14/09/2009
BRASÍLIA – O presidente Luiz Inácio Lula da Silva defendeu nesta segunda-feira a liberdade do uso da internet durante as campanhas eleitorais. Segundo ele, deve-se dar o direito ao internauta de navegar livremente e “descobrir mais coisas” a respeito dos candidatos.
Ao ser questionado sobre a reforma eleitoral, que entre outras coisas, pretende regulamentar o uso da internet nas campanhas, Lula fez referência aos anos de militância para criticar um possível cerceamento à liberdade.
“Lutamos a vida inteira pela liberdade, liberdade política, liberdade de expressão, liberdade de comunicação, e começam a tirar isso. (...) Acho que [o uso da internet nas eleições] tem de ser livre mesmo. É importante que as pessoas saibam sobre seus candidatos. (...) Vamos dar ao internauta o direito de viajar e descobrir mais coisas”, afirmou em entrevista a rádios do estado de Roraima.
Em trâmite no Senado, a reforma eleitoral ainda não é um consenso entre os parlamentares e a votação de suas emendas no plenário da Casa foi adiada por duas ocasiões. Em relação à internet, a matéria prevê a liberação do uso de blog e do microblog Twitter pelos candidatos, permite inserções publicitárias eleitorais para o Presidente da República em sites de notícia, mas limita a emissão de opiniões em sites noticiosos.
Lula defendeu sua posição, lembrando que é impossível controlar a web e que o acesso da população à informação é muito maior hoje justamente por causa dela. “Primeiro, seria impossível você imaginar que vai controlar a internet. A internet é uma coisa que fugiu ao controle. (...) Ao invés de proibir, o que nós devemos fazer é responsabilizar quem usa a internet, para que a gente possa ter um instrumento de conhecimento que o povo não conheceu, que está conhecendo nessa geração agora”.
“Eu vejo um menino hoje, a capacidade de instrumento que ele tem de acesso à informação é uma coisa que a gente não tinha no século 20. Tentar proibir isso acho que é uma loucura”, completou.
Votação da reforma eleitoral
Todas as atenções do Senado nesta semana estão voltadas para a votação das emendas feitas em plenário no projeto de lei da reforma eleitoral. Na última quinta-feira, a votação foi adiada depois da votação do texto-base.
O presidente do Senado, senador José Sarney (PMDB-AP), resolveu transferir a discussão para esta terça-feira alegando que haviam sido feitas mais de dez emendas no plenário. Também não houve quorum para votação. Até os relatores da matéria não estavam na sessão. Fonte:IG
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