A jornalista Monica Bergamo, na Folha de S. Paulo, collheu essas informações sobre uma palestra de Eduardo Campos.
Veja trechos da conversa de Eduardo e minha obsrvações em negrito.Parece que quem estava palestrando era um candidato da oposição formal ao governo Dilma.
"Dá para fazer muito mais" que a presidente Dilma Rousseff. Com esse slogan igual ao de Serra em 2010, Eduardo Campos (PSB-PE), passou seu recado a um grupo de 60 empresários que se reuniram na quinta-feira (14) em SP, num jantar, para conhecê-lo melhor --e descobrir se ele é, mesmo, candidato à presidência.
Eduardo começou dizendo que o Brasil teve grandes conquistas nas últimas décadas --e logo engatou crítica que a oposição sempre fez a Lula, a Dilma e ao PT: "O Brasil não começou ontem. Não começou com o partido A, B ou C".O Brasil não começou ontem, assim como Pernambuco, o Brasil começou em 2003 e Pernambuco em 2006.O resto é conversa fiada. Lula e Dilma foram os presidentes que mais trouxeram recursos para Pernambuco, isso é fato, até quem não gosta de Lula reconhece isso.Só não Eduardo, que é um ingrato.Eduardo sabe muito bem como foi FHC para Pernambuco no governo Jarbas Vasconcelos, e de Miguel Arraes, e esse filho da galheira ainda tem o desplante de puxar o saco de FHC.Li, hoje, um cidadão do Ceará dizer que nunca viu uma ingratidão tão grande como a de Eduardo Campos.
Diz ainda Campos. Os "florais aplicados em todas as crises" não funcionaram desta vez, diz Campos. "E mais do que de repente começa uma série de medidas, em série, em relação a vários setores, sobretudo, no início, na área do petróleo", segue, referindo-se aos pacotes lançados por Dilma. "Há um sobressalto daqueles que foram atingidos e daqueles que não foram atingidos por medidas." Para ele, "se estabelece uma ansiedade total".Isso é coisa de quem está torcendo para que o governo Dilma dê errado.Eduardo, assim como os banqueiros e empresários gananciosos, gostava quando os juros eram altos, quando a energia elétrica era cara, quando os produtos da cesta básica eram altos.
"E a tudo isso se somou a antecipação do debate eleitoral", segue o governador, referindo-se, sem citar o nome de Lula, ao fato de o ex-presidente ter lançado Dilma à sucessão presidencial. "Um debate maniqueísta, eu sou o bem, você é o mal."Quem antecipou o debate eleitoral foi Eduardo Campos, que jogou sujo contra o PT na eleição passada, que, a cada medida que Dilma tomava no ano passado e nesse ano, ele tomava aqui em PE, como a que reduziu o IPI para carros, como a que prometeu recursos para os prefeitos do Brasil, que convidou Paulinho da Força para criticar o governo Dilma, que se junta com um bando de empresários safados para criticar o governo.
Na sequência, Campos passa a criticar a campanha presidencial de 2010, quando Dilma Rousseff disputou com José Serra (PSDB-SP). "Nós tivemos uma campanha das mais pobres do ponto de vista do conteúdo. Acusação de lá, defesa de cá. Acusação de cá, defesa de lá. Sinceramente, não dá para respeitar como um debate à altura dos desafios do Brasil. E isso deixou as coisas desamarradas para o futuro."Eduardo não tem moral para falar de baixo nível em eleição. O povo de Pernambuco sabe o nível do debate que ocorreu em 2006 e 2010, Jarbas chegou a chamar Eduardo de corrupto e Eduardo chamar Jarbas de corrupto também.Afora isso, o recifense lembra da galinha que a militância de Eduardo aprntou.Na eleição de 2006, um carro carregou uma galinha de dois metros de altura, rodeada de ovos de ouro e
notas de dinheiro falsas. A intenção era satirizar a suposta denúncia de que o
deputado José Mendonça (PFL), pai do governador, teria deixado de pagar um
empréstimo feito no Banco do Nordeste para recuperar a avícola Asa Branca, em
Belo Jardim. Se isso não é baixaria não sei mais o que pode ser.
