sexta-feira, 4 de setembro de 2009

90 dias são suficientes para discutir pré-sal, diz presidente da EPE

04/09/2009
Folha Online, no Rio

O presidente da EPE (Empresa de Pesquisa Energética), Mauricio Tolmasquim, disse nesta sexta-feira que o período de 90 dias, dentro do regime de urgência pedido pelo governo ao Congresso, é suficiente para as discussões sobre mudanças no projeto do pré-sal enviado ao Legislativo.


"A indústria tem dado opiniões e poderá dar agora, no Congresso. Noventa dias é um tempo razoável para se fazer alterações, se necessário. Pode haver bastante discussão nesse período", afirmou, depois de participar de seminário sobre energias renováveis, promovido pela Apimec-Rio.

Para ele, o pré-sal já foi amplamente discutido por meio de notícias divulgadas pelos jornais, apesar de o governo ter mantido os debates sobre as novas regras na esfera da comissão interministerial, que não tinha qualquer representante da indústria do petróleo, com exceção da Petrobras.

"A imprensa noticiou tudo praticamente antes, e o que saía nos jornais era acompanhado de comentários dos especialistas. O debate está ocorrendo há muito tempo", ponderou o executivo, que fez parte da comissão que formulou a proposta.


Ao fazer a defesa do modelo proposto pelo governo, Tolmasquim lembrou que a comissão que discutiu o pré-sal priorizou o desenvolvimento do país, a reboque da exploração na promissora área petrolífera. O debate sobre o possível afastamento de investidores com o novo modelo ficou em segundo plano, comentou.

"O objetivo não é sair explorando petróleo desordenadamente", observou, destacando que o modelo não afastará as empresas estrangeiras.

Ele defendeu ainda o papel da Petrobras como única operadora do pré-sal. Tolmasquim argumentou que, geralmente, as empresas fazem pesquisas mais detalhadas em seus países de origem. Com a Petrobras na linha de frente do desenvolvimento do pré-sal, automaticamente, o país terá ganhos tecnológicos, acrescentou.

"Pode ter um efeito, guardada as devidas proporções, ao da Nasa no mercado americano", ressaltou.

Um comentário:

Anônimo disse...

Mentira! Os petralhas estão querendo privatizar o "préssau"!