domingo, 17 de maio de 2015

Deputado do DEM, acusado de desviar milhões da saúde, chama petistas de "drogados

Um tremendo filho da puta.


Um vídeo que circula nas redes sociais sobre discussão de projeto que restringe o uso de aromatizantes em bebidas alcóolicas, o deputado federal Luiz Henrique Mandetta (DEM-MS), relator do projeto, levou os membros da Comissão de Seguridade Social e Família da Câmara a debochar dos eleitores do PT. Mandetta disse: "o cara começa na maconha, passa para cocaína, vai no crack e acaba votando no PT".

Assista ao vídeo abaixo:


O MPF (Ministério Público Federal) em Mato Grosso do Sul ajuizou ação de improbidade contra o atual deputado federal Luiz Henrique Mandetta (DEM) por fraudes na implantação do sistema GISA (Gestão de Informações em Saúde).

O sistema, que deveria modernizar e integrar a rede pública de saúde do município, recebeu investimentos de mais de R$ 8,1 milhões do Mistério da Saúde, mas foi marcado por favorecimento e falhas contratuais.

As ilegalidades atingiram a licitação já na elaboração da seleção. A empresa vencedora teve acesso às regras da licitação - e se adaptou a elas – antes do edital ser publicado, tanto que o orçamento apresentado foi exatamente igual ao dinheiro disponível pela Prefeitura. Após a publicação do edital, cláusulas restritivas limitaram a concorrência e direcionaram o certame à empresa Telemídia, que, mesmo sem preencher requisitos mínimos e após apresentar documentos falsos, assinou o contrato com o Município.

De acordo com as investigações, o consórcio liderado pela Telemídia foi criado “única e exclusivamente” para vencer a licitação e subcontratar os serviços à empresa portuguesa Alert – terceirização proibida pelo edital da licitação. “A fraude foi toda arquitetada para que a Alert executasse o trabalho, ainda que de forma ilegal”.

Segundo o MPF, a empresa, meses antes da formalização da subcontratação, que era expressamente proibida, recebeu a visita do então secretário de Saúde Luiz Henrique Mandetta em sua sede em Portugal. “Curiosamente, a viagem internacional foi paga com recursos da própria Telemídia, que, pouco tempo depois, nas eleições de 2010, fez doações não declaradas para a campanha de Mandetta à deputado federal”.

Além do ex-secretário de saúde, respondem nas ações de improbidade o ex-prefeito de Campo Grande, Nelson Trad Filho, e outras 24 pessoas, entre servidores públicos municipais, empresários e as empresas contratadas.

Em um despacho assinado pelo ministro Luiz Fux, da data de 18 de fevereiro de 2015, o STF (Supremo Tribunal Federal) explica que a abertura do inquérito visa a ‘investigação instaurada para apurar fatos referidos na CPI C(Comissão Parlamentar de Inquérito) da Saúde, no curso da qual surgiu menção ao Deputado Federal Luiz Henrique Manderra (sic), razão pela qual os autos foram remetidos a este Supremo Tribunal Federal’.

O inquérito, 3949 DF, traz como ‘assunto’ no processo ‘Crimes Previstos na Legislação Extravagante’, ‘Crimes da Lei de licitações’, ‘Crimes Praticados por Particular Contra a Administração em Geral’ e ‘Tráfico de influência’, supostas irregularidades cometidas pelo parlamentar.

Outro despacho, de 6 março, revela uma determinação do Supremo acerca da condução das investigações contra Mandetta. “(...) Encaminhem-se os autos à Polícia Federal, por 90 dias, para realização das oitivas solicitadas (...)”.

Fonte:I9

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