"Um monte de político se junta e diz: 'Olha, a gente precisa ganhar a Presidência da República'. É como dizia o meu avô [Miguel Arraes]: na política, você encontra 90% dos políticos atrás de ser alguma coisa. Dificilmente eles sabem para que."Pois é, Arraes tinha razão, o neto faz mais de 2 anos que corre atrás de uma coisa, essa coisa é a presidência da República.Eduardo, para desgosto do velho Arraia, juntou-se até o seu antigo desafeto, o senador Jarbas Vasconcelos para vencer a eleição municipal do Recife no ano passado.Jarbas que é também o maior fiador de Eduardo nessa busca pela presidência.
É chegada a hora, portanto, de debater.Esse é o momento para que o Brasil aprenda a viver com diversidade. Fazer crítica não é ser contra, não é ser inimigo."Concordo, fazer crítica não é ser contra, mas quando se faz a crítica com honestidade e não é isso que Eduardo Campos vem fazendo.
"Dá para ser melhor. E não é uma ofensa para quem está aí você dizer que dá para ser melhor. Nós queremos mais. E que bom que queremos mais, né? Isso deveria desafiar as pessoas a fazer, a quebrar o velho costume e afirmar novos valores."Eduardo tenta emplacar o mesmo slogan de Serra em 2010.Só que isso já está manjado.Melhor do que Dilma para governar só sendo outro candidato do PT.Eduardo não tem capacidade para ser presidente da República.
E isso não vai ser feito se a gente não renovar a política. O pacto político que hoje está no centro do governo que eu defendo, que ajudei a eleger, a meu ver, não terá a condição de fazer esse passo adiante. Não vai fazer. As últimas eleições no parlamento brasileiro [em que Renan Calheiros foi eleito presidente do Senado com o apoio de Dilma e do PT] são uma indicação. É ficar de costas para tudo isso."Que tipo de renovação da política Eduardo deseja? Renovar a política com o apoio de Jarbas Vasconcelos? Renovar a política nomeando procurador de Justiça a sua imagem e semelhança? Renovar a política nomeando 15 membros de sua família para altos cargo públicos aqui no estado? Renovar a política mudando o Regimento Interno da Assembleia Legislativa para o presidente se perpetuar no cargo, como ocorre neste momento com o deputado estadual Guilherme Uchôa(PDT-PE). Fala sério Dudu traição.
O governo, além de tudo, "às vezes não dialoga". A solução "é falar com o governo pela imprensa. Não quer me receber? Você pode tuitar. Eu, por exemplo, tive a oportunidade de dar a minha opinião sobre a Medida Provisória dos Portos pela imprensa, porque não tive a oportunidade de discutir [com Dilma] antes. Apesar de o meu estado ter o porto público mais eficiente do Brasil. Eu podia até ser convencido de que estava certo. Mas não custava nada ouvir a mim e a outros."Neste ponto, Eduardo ultrapassa os limites do cinismo.Como que o governo não dialogou com ninguém se o Ministro dos Portos é do PSB de Eduardo Campos.Ora, Edurado, reclame do seu aliado por não ouvir vovê.
"Quanto mais popularidade o governo tiver, mais paciência e diálogo deve ter", afirma. "E popularidade vai e vem. Popularidade é uma coisa. Voto é outra coisa.Pois é, popularidade é uma coisa voto é putra coisa.Dilma e Lula têm as duas coisas, enquanto Eduardo não passa das fronteiras de Pernambuco, e, além disso, graças aos grandes investimentos que Lula e Dilma fizeram neste Esatdo.
O ano, afirma ele, deveria ser o da construção de "convergências políticas". "E nós corremos um sério risco de botarmos 2013 fora."Não Eduardo, 2013 já está ganho, você torce contra mas não adianta
"Enquanto o Brasil diz que tem o petróleo do pré-sal, importa gasolina. A Petrobras, que já foi 'case' de sucesso lá fora, tá cheia de problema.".Aqui, Eduardo Campos mostra que o quanto é despreparado para debater. Petróleo, pré-sal e refino de petróleo são coisas totalmente diferentes.O Brasil ainda importa gasolina porque o governo FHC, que Eduardo admira tanto, não construiu nem sequer uma refinaria. Já Lula construiu algumas e Dilma está construindo outras, até 2015 o Brasil terá 5 refinarias de petróleo.
A bem da verdade, Eduardo tem que decidir: ou apoia ou não a presidente Dilma.Se Eduardo Campos for para oposição terá que entregar os cargos na rentável Chesf, na Ciência e Tecnologia, no Ministério dos Portos e tantos outros espalhados pelo Brasil afora, o que não dá é Eduardo Campos fingir apoiar o governo e ao mesmo tempo agir como membro da oposição.Isso é deslealdade, é picaretice.
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