O Ministério Público de São Paulo denunciou
seis representantes de empresas suspeitas de formação de cartel e de
fraudar licitações do Metrô. O promotor também pediu à Justiça a prisão
preventiva de um dos integrantes do suposto esquema. A denúncia criminal
é contra funcionários que representavam as empresas contratadas para
reformar 98 trens das linhas 1-Azul e 3-Vermelha do Metrô. O Ministério
Público diz que a concorrência, que aconteceu entre os anos de 2008 e
2009, durante governo José Serra PSDB, foi fraudada. Entre as provas
apresentadas está uma tabela que, segundo a Promotoria, mostra como as
empresas dividiam os contratos.Observe-se que José Serra nem sequer foi citado na denúncia.
Foram denunciados representantes das empresas Alstom, Temoinsa,
Tejofran e MPE. A denúncia pede ainda a prisão preventiva do executivo
César Ponce de Leon que, na época, representava a Alstom, e que não foi
encontrado. Falta identificar ainda representantes de outras cinco
empresas que também participaram da concorrência. O promotor também diz
que são "notáveis as diferenças entre os valores do orçamento inicial do
Metrô e os valores contratados”. “Eles poderiam ter oferecido pelo
menos entre 10% e 20% a menos que ainda supostamente teriam um lucro na
realização desses contratos”, afirma Marcelo Mendroni.
O Ministério Público de São Paulo já havia pedido em abril à Justiça a
prisão preventiva do executivo César Ponce de Leon. Ele participou da
direção da multinacional francesa Alstom Transport durante período no
qual é investigada a prática de cartel em contratos com a Companhia
Paulista de Trens Metropolitanos (CPTM).
A solicitação ocorreu em 10 de abril, juntamente com a denúncia
oferecida à Justiça contra 11 executivos de empresas do setor
ferroviário e um funcionário da CPTM por formação de cartel em três
contratos firmados entre 2007 e 2008.
A investigação de irregularidades nas licitações dos trens do Metrô e
da CPTM começou a partir de um acordo de leniência (ajuda nas
investigações) feito em 2013 entre umas das empresas acusadas de
participar do suposto cartel, a Siemens, e o Conselho Administrativo de
Defesa Econômica (Cade), órgão ligado ao Ministério da Justiça.
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