sexta-feira, 28 de novembro de 2008

TUCANO CONTINUARÁ LOTEAMENTO DO ESTADO

Cunha Lima continuará 'loteamento', diz líder do PMDB
Agencia Estado

JOÃO PESSOA - O líder do PMDB na Assembléia Legislativa da Paraíba, Gervásio Agripino Maia, reagiu diante da decisão do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) de manter o governador no cargo até que o próprio tribunal julgue os recursos contra a decisão que determinou a saída do governante e do seu vice, José Lacerda Neto (DEM), por abuso de poder político e econômico. "Agora o governador cassado vai ter mais tempo para concluir o processo de loteamento que vem sendo implantado de forma irresponsável desde que foi anunciada a sua cassação pelo TSE no dia 20".

A notícia, divulgada na noite de ontem, levou partidários de Cássio às ruas da orla de João Pessoa, com buzinaço, bandeiras e música da campanha. "Estamos certos de que a equipe jurídica do governador cassado vai utilizar todos os meios para procrastinar sua saída", afirmou Maia.

Hoje foi publicada no Diário Oficial da União a sanção do governador cassado aos planos de cargos e salários que concede reajustes a algumas categorias dos servidores públicos, a exemplo de 150 procuradores do Estado, 580 jornalistas e 54 auditores fiscais (os números incluem ativos e inativos). Esta foi uma das medidas aprovadas em 17 sessões extraordinárias na Assembléia Legislativa, na segunda-feira. O orçamento 2009 também foi aprovado no mesmo dia, numa sessão à noite.

Para a oposição, as medidas visaram a inviabilizar o governo de Maranhão, que imaginava ocupar o cargo nesta semana, depois da publicação do acórdão do TSE cassando Cunha Lima. Os assessores do governo cassado garantem que o Estado está equilibrado. Eles afirmaram que ele se encontra entre os 12 Estados brasileiros que cumpriram as metas fiscais estabelecidas pela Secretaria do Tesouro e estimam que os reajustes salariais irão representar 0,4% a mais na folha de pessoal. Os cálculos são de que os gastos com salários - incluindo os aumentos - irão representar 55% da receita real líquida do orçamento de 2009. O limite estabelecido pela Lei de Responsabilidade Fiscal é de 60%.

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