percurso maior pagaria mais. Tradução: o trabalhador que mora longe do serviço tomaria uma mordida. Russomanno não chegou ao segundo turno.
As eleições brasileiras não se decidem mais num joguinho de doações, marquetagens e alianças de cúpula. Como nos cozidos, esses ingredientes temperam o prato, mas, sem carnes, nada feito, pois tanto um bilionário como um esfomeado sabem quando não há substância no prato.
Haddad diz que decreto evitou 'drama social' em terreno na zona leste
São Paulo – O prefeito de São Paulo, Fernando Haddad, afirmou hoje (27) que se viu forçado a agir de maneira emergencial para evitar que se agravasse ainda mais a repressão da Polícia Militar contra moradores de um terreno localizado no Jardim Iguatemi, na zona leste da cidade. “Você primeiro faz uma parceria com a comunidade, faz o cadastramento das famílias sem atropelos e depois faz o decreto. Então nós invertemos a ordem para que o juiz se sensibilizasse e pudesse rever sua decisão, que ia criar um drama social na cidade”, disse.
O Diário Oficial do Município trouxe hoje o decreto que torna de interesse público o terreno, alvo de ação de desapropriação na véspera contra 700 famílias. Ontem, após ação da prefeitura, o Tribunal de Justiça de São Paulo determinou a interrupção da intervenção policial. Horas antes, Haddad havia cobrado publicamente o fim do operativo. Segundo nota divulgada pela administração municipal, a secretária estadual de Justiça, Eloísa Arruda, telefonou ao desembargador responsável pelo caso após o pedido do prefeito.
“É um estudo que deveria ter sido feito antes do decreto, juntamente com o prazo de cadastramento das famílias. Mas como era uma situação de emergência em que havia risco social envolvido, nós tomamos a providência de destacar uma equipe para redigir o decreto. Agora que está superada esta situação, vamos fazer os procedimentos habituais da prefeitura.”
Ao mesmo tempo, Haddad criticou o Judiciário paulista por rejeitar o primeiro pedido da prefeitura para suspender a desapropriação. “Nós queríamos evitar o que já aconteceu tantas vezes no nosso país: um drama social não ter atendimento”, disse.
Agora, a Companhia Metropolitana de Habitação (Cohab) fará o processo de desapropriação do terreno em 133 mil metros quadrados em nome de Heráclites Batalha. As famílias devem ser cadastradas em programas habitacionais em 120 dias, e no local deve ser erguido um conjunto para moradia.
PSB não quer perder a boquinha
Não hora de criticar o governo Dilma, o PSB não tem nenhum pudor.Agora, para entregar os cargos que mantém no governo federal o partido se agarra neles como um papagaio se agarra num arame.E Eduardo Campos é louco para entregar a mina de dinheiro da CHESF(R$ 26 bilhões de reais).Quem é doido perder uma boquinha dessas.
Leonardo Lucena_PE247 – Se posicionar contra a Medida Provisória 595/2012 seria o pretexto a ser adotado pelo PSB do governador de Pernambuco, Eduardo Campos, potencial candidato à Presidência da República em 2014, para abandonar a base aliada do governo comandado pela presidente Dilma Rousseff (PT) e cravar o gestor como às nas eleições presidenciais do próximo ano. A avaliação é do jornalista Cláudio Humberto. Em contrapartida, o deputado federal e principal articulador político do PSB na Câmara dos Deputados, Beto Albuquerque (RS), afirma que a matéria é de cunho administrativo e não eleitoral, não servindo, portanto, como um mote para os socialistas entregarem os seus cargos no Governo Federa. Ele também disse que a ministra-chefe da Casa Civil, Gleisi Hoffmann, foi “ríspida” ao responder aos comentários feitos por Eduardo acerca do assunto durante audiência pública, realizada em Brasília.
A medida tem como objetivo aumentar a competitividade entre as Autoridades Portuárias com um menor custo, injetando R$ 54,2 bilhões no setor portuário até 2017. A MP prevê, também, que as licitações nos terminais portuários ficarão sob responsabilidade da Agência Nacional de Transportes Aquaviários (Antaq), o que fere a autonomia dos portos. E esta centralização da gestão dos processos licitatórios a um órgão da União é que, segundo o colunista Cláudio Humberto, pode servir de justificativa para o PSB deixar o Governo Federal.
“Cotado para disputar a Presidência em 2014, o governador Eduardo Campos (PSB-PE) cogita usar a Medida Provisória dos Portos como motivo para romper com a presidenta Dilma, sua possível adversária nas eleições. Segundo aliados, as divergências sobre transferir a gestão do Porto de Suape para o Governo Federal eram tudo o que ele procurava para justificar sua saída da base aliada do governo”, diz a coluna do jornalista Cláudio Humberto.
Após ouvir as críticas de Campos, de que a MP “parece um capricho tentar tirar a autonomia”, a ministra-chefe da Casa Civil, Gleisi Hoffmann, rebateu o gestor pernambucano. De acordo com a dirigente, “ela (a medida) não diz respeito à questão federativa. Ela diz respeito à modernização, um planejamento integrado e eficiência do sistema portuário nacional”. E em resposta à falta de um debate prévio sobre a matéria entre Governos Estaduais e União apontado pelo gestor pernambucano, a ministra afirmou que “se a MP não espelha um consenso ou a vontade de cada setor, é porque o tema tem dificuldade de consenso”.
