domingo, 4 de janeiro de 2009

O IMPRENSALÃO ESTÁ PERDIDO

Os parlamentares da oposição em férias - convenhamos isso é uma benção-, a mídia fica perdida. Sem a malcheirosa matéria-prima dos ferozes e virulentos políticos que diariamente enchem o saco de todo mundo com suas verborragias nas tribunas do Congresso, a mídia está sem assunto. O Estadão, atordoado ainda com a alta popularidade do Presidente Lula, publicou uma matéria requentadissima sobre suas viagens internacionais. Diz a matéria que o Presidente Lula dedicou no segundo mandato 138 dias à agenda internacional. A mídia sabe em detalhes o que o Presidente Lula fez nessas viagens, sabe muito bem que elas foram necessárias. Foram assinados acordos bilaterais e multilaterais de cooperação, de investimentos, de exportações, etc. Agora a presença do Brasil é obrigatória nos grandes eventos internacionais, e na maioria das vezes os governos e organismos internacionais exigem o comparecimento do Presidente Lula. Leiam o que diz o coordenador-geral do Grupo de Conjuntura Internacional da USP e presidente do Instituto de Estudos Econômicos e Internacionais, Gilberto Dupas: "O Brasil vem acentuando seu papel protagonista - seja porque se tornou ator internacional mais relevante, seja porque o G-20 solicitou mais presença ou porque, com a crise econômica e a posse de Barack Obama, nos EUA, o Brasil é visto como capaz de ajudar a construir consensos. Lula se transformou, pessoalmente, em figura emblemática lá fora", avalia ele. "No exterior, entre as elites, ele(Lula) é visto como um centro de referência, de democratização do poder. Essa circulação internacional, longe de desgastá-lo, acentuou essas características. Tensões na América Latina - como os atritos entre a Bolívia e a Petrobrás e o entrave entre a Odebrecht e o Equador - também explicam a agenda reforçada na vizinhança", diz o professor. Segundo ele, o momento exigiu essa movimentação. O que é motivo de orgulho para o Brasil, a mídia transforma em crítica e ainda compara com as viagens feitas por FHC. FHC só fazia suas viagens internacionais de recreio, e na volta lançava pacotes que prejudicavam o povo brasileiro, além de aumentar a divida externa com empréstimos junto a bancos internacionais e ao FMI. No mandato de FHC a dívida pública saltou de R$ 65,8 bilhões para R$ 960 bilhões. No governo Lula, a dívida externa caiu de US$ 214,9 bilhões, em dezembro de 2003, para US$ 169 bilhões (dos quais só US$ 83 bilhões são de dívida externa pública) em fevereiro de 2006. O governo federal quitou com dois anos de antecedência a dívida com o Fundo Monetário Internacional - FMI. Não dá para comparar o governo Lula com a o governo de heranças malditas de FHC. Mas, voltando ao assunto viagens internacionais, o Estadão deveria informar ao leitor, ao público, por que o Serra faz tantas viagens internacionais. Vai aos EUA, vai ao Japão, a Londres, como fez em 2008, em plena época de definição do candidato do seu partido a prefeito, e nenhuma explicação é dada, e nem cobrada pelos jornalões de SP. O povo sabe muito bem o que o Presidente Lula vai fazer nas suas viagens ao exterior. Sabe o que ele fala, com quem conversa, o que conversa, quais os acordos que assina, quais os benefícios que essas viagens trazem para o Brasil. E o Serra, o que faz no exterior? Com quem se reúne? O que conversa, o que assina? Está endividando o estado de SP com empréstimos internacionais? Se alguém souber o que ele faz nas viagens internacionais, por favor conte, o povo quer saber, o povo tem o direito de saber. Por que a mídia esconde as viagens do Serra ao exterior? Quantas viagens Serra já fez ao exterior desde que foi eleito prefeito e governador de SP? Alguém sabe? Jussara Seixas. www.por1novobrasil.blogspot.com

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