terça-feira, 20 de maio de 2014

Mensaleiro Eduardo Azeredo vai fazer parte da campanha de Aécio Neves



247 – O presidenciável Aécio Neves parece estar naquele momento de campanha em que, mesmo tendo subido nas pesquisas, precisa, ainda assim, fazer uma série de ajustes em sua trajetória. No final de semana, no mesmo momento em que fechava a contratação do jornalista Otávio Cabral, ex-revista Veja, para ser seu chefe de mídia, viu sua articulação pessoal para ter o ex-presidente do BC Henrique Meirelles como candidato a vice explodir num vazamento de informação. Tudo foi parar na coluna Painel, do jornal Folha de S. Paulo, editado pela jornalista Vera Magalhães, mulher de Cabral. Em seguida, Aécio assistiu o setor de marketing do PSDB se envolver, como noticiou 247, numa articulação para atrair o site Dilma Bolada para o seu lado de campanha. O partido negou a iniciativa, mas os rumores, efetivamente, de nada ajudaram o pré-candidato.
Agora, de novo é em Minas que Aécio se defronta com surpresas desagradáveis. Vai chamando atenção da oposição o papel do ex-governador Eduardo Azeredo na campanha do presidenciável mineiro, de quem é amigo pessoal. Circula pelas redes sociais o expediente atual do Instituto Teotônio Vilela, o órgão de estudos e reflexão do PSDB. Ali, Azeredo aparece no prestigioso cargo de Diretor Financeiro, mesmo estando envolvido no processo que corre na Justiça sobre o chamado mensalão mineiro.
Assim como o atual pré-candidato tucano ao governo, Pimenta da Veiga, Azeredo vai sendo cada vez mais lembrado como um dos políticos que foram mais próximos ao publicitário Marcos Valério, pivô do escândalo do chamado mensalão do PT.
Azeredo, a partir de sua base em Belo Horizonte, insiste que será candidato a deputado federal para apoiar e ser apoiado por Aécio. Na segunda-feira 20, o ex-governador esteve presente no lançamento de Pimenta da Veiga, motivando, ao lado do presidenciável, perguntas de jornalistas sobre sua posição de réu no processo que deixou o Supremo para voltar à primeira instância:
- Sou fundador do partido, primeiro governador do PSDB mineiro. Vou defender a candidatura do Pimenta, do Aécio. Agora eu queria que vocês da imprensa divulgassem a minha defesa, não apenas aquela loucura do procurador [geral da República, Rodrigo Janot]", disse Azeredo, que se sente injustiçado:
- Eu estava sentido mesmo. Quem tem moral, quem tem vergonha na cara, fica sentido quando é injustiçado. Eu não fui no evento porque tinha sido injustiçado, não estava bem de saúde. Hoje eu estou participando e vou continuar participando. Tenho muito mais condição moral do que muita gente que está por aí", disse.
Será que essa postura de Azeredo, nesse momento de sopro de alta para o presidenciável tucano, é mesmo uma atitude que soma para Aécio Neves? Ou é a campanha dele que está servindo para a defesa de Azeredo?
Abaixo, o expediente do Instituto Teotônio Vilela:

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