sábado, 10 de maio de 2014

O Brasil, a PQP e a guerra ao PT



Não saem do noticiário as manchetes negativas ao governo Dilma, PT, mensalão, Petrobras, prisão de José Dirceu e José Genoíno. Na contramão veem-se pequenos teasers sobre o mensalão mineiro e a escapada de Eduardo Azeredo à francesa, o escândalo Alstom-Siemens e pasmem! a falta d'água na maior metrópole do País. Coisas que deveriam ganhar manchetes são meramente minimizadas, para efetivamente diminuir sua repercussão.
Enquanto um cineasta medíocre roteiriza um Brasil surreal e banal, marqueteiros e jornalistas, entre outras personalidades midiáticas da Grande Imprensa, surfam numa onda gigante chamada "PT OFF", ou seja: Vamos ter de tirar o PT do governo de qualquer jeito.
É inegável, em vários cantos do país, pessoas reproduzindo factoides amplamente negativos ao PT e ao governo Dilma. Falando da compra da refinaria de Pasadena como algo impossível se acontecer em qualquer empresa, uma compra mal feita ou um péssimo negócio.
Com a Petrobras gastando milhões em publicidade no horário nobre na Rede Globo, não vejo uma notícia positiva sobre ela em seus telejornais, nenhum indicador se quer, que sua balança comercial está acima do positivo. Não, só mostram os bilhões gastos na comprar da velha refinaria de Pasadena.
De tanto repercutirem essa refinaria, daqui a pouco vão existir até excursões brasileiras para conhecer a tão falada Pasadena americana. Sim, porque no Brasil é assim, deu no Jornal Nacional, no outro dia virou a "última bolacha do pacote", ou a última garrafa de Coca-Cola.
Engraçado que quando se debate a poeirinha debaixo do tapete do PSDB, vem um Congressista e te manda à "puta que o pariu!". Sinceramente, tenho dó das putas, não as tristes da obra de García Marquez, mas aquelas que pariram um monte de filhinho na política.
No Maranhão tem uma marchinha de Carnaval bem conhecida que sabiamente diz o seguinte: " Este ano eu vou votar nas putas, porque já cansei de votar nos filhos delas."
O pior é que, do jeito que estão pintando o Brasil, é assim que muitos brasileiros vão votar nas eleições de outubro, anulando o voto, fazendo voto de protesto ou simplesmente não votando.
Conversando numa roda de amigos, um ex-amigo idoso falou: "Porque a Dilma e o PT têm que cair fora do governo, são tudo ladrão... (sic) Esses FDP têm que ser tudo preso". Ora, ora, ora, perguntei o porquê dessa revolta. E o velhinho respondeu cheio de razão: "Tu não estais vendo, tá em tudo que é capa de Jornal, em revistas e na TV, que só tem ladrão e vagabundo no PT". Ele ficou com raiva quando eu disse que era tudo armação pra enfraquecer a Dilma e alavancar a campanha do Aécio. Ele ficou com tanta raiva de mim que, depois desse dia, deixou de falar comigo (risos).
Falando sério, a situação midiática está tão massificada na cabeça das pessoas que, por defender o PT e a presidenta Dilma, já ganhei uma dezena de unfollows e blocks nas redes sociais. E sabem o que eu penso disso: danem –se! Engraçado que são pessoas aparentemente "esclarecidas", que estão sendo induzidas ao ódio partidário, como se estivessem numa guerra ideológica infinita e desproposital. Isso é real, é fato consumado, não é texto mirabolante de cineasta medíocre querendo mais 15 minutos de fama. As pessoas estão levando o favoritismo político – difundido na mídia comprometida a um patamar inimaginável e degradante. E isso já está afetando não só a posição da presidenta Dilma nas pesquisas, mas as relações pessoais dos simpatizantes contrários, ao imposto nesse massacre midiático.
Política, religião, futebol e mulher são coisas que não se discutem. Cada um tem a sua preferência. Dificilmente se consegue mudar uma opinião já pré- concebida. Discussões desse tipo não levam ninguém a lugar nenhum. E olha que já vi pessoas morrerem nos subúrbios das grandes cidades após discursões em dias de finais de campeonatos importantes. E tudo isso apenas por manter opinião própria.
As pessoas precisam respeitar a opinião dos outros, sem querer que a sua se sobreponha como verdade absoluta sobre todas as outras. Vamos parar com essa hipocrisia desmedida de procurar num partido político ou governo federal insucessos pessoais ou regionais.
O Brasil vai bem obrigado, vai ter Copa queiram ou não, a Petrobrás já comprou a refinaria de Pasadena (se foi bom ou mau negócio, o que isso importa?), o mensalão petista foi um injusto espetáculo midiático sem precedentes. E quem continuar pilhando o Brasil vai, ao contrário do sabichão Jabor, ter ódio não do Brasil, mas de si mesmo. Porque o Brasil não é um partido, o nosso país é uma nação vencedora, que deixou de ser terceiro mundo, e já incomoda as grandes potências. Ponto!
Ninguém é obrigado a concordar comigo, se você concorda, ótimo! Se não, paciência! Nem todo mundo tem a mesma sensibilidade pra enxergar a realidade. Por isso, dá credibilidade a tudo que sai nas capas dos jornalões ou nos telejornais em horário nobre.
Termino esse texto dizendo o seguinte: Cada um que continue com seu cada qual. Mas não creiam em todas as manchetes por aí. A força do capital gera conteúdo e pode mudar opiniões. Mas, inexoravelmente, a verdade sempre aparecerá no final. "A Justiça tarda, mas não falha", nem que seja por intervenção divina. #PorUmBrasilMelhor.

Ricardo Fonseca

Ricardo Fonseca é Publicitário, divulgador das causas midiáticas e responsável pelo Blog Propagando

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