As declarações foram dadas nesta terça-feira (26) durante uma audiência pública, na qual estiveram presentes os integrantes da Comissão Mista (composta por senador e deputados federais) do Congresso Nacional para discutir a MP dos Portos. Em entrevista ao Pernambuco 247, o deputado federal Beto Albuquerque (PSB-RS), disse que o partido não pretende deixar o governo por causa das divergências do governador pernambucano e dos seus interlocutores com a União. “O fato é administrativo e não eleitoral”, declarou.
O parlamentar também rebateu os pronunciamentos da ministra Gleisi Hoffmann. Segundo Albuquerque, o posicionamento da ministra não reflete o do governo. “A Gleisi está irredutível. O sentimento não é do governo. Ela foi ríspida”, declarou. “Não fomos para brigar e sim para defender os interesses dos estados. Defendemos uma padronização nacional alinhada com o TCU (Tribunal de Contas da União), com a Antaq, mas tirar dos estados o direito de planejar e decidir... isso é um retrocesso. O Brasil quer governar de longe”, acrescentou o deputado.
Negociações - Na última quinta-feira (21), o governo fechou um acordo com o setor portuário e os representantes dos sindicatos sobre alguns temas e evitou uma possível paralisação dos trabalhadores portuários que estava prevista para o próximo dia 25. Ficou decidido que será mantida a guarda portuária, os trabalhadores terão representação nos conselhos de autoridade portuária e de administração, além de estar proibida a contratação de trabalhadores temporários. Os sindicalistas também conquistarem o direito à participação dos sindicatos em discussões coletivas, renda mínima, aposentadoria, treinamento e qualificação.
Mas um ponto de divergência foi com relação à forma de contratação dos trabalhadores avulsos (sem vínculo empregatício com as Companhias Docas - sociedades de economia mista que investem nos portos) nos terminais privados. A Força Sindical, cujo presidente é o deputado federal Paulo Pereira da Silva (PDT-SP), tem dito que a classe trabalhadora portuária seria prejudicada porque os operadores dos portos não estariam mais obrigados a contratarem mão de obra via Órgão Gestor de Mão de Obra (OGMO) e, em consequência, os empregados teriam salários mais baixos e geraria desemprego. O OGMO é um órgão sem fins lucrativos, responsável pelo cadastro dos trabalhadores e fiscalização da mão de obra. Avulsa.
Conforme o relator da MP dos Portos, senador Eduardo Braga (PMDB-AM), a MP dos Portos, com o texto final, deverá ser apresentada na comissão mista até o dia 10 de abril.
Nazijornalismo
A violência do CQC contra o deputado José Genoíno alcançou, essa semana, um grau de bestialidade que não pode ser dimensionado à luz do humorismo, muito menos no campo do jornalismo. Isso porque o programa apresentado por Marcelo Tas, no comando de uma mesa onde se perfilam três patetas da tristeza a estrebuchar moralismos infantis, não é uma coisa nem outra.
Não é um programa de humor, porque as risadas que eventualmente desperta nos telespectadores não vem do conforto e da alegria da alma, mas dos demônios que cada um esconde em si, do esgoto de bílis negra por onde fluem preconceitos, ódios de classe e sentimentos incompatíveis com o conceito de vida social compartilhada.
Não é jornalismo, porque a missão do jornalista é decodificar o drama humano com nobreza e respeito ao próximo. É da nobre missão do jornalismo equilibrar os fatos de tal maneira que o cidadão comum possa interpretá-los por si só, sem a contaminação perversa da demência alheia, no caso do CQC, manipulada a partir dos interesses de quem vê na execração da política uma forma cínica de garantir audiência.
A utilização de uma criança para esse fim, com a aquiescência do próprio pai, revela o grau de insanidade que esse expediente encerra. O que se viu ali não foi apenas a atuação de um farsante travestido de jornalista a fazer graça com a desgraça alheia, mas a perpetuação de um crime contra a dignidade humana, um atentado aos direitos humanos que nos coloca, a todos, reféns de um processo de degradação social liderado por idiotas com um microfone na mão.
A inclusão de um “repórter-mirim” é, talvez, o elemento mais emblemático dessa circunstância, revelador do desrespeito ao ofício do jornalismo, embora seja um expediente comum na imprensa brasileira. Por razões de nicho e de mercado, diversos veículos de comunicação brasileiros têm lançado, ao longo do tempo, mão dessa baboseira imprestável, como se fosse possível a uma criança ser repórter, ainda que por brincadeira.
Jornalismo é uma profissão de uma vida toda, a começar da formação acadêmica, a ser percorrida com dificuldade e perseverança. Dar um microfone a uma criança, ou usá-la como instrumento pérfido de manipulação, como fez o CQC com José Genoíno, não faz dela um repórter – e, provavelmente, não irá ajudá-la a construir um bom caráter. É um crime e espero, sinceramente, que alguma medida judicial seja tomada a respeito.
Não existem repórteres-mirins, como não existem médicos-mirins, advogados-mirins e engenheiros-mirins.
E, a estes, dedico o meu desprezo e a minha repulsa, como cidadão e como jornalista.
Leandro Fortes
Para quem não leu:a entrevista de Lula ao jornal Valor
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