segunda-feira, 20 de abril de 2009

Emprego faz Previdência ter arrecadação recorde

Arrecadação da Previdência de R$ 14 bi em março é recorde

Formalização de micro e pequenas empresas e estabilização do mercado formal de trabalho justificam


Isabel Sobral, da Agência Estado

Brasília - A arrecadação da Previdência Social em março, de R$ 14,209 bilhões, foi 10,6% superior a março de 2008 e 7,7% em relação a fevereiro do ano passado. O valor é recorde, se excluído o mês de dezembro.


De acordo com o secretário da Previdência Social, Helmut Schwarzer, dois fatores contribuíram para esse desempenho. O primeiro é a formalização de 531 mil micro e pequenas empresas, que aderiram ao Simples Nacional (programa de recolhimento tributário simplificado) desde o início deste ano. Houve algumas prorrogações de prazo para a adesão ao programa, desde janeiro, que foi encerrado em março.

Outro fator foi a estabilidade do mercado formal de trabalho, em fevereiro, depois de dois meses seguidos de mais demissões do que contratações. Segundo dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), em fevereiro houve um saldo positivo de 9,1 mil empregos. E esse resultado se refletiu nas contas da Previdência de março. "A folha salarial é a base mais estável de incidência de impostos", afirmou o secretário.

Apesar do recorde de arrecadação, o INSS registrou em março um déficit de R$ 3,130 bilhões. Isso porque o pagamento de benefícios aumentou num ritmo maior que a arrecadação: 10,78% frente a março de 2008 e 9,8% em relação a fevereiro deste ano. O total de gastos no período foi de R$ 17,340 bilhões, o que representa um crescimento de 12,1% em relação aos R$ 2,792 bilhões de março do ano passado. Já em relação a fevereiro deste ano, quando o déficit foi de R$ 2,592 bilhões, o resultado de março foi 20,8% maior.

Nos três primeiros meses do ano as contas do INSS já acumulam um déficit de R$ 12,093 bilhões, resultado de uma arrecadação de R$ 39,498 bilhões e despesas de R$ 51,591 bilhões. A arrecadação no trimestre foi 5,2% maior que a do mesmo período de 2008. Já a despesa cresceu 7,6% na mesma comparação.

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