quarta-feira, 25 de agosto de 2010

Os bicudos estão se bicandos


Prioridades do PSDB abrem nova crise entre seus aliados


A decisão da oposição de priorizar a disputa em São Paulo, Minas Gerais, Goiás e Paraná, na esteira da queda de José Serra (PSDB) nas pesquisas, gerou uma profusão de críticas de aliados que enfrentam eleições duras ou que embarcaram nelas para dar palanque ao tucano.

A principal queixa é pela falta de recursos. A primeira remessa de material só chegou ao Norte e ao Nordeste no final de semana.

A campanha tem um problema para administrar em Pernambuco, onde o PSDB abandonou Jarbas Vasconcelos (PMDB). Ele entrou na disputa para ajudar Serra no Estado natal de Lula.

"Tive problemas com o PSDB. De 17 prefeitos, 14 apoiam o governador", disse Jarbas. "Aqui eles [tucanos] só têm criado dificuldade."

Vice de Raimundo Colombo (DEM) na chapa ao governo de SC, Eduardo Moreira Pinho (PMDB) protestou no Twitter. "Estão provocando demais nossa paciência. Se Serra despencar também em Santa Catarina, será tarde."

A estratégia contraria até o vice de Serra. Indio da Costa (DEM) está entre os que mais reivindicam verbas para o RJ.

Candidato a senador, Antero Paes de Barros (MT) afirma que é preciso ampliar o alvo, incluindo Rio e Bahia.

"Para mim, a prioridade é o Espírito Santo", limitou-se a dizer Luiz Paulo Vellozo Lucas (PSDB), que concorre ao governo capixaba.

"O Pará é muito grande. Estamos levando o nome de Serra às cidades. Mas não podemos deixar material lá. Temos que levar material e trazer de volta", disse Flexa Ribeiro (PSDB-PA), que tenta a reeleição ao Senado.

Líder na corrida pela reeleição em Mato Grosso do Sul, André Puccinelli (PMDB) aproveitou a agenda de Dilma ontem no Estado para enviar um emissário oferecendo apoio --ele estava com Serra.

Houve reclamação também no Tocantins, onde Siqueira Campos (PSDB) está em empate técnico com Carlos Gaguim (PMDB).

Segundo tucanos, os protestos incomodam Serra, também contrariado ao saber de reunião hoje entre Sérgio Guerra, Aécio Neves (MG) e o ex-presidente FHC. Folha.com

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