Quinta, 27 de novembro de 2008
Brasil não é só SP, diz Déda sobre reforma tributária
O governador de Sergipe, Marcelo Déda (PT), afirmou que não se pode dar importância quase absoluta aos pleitos de São Paulo quando se discute a concretização da reforma tributária no país, e sim avaliar mecanismos que possam reduzir as desigualdades regionais e alavancar regiões desfavorecidas, como os Estados do Nordeste.
conclui votação da reforma tributária
Ao participar de audiência com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, Déda admitiu também que não é fácil para alguns governos nordestinos, como Ceará, Bahia e Pernambuco, abrir mão do prazo de recolhimento do Simples e ampliar em 60 dias a data limite para o pagamento do imposto.
No início da semana, o ministro da Fazenda, Guido Mantega, observou que a equipe econômica trabalha, além da proposta do Simples, com "um arsenal grande de medidas" para garantir que o mercado interno não seja afetado pelos desdobramentos da crise financeira mundial.
"É legítimo que São Paulo tenha uma posição que reflita seus interesses, mas é preciso entender que o Brasil não é só São Paulo. Não se pode sacrificar quem já está secularmente sacrificado, que são os Estados do Nordeste. A desigualdade regional é um tema que não pode estar de fora de uma reforma tributária", comentou Marcelo Déda.
De acordo com ele, o presidente Lula reiterou que o governo quer acelerar a tramitação do conjunto de simplificação de impostos no Congresso, embora tenha consciência de que não é fácil de conseguir consenso sobre a proposta. Na próxima terça-feira, Lula reúne em Recife (PE) os governadores da região Nordeste para debater o tema e discutir em que medida a crise econômica mundial pode atingir esses Estados.
"Quando há tramitação, quando há debate, quando há diálogo, é possível precificar cada dispositivo (alvo de discórdia) e buscar soluções. A reforma tributária é viável, mas não se pode negar que provoca conflitos. Obviamente que é uma agenda política e é ilusão achar que se trabalhar a reforma tributária sem conflitos. Ao invés de obstáculo, pode ser um elemento importante para superar a crise", opinou o governador.
Comentário.
José Serra, o serrassuga, ficar ficar sozinho nesta cruzada contra a reforma tributária.
Redação Terra
Redação Terra
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