O colunista e Blogueiro da Globo Ricardo Noblat é um dos
pontas-de-lança dessa direita midiática que bate panelas cravejadas de
brilhante e copos de cristal em restaurantes contra os programas sociais
do PT.
Seguramente, o jornalista, em seu Blog e em sua coluna no jornal O
Globo, deu uma contribuição sem par para o ódio contra o PT. De cada dez
matérias que publica no Blog, onze atacam o PT, Lula, Dilma ou aliados
deles que os apoiam – porque há "aliados" do partido que nem agem como
adversários, mas como inimigos.
O que mais reflete o viés de um blog político – ainda que alguns
blogueiros e jornalistas tenham a mania de tentar vender que não têm
inclinações políticas – é o teor da maioria dos comentários de seus
leitores.
Basta entrar no Blog do Noblat para perceber qual é o viés político
de sua página. Os defensores da ditadura militar pretérita e da
"intervenção militar presente são maioria esmagadora dos comentaristas.
Na tarde de domingo, 17 de maio, porém, ocorreu uma agressão a um
filho de Noblat que se este tiver algum resquício de consciência irá
refletir que derivou da militância política escancarada que faz nos
espaços em que escreve.
Guga Noblat integrou a trupe de "repórteres-humoristas" do programa
CQC (Custe o Que Custar), da Band, de 2012 a 2014. Na 8ª temporada, em
2015, foi demitido. Isso ocorreu justamente após passar a ser
hostilizado na rua por sua opção política – é tido como simpatizante do
PT.
Guga já sofreu várias agressões por suas ideias políticas, sobretudo
quando trabalhava para a Band, em serviço. No domingo, porém, o que
aconteceu com ele foi inaceitável. Chega a ser espantoso que no Blog de
seu pai não tenha saído uma mísera nota sobre o episódio.
Guga mora ao lado do Museu de Arte de São Paulo Assis Chateaubriand,
popularmente conhecido como MASP, na avenida Paulista. Estava chegando
em casa com sua esposa e filho quando encontrou, no caminho, uma turba
de endinheirados de extrema-direita que batia panela contra o PT.
Tão logo foi reconhecido, passou a ser agredido apesar de levar uma
criança presa ao corpo, um bebê, sua filha, neta de Ricardo Noblat. Guga
foi agredido por ter sido reconhecido como petista notório ou por
simplesmente estar usando uma camiseta vermelha?
Quem conhece esses maníacos da avenida Paulista sabe que tanto faz.
Um anônimo que passasse perto dessa gente vestindo vermelho teria sido
agredido verbal e fisicamente.
No vídeo, curtíssimo, pode-se notar que um idoso exaltado tenta
empurrar Guga e sua esposa, obrigando-os a sair do espaço público em que
todos estavam. Nesse momento, o agressor é advertido pela voz da esposa
de Guga, que certamente estava filmando, para que não "chegasse perto".
Assista, abaixo, à gravação em vídeo do ocorrido.
Se esses fascistas fazem isso com uma família levando um bebê de meses de vida, o que não fariam se o rapaz estivesse sozinho?
Poderia ter acontecido uma fatalidade. O idoso fascista e exaltado
chegou a empurrar a esposa de Noblat, como o vídeo deixa claro. Se Guga
reagisse como qualquer marido poderia reagir ao ver a esposa sendo
empurrada, seria linchado a socos, pontapés e, quiçá, paneladas.
O pior é que muitos desses que promovem esses protestos fascistas
podem ter filhos, netos, irmãos, pai, mãe, enfim, familiares ou até
amigos próximos que tenham opinião política favorável ao PT ou que,
inadvertidamente, possam ter escolhido se vestir com a cor que um bando
de lunáticos resolveu "proibir" na rua. E que podem ser feridos ou até
assassinados em um momento de descontrole como o que você viu no vídeo
acima.
O mais impressionante em tudo isso é que no vídeo se vê pessoas que
estavam naquele ato de ódio recriminando o rapaz por não sair com o rabo
entre as pernas por ter sido xingado ao chegar em casa.
O post-denúncia que Guga colocou no Facebook, até o meio da tarde de
segunda-feira já tinha cerca de 1.300 compartilhamentos. A grande
maioria das centenas de comentários o apoiou, mas havia vários
comentários recriminando-o por se revoltar ao ser insultado e apupado
simplesmente por estar na rua usando uma camiseta vermelha.
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