sexta-feira, 25 de setembro de 2009

Deputado acusa TV Bandeirantes de antijornalismo e má-fé

O deputado Dr. Rosinha (PT-PR), presidente da Frente Parlamentar da Terra no Congresso Nacional, afirmou, nesta quinta-feira (24) que o Grupo Bandeirantes de Comunicação pratica “antijornalismo” e atua com uma “má-fé golpista” contra o presidente Lula e contra o Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST).

Para Dr. Rosinha, a posição da família Saad, dona do grupo Bandeirantes e de 16 fazendas com 4,5 mil hectares em São Paulo, é “um exemplo nefasto de antijornalismo e de uso indevido de uma concessão pública para atender a interesses pessoais, privados”.

A declaração do parlamentar petista se refere à cobertura do grupo – controlador das redes Band de televisão e BandNews de rádio, entre outros veículos – a respeito da atualização dos índices de produtividade da terra para efeito de reforma agrária. Em seu telejornal da última quarta-feira (23), no horário nobre, a emissora divulgou um “editorial” que diz que Lula não age como presidente, mas como líder de um bando de militantes que muitas vezes atuam como criminosos.

Lido pelo âncora Joelmir Betting, o texto ainda questiona se a atualização dos índices de produtividade seria uma “ação premeditada do presidente para dividir o país”. Ao que o parlamentar responde: “Esse editorial, somado à cobertura distorcida feita sobre o assunto pelos veículos do grupo nas últimas semanas, deixa qualquer cidadão horrorizado. Todo telespectador da Band ou ouvinte da BandNews, com alguma informação prévia sobre o tema, logo nota a falta de pluralidade e o ponto de vista enviesado, distorcido. O grupo Bandeirantes acoberta o latifúndio improdutivo e a especulação“, diz.

Previsto em lei, os índices de produtividade determinam se uma fazenda é ou não improdutiva. Os atuais índices que definem a produtividade das terras foram fixados com base no censo agropecuário de 1975, a mais de 30 anos. Estão defasados porque não levam em conta os avanços tecnológicos da agricultura. Essa defasagem facilita aos fazendeiros alcançar os indicadores mínimos e evitar desapropriações.

Fonte: Informes PT

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